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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Noruega pretende comprar lixo para suprir demanda energética

Enquanto em alguns países, como o Brasil, o problema está no excesso de lixo, na Noruega o problema é a escassez. De acordo com a Time, grande parte dos resíduos produzidos pela população não vão parar em aterros, mas em incineradores produtores de energia. Ou seja, a população consome energia a partir de lixo queimado. Acontece, no entanto, que este combustível está acabando.
O Hafslund Group, uma empresa de energia norueguesa que produz e distribui aquecimento na cidade de Oslo, anunciou que “o objetivo é substituir todos os combustíveis fósseis para os picos de carga em 2016″. A produção de energia atual nas suas instalações chega a 1.5 TWh – o suficiente para aquecer 150 mil casas.

Para alcançar a quantidade de energia necessária, a Noruega prepara-se para importar lixo de localidades como os Estados Unidos, uma vez que o transporte marítimo é relativamente barato.

Tendência europeia

Ainda segundo a Time, usar o lixo como fonte de energia está virando uma tendência na Europa e estende-se para países como a Áustria e a Alemanha. Ambos também planejam construir mais fábricas de incineração de lixo.

Outro exemplo está na Suécia, que possui igualmente a intenção de importar anualmente 800 mil toneladas de resíduos do resto da Europa, de modo a manter a sua produção de energia de forma eficiente.

Problemas ambientais

Alguns grupos ambientalistas, no entanto, acreditam que esta dependência do lixo é apenas uma solução em curto prazo para as metas ambientais, e acabam criando a necessidade de gerar mais lixo. “Há uma pressão para se produzir mais e mais resíduos desde que existe este limite de capacidade”, disse Lars Haltbrekken, presidente do grupo ambientalista mais antigo da Noruega.

Além disso, o uso do lixo na produção de energia contribui para desencorajar as iniciativas, cada vez mais necessárias, visando à preservação de recursos naturais, à redução do uso de embalagens que se tornam lixo e à adoção de práticas de reciclagem e compostagem.

Haltbrekken defende que, em uma hierarquia de objetivos ambientais, produzir menos lixo deve ser prioridade em relação à produção de energia a partir de resíduos.

Fonte: Mercado Ético

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