Colaboradores
Tecnologia do Blogger.
Seguidores
Arquivo do blog
-
►
2019
(1)
- ► 03/10 - 03/17 (1)
-
►
2018
(749)
- ► 11/04 - 11/11 (6)
- ► 09/23 - 09/30 (18)
- ► 09/16 - 09/23 (6)
- ► 09/09 - 09/16 (25)
- ► 09/02 - 09/09 (14)
- ► 08/19 - 08/26 (17)
- ► 08/12 - 08/19 (7)
- ► 08/05 - 08/12 (12)
- ► 07/22 - 07/29 (23)
- ► 07/15 - 07/22 (24)
- ► 07/08 - 07/15 (19)
- ► 07/01 - 07/08 (13)
- ► 06/24 - 07/01 (30)
- ► 06/17 - 06/24 (25)
- ► 06/10 - 06/17 (32)
- ► 06/03 - 06/10 (34)
- ► 05/27 - 06/03 (27)
- ► 05/20 - 05/27 (20)
- ► 05/13 - 05/20 (14)
- ► 05/06 - 05/13 (35)
- ► 04/29 - 05/06 (22)
- ► 04/22 - 04/29 (14)
- ► 04/15 - 04/22 (36)
- ► 04/08 - 04/15 (23)
- ► 04/01 - 04/08 (15)
- ► 03/25 - 04/01 (22)
- ► 03/18 - 03/25 (36)
- ► 03/11 - 03/18 (28)
- ► 03/04 - 03/11 (7)
- ► 02/25 - 03/04 (14)
- ► 02/18 - 02/25 (28)
- ► 02/11 - 02/18 (28)
- ► 02/04 - 02/11 (7)
- ► 01/21 - 01/28 (20)
- ► 01/14 - 01/21 (20)
- ► 01/07 - 01/14 (28)
-
►
2017
(1593)
- ► 12/31 - 01/07 (14)
- ► 12/24 - 12/31 (20)
- ► 12/17 - 12/24 (14)
- ► 12/10 - 12/17 (20)
- ► 12/03 - 12/10 (20)
- ► 11/26 - 12/03 (14)
- ► 11/19 - 11/26 (6)
- ► 11/12 - 11/19 (14)
- ► 11/05 - 11/12 (27)
- ► 10/29 - 11/05 (14)
- ► 10/15 - 10/22 (33)
- ► 10/08 - 10/15 (9)
- ► 10/01 - 10/08 (26)
- ► 09/24 - 10/01 (27)
- ► 09/17 - 09/24 (36)
- ► 09/10 - 09/17 (9)
- ► 09/03 - 09/10 (18)
- ► 08/27 - 09/03 (18)
- ► 08/20 - 08/27 (18)
- ► 08/13 - 08/20 (36)
- ► 08/06 - 08/13 (17)
- ► 07/30 - 08/06 (9)
- ► 07/23 - 07/30 (36)
- ► 07/16 - 07/23 (36)
- ► 07/09 - 07/16 (10)
- ► 07/02 - 07/09 (19)
- ► 06/25 - 07/02 (47)
- ► 06/18 - 06/25 (30)
- ► 06/11 - 06/18 (29)
- ► 06/04 - 06/11 (30)
- ► 05/28 - 06/04 (40)
- ► 05/21 - 05/28 (39)
- ► 05/14 - 05/21 (40)
- ► 05/07 - 05/14 (30)
- ► 04/30 - 05/07 (40)
- ► 04/23 - 04/30 (40)
- ► 04/16 - 04/23 (20)
- ► 04/09 - 04/16 (40)
- ► 04/02 - 04/09 (50)
- ► 03/26 - 04/02 (30)
- ► 03/19 - 03/26 (50)
- ► 03/12 - 03/19 (41)
- ► 03/05 - 03/12 (50)
- ► 02/26 - 03/05 (40)
- ► 02/19 - 02/26 (50)
- ► 02/12 - 02/19 (49)
- ► 02/05 - 02/12 (50)
- ► 01/29 - 02/05 (39)
- ► 01/22 - 01/29 (50)
- ► 01/15 - 01/22 (50)
- ► 01/08 - 01/15 (49)
- ► 01/01 - 01/08 (50)
-
►
2016
(2166)
- ► 12/25 - 01/01 (43)
- ► 12/18 - 12/25 (52)
- ► 12/11 - 12/18 (61)
- ► 12/04 - 12/11 (48)
- ► 11/27 - 12/04 (60)
