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terça-feira, 25 de junho de 2013
Agência da ONU quer que empresas se adaptem às novas realidades climáticas
O futuro do setor privado dependerá, cada vez mais, da habilidade do comércio de adaptar-se às mudanças do meio ambiente, além de desenvolver bens e serviços que reduzam o impacto das mudanças climáticas.
A conclusão é parte de um relatório, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, na sexta-feira, em Nairóbi, capital do Quênia.
Mercado
O documento, “GEO-5 para o Negócio: Impactos de Mudanças Ambientais sobre o Setor Corporativo”, cita a escassez de água, emissões de químicos nocivos e outras preocupações ambientais.
Segundo o relatório, o mercado também sofre com o impacto dos custos operacionais dos produtos e disponibilidade de matérias primas.
Mas de acordo com o Pnuma, as mudanças ambientais também oferecem grandes oportunidades para os negócios, e para empresários que saibam gerenciá-las.
Decisões Mais Criativas
O chefe do Pnuma, Achim Steiner, afirmou que o estudo fala sobre a realidade das mudanças e a escassez de recursos naturais, além de delinear como decisões mais criativas, por parte do setor privado, podem ajudar o mundo a vencer esses obstáculos.
Segundo Steiner, o mundo está à procura de soluções, sejam elas para a economia de água, infraestrutura à prova das mudanças climáticas ou economia verde.
Os gastos com energia foram citados no relatório com o exemplo dos hospitais, que consomem mais que o dobro de eletricidade que um escritório do mesmo tamanho.
Brasil e Hospitais
No Brasil, os hospitais utilizam mais de 10% do consumo comercial de energia do país.
O estudo do Pnuma baseou-se no Panorama Ambiental Global (GEO 5), considerado a análise mais abrangente da ONU sobre o estado do meio ambiente no mundo.
A agência da ONU fez ainda uma análise detalhada dos setores de construção, químicos, mineração, produção de alimentos e outras indústrias, e como o mercado pode se ajustar para criar vantagens competivivas a longo prazo.
Austrália
O relatório sugere que o aumento frequente de eventos ligados a temperaturas extremas, e às mudanças climáticas, representam um risco para todos os setores.
As enchentes da Austrália em 2010 e 2011 causaram um pedido de indenização de mais de US$ 350 milhões da resseguradora Munich Re, considerada a maior do mundo. Essa situação levou a uma queda de 38% dos lucros da empresa no trimestre daquele ano. As mesmas cheias geraram perdas de US$ 245 milhões para o grupo Rio Tinto.
O aumento das temperaturas também está pondo em cheque a viabilidade e o futuro do turismo. Há dúvidas, por exemplo, sobre a viabilidade de estações de esqui nos Estados Unidos, caso a temperatura suba ainda mais.
Baixo Carbono
Mais de 80% do dinheiro necessário para enfrentar as mudanças climáticas deverão vir do setor privado. Com isso, poderá ser investido em prédios verdes, tecnologia eficiente e transportes sustentáveis, além de produtos baseados em baixo carbono.
Já nas cidades, cerca de 60% da infraestrutura necessárias para atender às demandas da população urbana mundial até 2050 não foram construídos. Com isso também, existe mais oportunidade para construções verdes. Todos os dias, 1,5 milhão de metros quadrados estão sendo certificados como ambientalmente corretos.
África do Sul
Um dos maiores desafios continua sendo a escassez de água para todos os setores estudados pelo relatório do Pnuma. Na África do Sul, as tarifas para as minas de platina no sistema do Rio Olifants devem subir 10 vezes mais que o valor atual até 2020. A concorrência de comunidades locais e de outros consumidores de água pode levar ainda a impactos negativos.
O setor da construção permanece propenso à volatilidade em mercados de energia e leva a aumento de preços no setor por causa do alto consumo na produção de aço, concreto e outros materiais. Com a perspectiva de ofertas baixas em algumas regiões, limita-se também o potencial de desenvolvimento e oportunidades. Este setor pode receber uma grande pressão de consumidores para reduzir o lixo gerado durante a construção.
Até 2035, a demanda por eletricidade no mundo poder subir em mais de 70% que os níveis registrados em 2009.
A conclusão é parte de um relatório, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, na sexta-feira, em Nairóbi, capital do Quênia.
Mercado
O documento, “GEO-5 para o Negócio: Impactos de Mudanças Ambientais sobre o Setor Corporativo”, cita a escassez de água, emissões de químicos nocivos e outras preocupações ambientais.
Segundo o relatório, o mercado também sofre com o impacto dos custos operacionais dos produtos e disponibilidade de matérias primas.
