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terça-feira, 7 de maio de 2013

Prefeitura de Paris estimula projetos sustentáveis

Os arquivistas pediram um burrico, mas o que receberam da prefeitura foram quatro ovelhas negras. Desde o início de abril, elas pastam num campo gramado ao lado do prédio do Arquivo Municipal, funcionando como os mais novos e peludos cortadores de grama da prefeitura parisiense.
Desde que foi eleito, em 2001, o prefeito Bertrand Delanoë vem fazendo do ambiente uma de suas prioridades. Ele promove um programa de partilha de bicicletas e carros, a ampliação da rede de ciclovias e pistas reservadas a ônibus e um projeto que reserva as margens do Sena para pedestres em boa parte de sua extensão na cidade.

As ovelhas têm a tarefa de manter aparado um trecho de um quarto de hectare no 19° “arrondissement” parisiense. A prefeitura descreve o projeto como uma “ecopastagem” e observa que as quatro ovelhas vão reduzir o uso de herbicidas e tornar desnecessário o uso de cortadores de grama.

Se tudo sair conforme o previsto, a cidade tem planos para um projeto de ecopastagem um pouco maior, a pouca distância do prédio do Arquivo. Projetos semelhantes foram lançados em cidades menores da região nos últimos anos.

As ovelhas pertencem a uma raça bretã chamada Ouessant, que tem apenas meio metro de altura.

Escolhidas por sua resistência, dizem autoridades, as ovelhas vão ficar pastando no local até outubro. Segundo René Dutrey, prefeito adjunto para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, as ovelhas custaram apenas US$ 335 à cidade.

Surpreendentemente, porém, há receios de que as ovelhas possam, na realidade, causar uma queda na biodiversidade. Marcel Collet, o fazendeiro responsável pelas ovelhas na fazenda da prefeitura, a Ferme de Paris, disse que funcionários municipais descobriram quatro variedades distintas de orquídeas na área gramada em que as ovelhas pastam. De acordo com ele, cientistas vão monitorar a fauna e a flora do lugar.

Deixando a biodiversidade de lado, o local, na periferia acidentada e pouco habitada da zona leste de Paris, é ideal para ovelhas, observou Collet. Uma cerca metálica circunda o terreno do Arquivo e um guarda vigia o local, diminuindo as chances de predadores -por exemplo, cães grandes- atacarem as ovelhas.

Já humanos curiosos são incentivados a visitar os animais e possivelmente o Arquivo. O projeto de ecopastagem começou como iniciativa para atrair o público até o Arquivo. Foram montados painéis informativos para explicar o que as ovelhas estavam fazendo no local.

“Pessoalmente, eu queria um burrico”, comentou Agnès Masson, diretora do Arquivo, que ocupa um edifício ultramoderno de 1990, de concreto e vidro. Mas foi decidido que ovelhas seriam mais apropriadas.

Os arquivistas tiveram que aprender a cuidar dos animais. Masson explicou que, na eventualidade improvável de uma ovelha cair de costas, alguém precisa correr para colocá-la de pé novamente.

“Se não, ela corre o risco de sufocar.” 

Fonte: Folha.com

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