- ► 11/20 - 11/27 (52)
- ► 11/13 - 11/20 (51)
- ► 11/06 - 11/13 (43)
- ► 10/30 - 11/06 (32)
- ► 10/16 - 10/23 (50)
- ► 10/09 - 10/16 (43)
- ► 10/02 - 10/09 (33)
- ► 09/25 - 10/02 (33)
- ► 09/18 - 09/25 (42)
- ► 09/11 - 09/18 (21)
- ► 09/04 - 09/11 (25)
- ► 08/28 - 09/04 (41)
- ► 08/21 - 08/28 (42)
- ► 08/14 - 08/21 (32)
- ► 08/07 - 08/14 (33)
- ► 07/31 - 08/07 (48)
- ► 07/24 - 07/31 (39)
- ► 07/17 - 07/24 (31)
- ► 07/10 - 07/17 (22)
- ► 07/03 - 07/10 (44)
- ► 06/26 - 07/03 (42)
- ► 06/19 - 06/26 (49)
- ► 06/12 - 06/19 (38)
- ► 06/05 - 06/12 (45)
- ► 05/29 - 06/05 (39)
- ► 05/22 - 05/29 (30)
- ► 05/15 - 05/22 (35)
- ► 05/08 - 05/15 (48)
- ► 05/01 - 05/08 (49)
- ► 04/24 - 05/01 (40)
- ► 04/17 - 04/24 (21)
- ► 04/10 - 04/17 (42)
- ► 04/03 - 04/10 (43)
- ► 03/27 - 04/03 (37)
- ► 03/20 - 03/27 (39)
- ► 03/13 - 03/20 (39)
- ► 03/06 - 03/13 (52)
- ► 02/28 - 03/06 (57)
- ► 02/21 - 02/28 (45)
- ► 02/14 - 02/21 (46)
- ► 02/07 - 02/14 (32)
- ► 01/31 - 02/07 (53)
- ► 01/24 - 01/31 (52)
- ► 01/17 - 01/24 (56)
- ► 01/10 - 01/17 (63)
- ► 01/03 - 01/10 (53)
-
►
2015
(2341)
- ► 12/27 - 01/03 (27)
- ► 12/20 - 12/27 (11)
- ► 12/13 - 12/20 (41)
- ► 12/06 - 12/13 (45)
- ► 11/29 - 12/06 (22)
- ► 11/22 - 11/29 (45)
- ► 11/15 - 11/22 (52)
- ► 11/08 - 11/15 (54)
- ► 11/01 - 11/08 (42)
- ► 10/18 - 10/25 (52)
- ► 10/11 - 10/18 (41)
- ► 10/04 - 10/11 (54)
- ► 09/27 - 10/04 (56)
- ► 09/20 - 09/27 (54)
- ► 09/13 - 09/20 (52)
- ► 09/06 - 09/13 (52)
- ► 08/30 - 09/06 (42)
- ► 08/23 - 08/30 (44)
- ► 08/16 - 08/23 (54)
- ► 08/09 - 08/16 (52)
- ► 08/02 - 08/09 (43)
- ► 07/26 - 08/02 (54)
- ► 07/19 - 07/26 (53)
- ► 07/12 - 07/19 (45)
- ► 07/05 - 07/12 (46)
- ► 06/28 - 07/05 (51)
- ► 06/21 - 06/28 (49)
- ► 06/14 - 06/21 (50)
- ► 06/07 - 06/14 (54)
- ► 05/31 - 06/07 (34)
- ► 05/24 - 05/31 (56)
- ► 05/17 - 05/24 (56)
- ► 05/10 - 05/17 (42)
- ► 05/03 - 05/10 (40)
- ► 04/26 - 05/03 (47)
- ► 04/19 - 04/26 (41)
- ► 04/12 - 04/19 (56)
- ► 04/05 - 04/12 (54)
- ► 03/29 - 04/05 (42)
- ► 03/22 - 03/29 (51)
- ► 03/15 - 03/22 (53)
- ► 03/08 - 03/15 (45)
- ► 03/01 - 03/08 (48)
- ► 02/22 - 03/01 (43)
- ► 02/15 - 02/22 (42)
- ► 02/08 - 02/15 (49)
- ► 02/01 - 02/08 (33)
- ► 01/25 - 02/01 (54)
- ► 01/18 - 01/25 (45)
- ► 01/11 - 01/18 (43)
- ► 01/04 - 01/11 (30)
-
►
2014
(2399)
- ► 12/28 - 01/04 (30)
