Depois de simulações na Terra, o projeto Veggie vai levar plantações de alfaces para o espaço. 

Até o final deste ano, a Agência Espacial Norte-Americana deve dar início ao projeto Veggie, que prevê a instalação de hortas no espaço, para garantir parte do consumo de alimentos dos cosmonautas em expedição. Por enquanto, o projeto vai levar culturas de alface para a Estação Espacial Internacional, aproveitando a atividade agrícola não só para reduzir os gastos com alimentação, mas também para aumentar a qualidade de vida dos cosmonautas que estão longe de casa.

De acordo com a NASA, a gravidade zero não impedirá a produção de alimentos no espaço – pelo contrário – nas simulações realizadas na Terra, o plantio apresentou bom desempenho. Com previsão para serem lançadas ao espaço até dezembro, as plantas vão se desenvolver com o auxílio de lâmpadas LED coloridas, que devem ajudar a suprir a ausência da incidência solar no local. “As lâmpadas de LED são eficientes e versáteis. Devido à durabilidade, elas são ideais para missões espaciais, em que é necessário repor os itens que são encontrados somente na Terra”, comentou Gioia Massa, representante da agência espacial.

O projeto sustentável representa uma economia de recursos para a NASA, já que são gastos cerca de 50 mil reais para enviar cada quilo de alimento ao espaço. Fora isso, o plantio também servirá como terapia aos cosmonautas, já que entrar em contato com a terra e cuidar das plantas são maneiras de despertar sensações positivas e reconectá-los ao planeta em que nasceram.

Ao longo dos testes, os cientistas perceberam que o LED em tons de rosa teve maior desempenho no fornecimento de luz para os vegetais. De acordo com a NASA, um dos principais desafios a serem enfrentados pela horta espacial são os microorganismos cósmicos, que podem atacar a plantações de alface e reduzir a produtividade da horta. Para eliminar as suspeitas de ameaça, os vegetais cultivados no espaço serão analisados na Terra, e, se estiverem em condições perfeitas, voltarão para o espaço a fim de serem consumidos.

Fonte: Mercado Ético