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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Impacto de mudanças climáticas preocupa pesquisadores do Pará

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão preocupados com o impacto das mudanças climáticas nas comunidades tradicionais da amazônia. Segundo a professora Oriana Almeida, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), vários moradores do Pará e Amapá percebem mudanças no nível dos rios em localidades como Ponta de Pedras e Abaetetuba.

“A população dessas localidades relata que está havendo marés muito grandes. Queremos fazer estudos econômicos a respeito dos impactos que os eventos extremos causam na vida da população do estuário. Em princípio, estamos trabalhando com a percepção e a experiência dessa população sobre esses eventos. Estamos pesquisando qual a capacidade deles de se adaptarem e se reestruturarem para continuarem com suas atividades econômicas”, disse Oriana.

O tema está sendo debatido durante um evento que debate mudanças climáticas em Belém. O “Workshop internacional adaptações às mudanças climáticas em sistemas costeiros e estuarinos”, realizado pela UFPA até sexta-feira (4), tem a participação de pesquisadores internacionais para expor a situação de diversos ecossistemas ao redor do globo, dos manguezais de Tumbes, no Peru, até a lagoa Chilika, na Índia.

Catástrofe ambiental – De acordo com o chefe da divisão técnica ambiental do Ibama, Alex Lacerda, diz que a ação do homem acelera e provoca mudanças no bioma terrestre. “Eu acredito, embasado em pesquisas, que o homem está acelerando um ciclo climático. De 3 mil artigos sobre mudanças climáticas publicados nos últimos anos, 97% ligaram o aquecimento global a ação humana”, revela.

Na sexta-feira (27), um novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) subiu o tom de alerta sobre o aquecimento global que, segundo o Painel, tem 95% de chance de ser causado pela interferência do homem.

Segundo Lacerda, um dos principais fatores para o aumento do aquecimento global é a destruição da floresta Amazônica, que pode causar danos em todo o continente Americano. “As nuvens formadas na Amazônia chovem da região sul do Brasil até o Caribe e a Flórida. Sem a floresta, estes locais onde a chuva é causada pela transpiração das plantas teriam um processo acentuado de déficit hídrico. Haveria seca prolongada”, pondera.

De acordo com Lacerda, estudos recentes apontam que cerca de 25% da floresta Amazônica já foi destruído. Se este número continuar a crescer, a Amazônia pode ser destruída, mesmo que o desmatamento pare. “Existe um fenômeno chamado ‘efeito borda’: o entorno das áreas desmatadas também morre. Se a devastação da floresta superar 30% ela terá a sua resistência florestal quebrada, este processo será irreversível”, avalia.

Para o Ibama, apesar do estado crítico da floresta tropical ainda há esperança, mesmo com o aumento no desmatamento apontado pelo Inpe. “É preciso que se façam ações ambientais mundiais para reduzir a emissão de gases estufa, e o Brasil faz a sua parte com o combate acentuado ao desmatamento, que gera uma quantidade absurda de gases”, conclui Lacerda. 

Fonte: G1

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