- ► 12/21 - 12/28 (11)
- ► 12/14 - 12/21 (30)
- ► 12/07 - 12/14 (43)
- ► 11/30 - 12/07 (34)
- ► 11/23 - 11/30 (50)
- ► 11/16 - 11/23 (36)
- ► 11/09 - 11/16 (44)
- ► 11/02 - 11/09 (35)
- ► 10/19 - 10/26 (62)
- ► 10/12 - 10/19 (53)
- ► 10/05 - 10/12 (58)
- ► 09/28 - 10/05 (56)
- ► 09/21 - 09/28 (55)
- ► 09/14 - 09/21 (54)
- ► 09/07 - 09/14 (53)
- ► 08/31 - 09/07 (55)
- ► 08/24 - 08/31 (52)
- ► 08/17 - 08/24 (57)
- ► 08/10 - 08/17 (62)
- ► 08/03 - 08/10 (58)
- ► 07/27 - 08/03 (56)
- ► 07/20 - 07/27 (70)
- ► 07/13 - 07/20 (69)
- ► 07/06 - 07/13 (64)
- ► 06/29 - 07/06 (51)
- ► 06/22 - 06/29 (50)
- ► 06/15 - 06/22 (39)
- ► 06/08 - 06/15 (56)
- ► 06/01 - 06/08 (40)
- ► 05/25 - 06/01 (49)
- ► 05/18 - 05/25 (61)
- ► 05/11 - 05/18 (61)
- ► 05/04 - 05/11 (47)
- ► 04/27 - 05/04 (37)
- ► 04/20 - 04/27 (29)
- ► 04/13 - 04/20 (15)
- ► 04/06 - 04/13 (43)
- ► 03/30 - 04/06 (30)
- ► 03/23 - 03/30 (61)
- ► 03/16 - 03/23 (55)
- ► 03/09 - 03/16 (36)
- ► 03/02 - 03/09 (34)
- ► 02/23 - 03/02 (39)
- ► 02/16 - 02/23 (46)
- ► 02/09 - 02/16 (41)
- ► 02/02 - 02/09 (25)
- ► 01/26 - 02/02 (49)
- ► 01/19 - 01/26 (47)
- ► 01/12 - 01/19 (62)
- ► 01/05 - 01/12 (49)
-
▼
2013
(2545)
- ► 12/29 - 01/05 (15)
- ► 12/22 - 12/29 (15)
- ► 12/15 - 12/22 (26)
- ► 12/08 - 12/15 (39)
- ► 12/01 - 12/08 (37)
- ► 11/24 - 12/01 (65)
- ► 11/17 - 11/24 (69)
- ► 11/10 - 11/17 (65)
- ► 11/03 - 11/10 (95)
- ► 10/20 - 10/27 (72)
- ► 10/13 - 10/20 (71)
- ► 10/06 - 10/13 (75)
- ► 09/29 - 10/06 (95)
- ► 09/22 - 09/29 (93)
- ► 09/15 - 09/22 (84)
- ► 09/08 - 09/15 (73)
- ► 09/01 - 09/08 (76)
- ► 08/25 - 09/01 (77)
- ► 08/18 - 08/25 (62)
- ► 08/11 - 08/18 (72)
- ► 08/04 - 08/11 (74)
- ► 07/28 - 08/04 (82)
- ► 07/21 - 07/28 (66)
- ► 07/14 - 07/21 (35)
- ► 07/07 - 07/14 (89)
- ► 06/23 - 06/30 (101)
- ► 06/16 - 06/23 (121)
-
▼
06/09 - 06/16
(76)
- Dilma anuncia novo código da mineração na próxima ...
- Aterro de São Sebastião da Grama é um dos 50 piore...
- Educação ambiental sem fronteiras
- Poluição dos aguapés pode causar morte de peixes e...
- MPX e Copelmi investirão R$ 6,8 bilhões no sul
- Aprenda a fazer um rímel caseiro utilizando restos...
- Gás não convencional: uma aposta energética
- Estudantes criam carro elétrico movido a rede social
- Transporte público: tarifa zero é possível?