Mas de acordo com o Pnuma, as mudanças ambientais também oferecem grandes oportunidades para os negócios, e para empresários que saibam gerenciá-las.
Decisões Mais Criativas
O chefe do Pnuma, Achim Steiner, afirmou que o estudo fala sobre a realidade das mudanças e a escassez de recursos naturais, além de delinear como decisões mais criativas, por parte do setor privado, podem ajudar o mundo a vencer esses obstáculos.
Segundo Steiner, o mundo está à procura de soluções, sejam elas para a economia de água, infraestrutura à prova das mudanças climáticas ou economia verde.
Os gastos com energia foram citados no relatório com o exemplo dos hospitais, que consomem mais que o dobro de eletricidade que um escritório do mesmo tamanho.
Brasil e Hospitais
No Brasil, os hospitais utilizam mais de 10% do consumo comercial de energia do país.
O estudo do Pnuma baseou-se no Panorama Ambiental Global (GEO 5), considerado a análise mais abrangente da ONU sobre o estado do meio ambiente no mundo.
A agência da ONU fez ainda uma análise detalhada dos setores de construção, químicos, mineração, produção de alimentos e outras indústrias, e como o mercado pode se ajustar para criar vantagens competivivas a longo prazo.
Austrália
O relatório sugere que o aumento frequente de eventos ligados a temperaturas extremas, e às mudanças climáticas, representam um risco para todos os setores.
As enchentes da Austrália em 2010 e 2011 causaram um pedido de indenização de mais de US$ 350 milhões da resseguradora Munich Re, considerada a maior do mundo. Essa situação levou a uma queda de 38% dos lucros da empresa no trimestre daquele ano. As mesmas cheias geraram perdas de US$ 245 milhões para o grupo Rio Tinto.
O aumento das temperaturas também está pondo em cheque a viabilidade e o futuro do turismo. Há dúvidas, por exemplo, sobre a viabilidade de estações de esqui nos Estados Unidos, caso a temperatura suba ainda mais.
Baixo Carbono
Mais de 80% do dinheiro necessário para enfrentar as mudanças climáticas deverão vir do setor privado. Com isso, poderá ser investido em prédios verdes, tecnologia eficiente e transportes sustentáveis, além de produtos baseados em baixo carbono.
Já nas cidades, cerca de 60% da infraestrutura necessárias para atender às demandas da população urbana mundial até 2050 não foram construídos. Com isso também, existe mais oportunidade para construções verdes. Todos os dias, 1,5 milhão de metros quadrados estão sendo certificados como ambientalmente corretos.
África do Sul
Um dos maiores desafios continua sendo a escassez de água para todos os setores estudados pelo relatório do Pnuma. Na África do Sul, as tarifas para as minas de platina no sistema do Rio Olifants devem subir 10 vezes mais que o valor atual até 2020. A concorrência de comunidades locais e de outros consumidores de água pode levar ainda a impactos negativos.
O setor da construção permanece propenso à volatilidade em mercados de energia e leva a aumento de preços no setor por causa do alto consumo na produção de aço, concreto e outros materiais. Com a perspectiva de ofertas baixas em algumas regiões, limita-se também o potencial de desenvolvimento e oportunidades. Este setor pode receber uma grande pressão de consumidores para reduzir o lixo gerado durante a construção.
Até 2035, a demanda por eletricidade no mundo poder subir em mais de 70% que os níveis registrados em 2009.
Monções
O crescimento de ondas de calor associadas à mudança climática deve impactar a confiabilidade da rede de energia. Os apagões de 2012 na Índia, causados pela subida da demanda devido às temperaturas altas e à diminuição de monções, deixaram centenas de milhares de pessoas sem energia elétrica por várias horas.
As empresas de eletricidade terão que remanejar suas infraestruturas propensas a temperaturas extremas, além de se preparar melhor para casos de interrupção do serviço.
A produção global de carvão na geração total de energia deve diminuir de dois quintos para um terço em 2035. Já as fontes renováveis estão marcadas para aumentar de 20% para 31%. A chamada “descarbonização” da eletricidade irá gerar oportunidades para o setor, fazendo avançar as tecnologias de energia limpa.
Uma outra preocupação, apresentada pelo relatório, está na produção de alimentos e bebidas. O setor utiliza grandes quantidades de água. Os estoques de peixes, por exemplo, estão sendo super explorados e destruídos, enquanto isso aumenta a acidificação dos oceanos, e os ecossistemas de corais são degradados.
Fonte: Mercado Ético
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