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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Comer para viver ou para morrer?

Uma das perguntas mais frequentes que ouço dos meus pacientes é “o que devo comer?”. Você pode pensar que o seu médico é capaz de ajudar no sentido de orientar sobre a melhor dieta para o seu caso, mas na grande maioria das vezes a resposta não é satisfatória. A maioria dos médicos se desinteressa a respeito do tema DIETA e não ajuda nas escolhas alimentares que possam beneficiar os pacientes e frequentemente são desinformados no que diz respeito à alimentação saudável.

Na faculdade de Medicina não costuma existir um treinamento adequado sobre nutrição e as matérias se concentram principalmente no conhecimento de doenças e na forma de tratá-las. Poucas são as menções a respeito de condutas nutricionais, embora, para reconhecermos plenamente o que chamamos de SAÚDE, devamos conhecer o que compõe os organismos vivos sob forma de matéria-prima para que haja um desempenho normal.

A sociedade moderna evoluiu bastante sob o ponto de vista tecnológico, trazendo-nos facilidades para desempenharmos nossas funções diárias, porém não nos conduziu corretamente sob o aspecto nutricional e isto propiciou o surgimento de vários tipos de doenças que não existiam nos primórdios dos tempos, quando a espécie humana apareceu no nosso planeta.

O homem primitivo se alimentava de carne crua e vegetais disponibilizados na natureza. Ele devia andar para conseguir alimento e correr para fugir de predadores. À medida que o tempo passou, foram desenvolvidas variações que serviam para melhorar o sabor dos alimentos que vão desde o cozimento após a descoberta do fogo até o consumo do leite, fabricação de açúcar, farinha e tantas outras, passando pelos condimento até chegarmos na industrialização. O Homem não foi programado para adoecer, embora mudanças de hábitos ao longo do tempo contribuíram para o surgimento de inúmeras doenças, tais como as cardiovasculares, diabetes, alergias etc. Mudanças de hábito de vida tais como sedentarismo, consumo exagerado de alimentos industrializados (principalmente os que contém carboidratos refinados) fumo, álcool e o stress cada vez mais crescente, levaram a espécie humana a sofrer de doenças que poderiam ser evitadas, mas que se consolidaram seriamente.

A obesidade é hoje um dos mais sérios problemas de saúde e causa principal de diabetes, hipertensão arterial, infarto do miocárdio, derrame cerebral, entre outras. São doenças FABRICADAS pelo homem. O médico está preparado para receitar remédios que ajudam a melhorar sintomas de cada doença, porém ele raramente orienta os pacientes no sentido de promoverem mudanças no estilo de vida para evitarem complicações dessas doenças ou mesmo impedirem que elas se instalem.

Devemos nos lembrar que a alimentação pode servir como poderosa medicação. É claro que podemos fazer escolhas alimentares que satisfaçam o paladar, porém temos que nos cuidar, porque essas escolhas são, muitas das vezes, causas de obesidade, doenças cardíacas, câncer, doenças auto-imunes etc. As escolhas alimentares adequadas dependem de conhecimento das propriedades dos alimentos. Evitar os industrializados deveria ser a primeira medida a ser tomada para se pensar em saúde. Não há duvida alguma que devemos nos satisfazer comendo o que nos dá prazer. Entretanto, morrer por isto não parece valer a pena. O mais importante é colocarmos em prática o treinamento de fazer a compensação logo após qualquer tipo de abuso. Se abusarmos hoje, amanhã, depois de amanhã, ninguém nos segurará. Se, ao contrário, aprendermos a compensar com alimentação saudável o dia seguinte aos abusos, teremos mais chance de aproveitarmos a vida naquilo que ela nos oferece de mais valor, que é a SAÚDE.

Comer para viver é mais sábio do que viver para comer.

Fonte: Mercado Ético

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