- Países emergentes aumentam investimento em renováveis
- Há muita comida no fundo do oceano
- Saneamento e hipocrisia ambiental, artigo de Geral...
- Poluído na capital, Tietê pode resolver falta de á...
- Mais pragas já resistem a plantas com gene transgê...
- Megacidades têm desafio de conciliar crescimento e...
- Comgás inicia captação de projetos inovadores
- Brasileiros criam cinema itinerante movido a energ...
- OMS lança ferramenta para calcular custos das muda...
- Brasil está entre países que alcançaram metas inte...
- Falta ao Brasil a consciência da gravidade e de co...
- Emissões de energia atingem recorde de 31,6 gigato...
- Casca de ovo não é lixo: conheça seus usos inusitados
- Participe do Eco&Ação
- A Conspiração dos Derrotados ou Joaquim Barbosa po...
- Oficinas trazem experiência dos EUA para tratament...
- Petróleo vazado no Equador avança, mas risco ao Br...
- Nova bateria de íon de lítio pode durar mais de 25...
- Governo respeitará direitos indígenas sem abrir mã...
- Europa tem que cortar emissões em 55% até 2030, ap...
- Brasil terá quase uma "Belo Monte eólica" em 2020,...
- Groupon cria oferta especial para ajudar a Iniciat...
- Caminho inverso
- Maior aterro de pneus do mundo é visto do espaço
- Marfrig confirma venda da Seara Brasil para JBS
- Azeite de oliva combate osteoporose
- Manning - o soldadinho de aço
- Catraca Livre em Florianópolis - Urgente!!
- Juiz Fernando Cordioli Garcia age firme contra a i...
- Joaçaba (SC): Decisão judicial inédita alegra ambi...
- Juiz não homologa acordo e encaminha autos ao Trib...
- ONU elogia acordo entre EUA e China para reduzir g...
- Estudo: centro da China é responsável por 80% da p...
- Após três anos, BP conclui limpeza de petróleo em ...
- Plano busca viabilizar uso de biocombustíveis na a...
- Jovem portuguesa encontra no quintal matérias-prim...
- Donos "desatentos" recebem de volta cocô de seus cães
- Vale a pena trocar lâmpadas fluorescentes por LED,...
- Mais da metade dos parques nacionais ainda estão i...
- Ação com idosos de favela carioca é exemplo intern...
- Madeiras da Amazônia: Exportações sem chancela legal
- A Ecologia Profunda e os novos direitos.
- Participe do "Abaixo-assinado: Queremos de volta o...
- Compra da Seara, do Marfrig, pelo JBS envolve cerc...
- Mais um manifesto de apoio ao juiz Fernando Cordio...
- Dr. Fernando Cordioli Garcia dá sua versão sobre p...
- Fernando Cordioli, o juiz que ousou desafiar a pró...
- Moradores do Campeche se unem em mutirão para limp...
- Biólogo empreendedor cria o Jardim em Conserva, pr...
- Patrimônio histórico preservado com dinheiro públi...
- No Rio, usina vai transformar o lixo de Gramacho e...
- Conchas de ostras servem como antiácido para os oc...
- Potencial da energia de biomassa é subaproveitado
- Etanol celulósico é crucial para atender a demanda
- Desmate volta a subir na Mata Atlântica
- Portal do Empregador Doméstico na internet tem alt...
- Espanhol é ameaçado de morte por criar lâmpada que...
- Meu filho, você não merece nada
- Com sacolas amarradas aos pés, ‘nadador’ recolhe l...
- Poluição do ar em São Paulo seria 30% maior se met...
- Jovens infratores participam de projeto de preserv...
- Lixo: muita sujeira para baixo do tapete
- Brasil pode aumentar produção só com redução de pe...
- Maior preocupação da Geração Y do Brasil é a educação
- Julian Assange, em entrevista, acusa EUA de fazere...
