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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Laudos comprovam que óleo no Lago Paranoá, em Brasília, vazou de hospital

O óleo que atingiu o Lago Paranoá vazou do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), conforme os laudos técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e da Universidade de Brasília (UnB) concluídos na noite de ontem (18). De acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente do governo do Distrito Federal (GDF), os dois laudos mostram que o óleo, responsável pela mancha de 3 quilômetros, veio de uma caldeira usada pelo hospital para esterilizar equipamentos.

Segundo o Ibram, o separador de água e óleo da caldeira estourou e acabou despejando óleo pela tubulação de água pluvial. A mancha localizada nas proximidades do Iate Clube foi contida ontem. No entanto, uma segunda mancha, de menor porte, apareceu em outro ponto do lago, próximo à Concha Acústica, local onde são realizados eventos culturais.

Nos dois pontos é comum a prática de esportes aquáticos. Para evitar problemas, as autoridades estão orientando que a população e as embarcações não usem as áreas mais críticas para atividades ou banhos. A limpeza do local e a contenção do óleo já estão sendo feitas, mas há, ainda, preocupação com a possibilidade de novos vazamentos com a chuva prevista para os próximos dias.

Um auto de infração foi entregue ainda ontem à noite ao Hran, após a conclusão dos laudos, mas endereçado à Secretaria de Saúde, órgão responsável pelo hospital. Foi aplicada uma multa de R$ 280 mil.

A Secretaria de Saúde informou que já tomou conhecimento do laudo, mas espera ser notificada oficialmente na segunda-feira (21) para pedir explicações da empresa Técnica, responsável pela caldeira, e ver a quem caberá pagar a multa. A secretaria já vinha fazendo estudos para a licitação de novas caldeiras a gás, para evitar vazamentos de óleo.

De acordo com o Ibram, essa é a quarta vez que ocorrem problemas ambientais com caldeiras do Hran. A última foi no início deste ano, devido à fumaça densa e escura liberada à luz do dia, incomodando a vizinhança. Na época, foi aplicada uma multa de R$ 60 mil, mas acabou não sendo paga porque o GDF recorreu na Justiça.

Além da multa, o Ibran havia determinado a troca das caldeiras, que têm 40 anos de uso, e a mudança do horário da fumaça. Iniciou-se, então, um processo de licitação que ainda não foi concluído. No ano passado, o Ibran identificou outro vazamento, mas de menor escala, que aconteceu também pelo rompimento do separador de água e óleo. O vazamento atual é o maior já registrado no Lago Paranoá.

O Ibran informou que não pode fechar a caldeira atual porque isso inviabilizaria o funcionamento do hospital, e o dano ficaria ainda maior com o fechamento das áreas cirúrgicas e de internação.

Fundo do lago – Em avaliação feita na manhã de sábado, o Corpo de Bombeiros constatou que parte do óleo vazado do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) contaminou o fundo do Lago Paranoá, em uma área próxima à saída do duto pluvial (ponto por onde a substância teve acesso ao lago). Em análises aéreas e da superfície da água não foram encontrados mais pontos de contaminação, informou o chefe de Operação do Comando Unificado, capitão Rodrigo Rasia.

“Na avaliação feita agora pela manhã vimos que parte do óleo que se encontra na superfície desceu, contaminando o fundo. Essa é a nossa principal preocupação no momento. Montamos um plano de ação que vai mapear o local e redimensionar a detenção, pois o óleo pode surgir em novos pontos”, disse o capitão do Corpo de Bombeiros, durante coletiva de imprensa. A retirada do óleo do fundo não é complicada, e será feita pela empresa Suatrans, especializada em atendimentos emergenciais ambientais, informou o capitão.

Para evitar que o óleo se espalhe, há 800 metros de barreiras flutuante e de absorção. Se por um lado a chuva de de sábado é considerada positiva para ajudar a dissipar a mancha de óleo e para limpar o duto pluvial, onde há ainda resíduos de óleo, por outro lado, atrapalha as barreiras. De acordo com o capitão, a chuva implica em risco maior de rompimento das barreiras.

Até o momento foram capturados três animais afetados pelo óleo: duas tartarugas e uma ave. “Eles foram encaminhados ao Zoológico. A ave morreu, e as tartarugas estão sob tratamento”, disse a analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Cristiane Oliveira.

Segundo ela, foram encontradas mortas no sábado uma tartaruga e outra ave, mas ainda não está confirmado se isso ocorreu em decorrência do óleo. Alguns peixes também forma encontrados mortos, “mas até o momento sem vestígios de óleo”. “A suspeita é que eles tenham sido descartados pelos pescadores”, disse a analista do Ibama. A necropsia dos peixes está sendo feita pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Zoológico. 

Fonte: Agência Brasil

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