- AMARRIBO apoia Cordioli
- Sociedade civil organizada
- ► 06/02 - 06/09 (88)
- ► 05/26 - 06/02 (48)
- ► 05/19 - 05/26 (30)
- ► 05/12 - 05/19 (53)
- ► 05/05 - 05/12 (52)
- ► 04/28 - 05/05 (44)
- ► 04/21 - 04/28 (46)
- ► 04/14 - 04/21 (51)
- ► 04/07 - 04/14 (50)
- ► 03/31 - 04/07 (57)
- ► 03/24 - 03/31 (59)
- ► 03/17 - 03/24 (27)
- ► 03/10 - 03/17 (9)
- ► 03/03 - 03/10 (11)
-
►
2012
(81)
- ► 12/30 - 01/06 (13)
- ► 12/02 - 12/09 (12)
- ► 11/18 - 11/25 (9)
- ► 11/11 - 11/18 (10)
- ► 11/04 - 11/11 (33)
- ► 10/21 - 10/28 (2)
- ► 07/22 - 07/29 (2)
Pesquisar neste blog
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Falta ao Brasil a consciência da gravidade e de como são imediatos nossos problemas ambientais
Com a experiência de quem acompanha de perto o debate sobre meio ambiente, o jornalista Washington Novaes tem credenciais para fazer um alerta. “Falta ao Brasil a consciência da gravidade e de como são imediatos nossos problemas ambientais, como a questão da falta de saneamento e da poluição nas cidades”, afirma, em entrevista para Plurale em revista.
Se alguns segmentos estão atrasados no envolvimento com a solução destes graves problemas, há pontos positivos a serem destacados. Como a mobilização da sociedade, destaca Novaes. O jornalista se anima ao falar sobre o Brasil, defendendo que o país ocupe o papel de protagonista nesta transição para a chamada novíssima economia. Acompanhe, a seguir, esta entrevista concedida pelo telefone.
Plurale em revista- Como você vê a questão do meio ambiente no Brasil hoje? Este não tem sido um debate partido, com ambientalistas de um lado, governo de outro, empresas também defendendo seus interesses prioritariamente?
Washington Novaes – Eu acho que a questão avançou bastante no Brasil nas últimas décadas em termos de consciência ambiental da sociedade. Mas acho que avançou muito menos em termos práticos, em termos concretos. Há várias razões. Em primeiro lugar há a questão de se considerar que meio ambiente é uma coisa separada, apartada da área econômica, política, social, cultural, quando não é assim. Tudo o que o ser humano faz impacta no meio ambiente. É preciso se considerar isso. Porém, este é um capítulo muito difícil, porque exige envolvimento das áreas econômica, industrial e comercial, em todas as áreas. Inclusive, nas áreas públicas e nos projetos públicos. É muito difícil, porque quando chega essa hora que cada empresa vai pensar, aí pensa primeiro nos seus interesses particulares, nos seus custos, o mesmo no caso dos governos. E cada pessoa também irá pensar no que isso vai representar. Portanto, a distância entre a consciência teórica e a nossa prática cotidiana é muito grande.
Plurale em revista – Mas algumas ações concretas estão sendo tomadas por todos estes agentes citados. Governo, empresas, pessoas. Estão na direção correta ou são mais ações de marketing, o chamado greenwashing?
Washington Novaes – Há sim muitas coisas concretas, e muitas coisas que estão apenas no terreno da intenção, ou apenas digamos, na seara do marketing. Mas, não há dúvida: existem sim muitas ações concretas sendo realizadas. A chamada questão ambiental ainda não é prioridade absoluta nos projetos de governo e nos projetos da sociedade de modo geral, como precisaria ser. A questão é muito grave no mundo, no Brasil, então precisaríamos correr com isso. Ainda estamos muito longe.
Plurale em revista – Na ordem do dia, há diversos problemas aí apresentados: do clima, da água, da desigualdade social, da energia, etc. Quais são, na sua opinião, os problemas mais graves?
Washington Novaes – Certamente as questões do clima são gravíssimas. Nós temos ouvido as advertências seguidas da ONU, do Secretário-Geral da ONU, do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Já estamos vivendo desastres extremamente graves, inclusive o Brasil. O Brasil é um dos países mais atingidos por desastres climáticos, então, esta certamente é uma grande questão, e nossas políticas são muito atrasadas quanto a isso. Eu creio também que os setores de água ganharam uma prioridade muito forte. Recentemente, a Agência Nacional de Águas trouxe um estudo demonstrando que em 2015, quase 50% dos municípios brasileiros terão problemas graves. Nós temos também nesta área outros diagnósticos, como a poluição das bacias brasileiras, da Bahia até o extremo Sul do país. A nossa situação em matéria de saneamento é vergonhosa: 40% dos municípios brasileiro quase não estão conectados à rede de esgoto e 70% não têm o esgoto tratado, sendo despejado in natura, nos rios e no mar. Esta é a principal causa da poluição das águas no brasil. A poluição do ar nas grandes cidades brasileiras também é muito grave. Portanto, temos questões muito sérias nos problemas mais básicos.
Plurale em revista – Com problemas ambientais assim tão graves O que está, então, faltando? Vontade política? Mobilização da sociedade?
Washington Novaes – Acho que falta a consciência da gravidade e de como são imediatos estes problemas, que precisam de solução imediata. Lamento que sejam tratados como algo que pode esperar, que pode levar tempo para resolver. Agora mesmo, estava lendo um artigo no qual dizia que o Ministério das Cidades pretende anunciar em junho, um plano que se for executado, levará mais 20 anos para se universalizar a questão da água e do esgoto no Brasil. Isto é um absurdo! Vai levar mais 20 anos, isto se for executado! Isto é um absurdo, porque, em geral, o que se destina para esta área, apenas se concretiza uma parcela pequena, e, ao mesmo tempo, a falta de prioridade nesta questão é demonstrada no orçamento do Meio Ambiente, de apenas 0,5% do orçamento geral.
Plurale em revista – Você acompanha o debate sobre estes temas ambientais há muitos anos. O que destacaria como ponto positivo? A mobilização e engajamento da sociedade brasileira?
Washington Novaes – Sem dúvida, a conscientização da sociedade é um avanço. Há avanços de diferentes lados, porém, não têm sido permanente. Há avanços e recuos, como, por exemplo, na questão do desmatamento e na perda da biodiversidade. O que eu tenho dito e escrito muito é que o Brasil é um país muito privilegiado, o Brasil tem tudo o que o mundo sonha: tem um território continental, que permite plantar e colher durante o ano inteiro; tem quase 13% da água que corre sobre a superfície da Terra – isto é um privilegio fenomenal, além dos aqüíferos subterrâneos gigantescos, como o Guarani, o Alter do Chão. E nós temos, no mínimo, 15% da biodiversidade mundial, e esta é a grande riqueza do futuro, porque esta biodiversidade vem nos novos alimentos, nos novos medicamentos, nos novos materiais para substituir, os que se esgotarem. O Brasil, além de tudo isso, ainda tem a possibilidade de uma matriz energética limpa e renovável. O mundo inteiro sonha com isso. O Brasil pode fazer energia além da hidroeletricidade, pode ter energia solar, energia eólica, energia de marés – que já se começa a falar em uma primeira usina -, energia geotérmica e energia das biomassas. Então, penso é que tudo isso deveria ser o centro da estratégia brasileira, porque este é o futuro. O Brasil deveria fazer disso o centro de sua estratégia, mas não faz. São coisas tratadas isoladamente e de forma insuficiente.
Plurale em revista – Qual seu ponto de vista quanto ao futuro do Brasil? Você, neste cenário, é otimista ou pessimista?
Washington Novaes – Não sei. Tento não ser nem otimista, nem pessimista. Tento ser realista, tento enxergar a realidade como ela é, e, na medida das minhas possibilidades, me esforçar para que ela mude, para que se transforme, para que se adote políticas adequadas práticas, as práticas adequadas. Isso tem riscos, porque se plantar muito destas questões, corre o risco de ser chamado de pessimista, de profeta do apocalipse, este tipo de coisa. Mas não adianta, não tem como fugir disto. Isso está dentro dos nossos olhos e nós temos nossas obrigações com nossos filhos e netos. Costumo sempre citar que em 2002, na chamada Rio + 10, o então primeiro-ministro francês, Jacques Chirac fez um pronunciamento célebre. Ele terminou dizendo que as futuras gerações vão nos responsabilizar. Não podemos correr o risco das futuras gerações nos culparem pelo o que foi feito do Planeta. Os jovens hoje têm mais acesso ás informações que nós tivemos. A minha dúvida é se também têm ação. Isto é um reflexo de nossa sociedade atual. Reclama-se muito, mas se faz pouco. A maioria está sempre esperando que alguém vá agir por ela, esperando passivamente. É preciso que esta massa também aprenda a se organizar e a pedir e reivindicar o que deseja. Quando consegue, são ações relevantes, como no caso da Lei da Ficha Limpa, por exemplo.
Fonte: Mercado Ético
Plurale em revista- Como você vê a questão do meio ambiente no Brasil hoje? Este não tem sido um debate partido, com ambientalistas de um lado, governo de outro, empresas também defendendo seus interesses prioritariamente?
Washington Novaes – Eu acho que a questão avançou bastante no Brasil nas últimas décadas em termos de consciência ambiental da sociedade. Mas acho que avançou muito menos em termos práticos, em termos concretos. Há várias razões. Em primeiro lugar há a questão de se considerar que meio ambiente é uma coisa separada, apartada da área econômica, política, social, cultural, quando não é assim. Tudo o que o ser humano faz impacta no meio ambiente. É preciso se considerar isso. Porém, este é um capítulo muito difícil, porque exige envolvimento das áreas econômica, industrial e comercial, em todas as áreas. Inclusive, nas áreas públicas e nos projetos públicos. É muito difícil, porque quando chega essa hora que cada empresa vai pensar, aí pensa primeiro nos seus interesses particulares, nos seus custos, o mesmo no caso dos governos. E cada pessoa também irá pensar no que isso vai representar. Portanto, a distância entre a consciência teórica e a nossa prática cotidiana é muito grande.
Plurale em revista – Mas algumas ações concretas estão sendo tomadas por todos estes agentes citados. Governo, empresas, pessoas. Estão na direção correta ou são mais ações de marketing, o chamado greenwashing?
Washington Novaes – Há sim muitas coisas concretas, e muitas coisas que estão apenas no terreno da intenção, ou apenas digamos, na seara do marketing. Mas, não há dúvida: existem sim muitas ações concretas sendo realizadas. A chamada questão ambiental ainda não é prioridade absoluta nos projetos de governo e nos projetos da sociedade de modo geral, como precisaria ser. A questão é muito grave no mundo, no Brasil, então precisaríamos correr com isso. Ainda estamos muito longe.
Plurale em revista – Na ordem do dia, há diversos problemas aí apresentados: do clima, da água, da desigualdade social, da energia, etc. Quais são, na sua opinião, os problemas mais graves?
Washington Novaes – Certamente as questões do clima são gravíssimas. Nós temos ouvido as advertências seguidas da ONU, do Secretário-Geral da ONU, do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Já estamos vivendo desastres extremamente graves, inclusive o Brasil. O Brasil é um dos países mais atingidos por desastres climáticos, então, esta certamente é uma grande questão, e nossas políticas são muito atrasadas quanto a isso. Eu creio também que os setores de água ganharam uma prioridade muito forte. Recentemente, a Agência Nacional de Águas trouxe um estudo demonstrando que em 2015, quase 50% dos municípios brasileiros terão problemas graves. Nós temos também nesta área outros diagnósticos, como a poluição das bacias brasileiras, da Bahia até o extremo Sul do país. A nossa situação em matéria de saneamento é vergonhosa: 40% dos municípios brasileiro quase não estão conectados à rede de esgoto e 70% não têm o esgoto tratado, sendo despejado in natura, nos rios e no mar. Esta é a principal causa da poluição das águas no brasil. A poluição do ar nas grandes cidades brasileiras também é muito grave. Portanto, temos questões muito sérias nos problemas mais básicos.
Plurale em revista – Com problemas ambientais assim tão graves O que está, então, faltando? Vontade política? Mobilização da sociedade?
Washington Novaes – Acho que falta a consciência da gravidade e de como são imediatos estes problemas, que precisam de solução imediata. Lamento que sejam tratados como algo que pode esperar, que pode levar tempo para resolver. Agora mesmo, estava lendo um artigo no qual dizia que o Ministério das Cidades pretende anunciar em junho, um plano que se for executado, levará mais 20 anos para se universalizar a questão da água e do esgoto no Brasil. Isto é um absurdo! Vai levar mais 20 anos, isto se for executado! Isto é um absurdo, porque, em geral, o que se destina para esta área, apenas se concretiza uma parcela pequena, e, ao mesmo tempo, a falta de prioridade nesta questão é demonstrada no orçamento do Meio Ambiente, de apenas 0,5% do orçamento geral.
Plurale em revista – Você acompanha o debate sobre estes temas ambientais há muitos anos. O que destacaria como ponto positivo? A mobilização e engajamento da sociedade brasileira?
Washington Novaes – Sem dúvida, a conscientização da sociedade é um avanço. Há avanços de diferentes lados, porém, não têm sido permanente. Há avanços e recuos, como, por exemplo, na questão do desmatamento e na perda da biodiversidade. O que eu tenho dito e escrito muito é que o Brasil é um país muito privilegiado, o Brasil tem tudo o que o mundo sonha: tem um território continental, que permite plantar e colher durante o ano inteiro; tem quase 13% da água que corre sobre a superfície da Terra – isto é um privilegio fenomenal, além dos aqüíferos subterrâneos gigantescos, como o Guarani, o Alter do Chão. E nós temos, no mínimo, 15% da biodiversidade mundial, e esta é a grande riqueza do futuro, porque esta biodiversidade vem nos novos alimentos, nos novos medicamentos, nos novos materiais para substituir, os que se esgotarem. O Brasil, além de tudo isso, ainda tem a possibilidade de uma matriz energética limpa e renovável. O mundo inteiro sonha com isso. O Brasil pode fazer energia além da hidroeletricidade, pode ter energia solar, energia eólica, energia de marés – que já se começa a falar em uma primeira usina -, energia geotérmica e energia das biomassas. Então, penso é que tudo isso deveria ser o centro da estratégia brasileira, porque este é o futuro. O Brasil deveria fazer disso o centro de sua estratégia, mas não faz. São coisas tratadas isoladamente e de forma insuficiente.
Plurale em revista – Qual seu ponto de vista quanto ao futuro do Brasil? Você, neste cenário, é otimista ou pessimista?
Washington Novaes – Não sei. Tento não ser nem otimista, nem pessimista. Tento ser realista, tento enxergar a realidade como ela é, e, na medida das minhas possibilidades, me esforçar para que ela mude, para que se transforme, para que se adote políticas adequadas práticas, as práticas adequadas. Isso tem riscos, porque se plantar muito destas questões, corre o risco de ser chamado de pessimista, de profeta do apocalipse, este tipo de coisa. Mas não adianta, não tem como fugir disto. Isso está dentro dos nossos olhos e nós temos nossas obrigações com nossos filhos e netos. Costumo sempre citar que em 2002, na chamada Rio + 10, o então primeiro-ministro francês, Jacques Chirac fez um pronunciamento célebre. Ele terminou dizendo que as futuras gerações vão nos responsabilizar. Não podemos correr o risco das futuras gerações nos culparem pelo o que foi feito do Planeta. Os jovens hoje têm mais acesso ás informações que nós tivemos. A minha dúvida é se também têm ação. Isto é um reflexo de nossa sociedade atual. Reclama-se muito, mas se faz pouco. A maioria está sempre esperando que alguém vá agir por ela, esperando passivamente. É preciso que esta massa também aprenda a se organizar e a pedir e reivindicar o que deseja. Quando consegue, são ações relevantes, como no caso da Lei da Ficha Limpa, por exemplo.
Fonte: Mercado Ético
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Postagens populares
-
O ambiente alimentar começou a mudar há dez anos com o advento das redes sociais, que passaram a criar redes de consumidores ávidos por i...
-
Tem sido cada vez mais difícil emitir uma opinião sobre qualquer assunto neste país.
-
Vendida como a capital da floresta, Manaus acumula decepções com as obras – que já mataram três operários – sem retorno para os moradores...
-
Fome não se combate apenas com prato de comida. Digerida a esmola em forma de alimento, abre-se de novo o oco na barriga, buraco negro da...
-
As Nações Unidas recomendam: o consumo de insetos e as florestas onde eles vivem são ferramentas de combate a fome. O assunto está na pau...
-
Uma mudança no clima produzida de forma abrupta e similar a que acontece atualmente por causa da atividade humana foi responsável pela mo...
-
Representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), gestores públicos e especialistas de diversos países se reuniram, nesta quinta-feira...
-
Devido à estiagem que chega ao quarto ano, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) preparou calendários rigorosos com vários dia...
-
O progressivo barateamento de energias alternativas e a pressão social e governamental sobre os investidores está provocando uma onda glo...
-
Às vésperas da COP21, evento irá reunir especialistas internacionais para discutir Novo Acordo Global do Clima e os Objetivos do Desenvol...
0 comentários:
Postar um comentário