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segunda-feira, 29 de julho de 2013

A batalha contra males que abalam a saúde e a economia

Programa do Laboratório Eli Lilly de combate a doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes, chega à Região Sul


Por Pedro Pereira
Nos próximos três anos, a Eli Lilly, indústria farmacêutica com 136 anos de história, investirá US$ 3 milhões, aproximadamente R$ 7 milhões, na região  sul – mais precisamente em Porto Alegre. O aporte vem por meio da “Parceria Lilly de Doenças Não Comunicáveis”, ação desenvolvida pela empresa em parceria com instituições de ensino e pesquisa. Atualmente, a iniciativa já é aplicada na Índia, África do Sul e no México. “Quatro países onde o programa pode ser mais bem sucedido porque os governos tratam a questão como um problema público”, justifica Regiane Salateo (foto 1), diretora de assuntos corporativos da Lilly no Brasil.

As doenças não comunicáveis, no Brasil também conhecidas como Doenças Crônicas Não Transmissíveis, são enfermidades de longa duração e que geralmente progridem de modo lento. Os quatro principais tipos são cardiovascular, respiratória, câncer e diabetes – este último é o foco dos projetos patrocinados pela Eli Lilly no Brasil. Mas se engana quem pensa que este é um problema apenas de saúde pública: um estudo do Fórum Econômico Mundial e da Escola de Saúde Pública de Harvard, publicado recentemente, estima que essas quatro principais doenças, juntas, podem resultar em uma perda cumulativa de US$ 47 trilhões nas próximas duas décadas em todo o mundo. Regiane conta que programas de conscientização e acompanhamento de pacientes reduz em até 85% a necessidade de internações. “Isto já representa uma significativa economia, independente de quem paga essa conta”, defende.

Os efeitos também seriam – ou serão – sentidos no Brasil. Segundo o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Bruce Duncan (foto 2), que integra um dos projetos patrocinados pela Eli Lilly no Brasil, o PIB do país pode ser freado pela ocorrência de doenças crônicas. “O impacto pode ser maior do que o efeito do crash de 2008 no mundo. Precisamos achar uma maneira de lidar com isso”, alerta. Duncan acredita na parceria entre academia, organizações não governamentais.

Em todo o mundo, até 2016, o programa investirá um total de US$ 30 milhões. Regiane destaca que esse aporte já está garantido, não havendo mais necessidade de aprovação de qualquer etapa dos projetos.

Como funcionará o programa

O Instituto da Criança com Diabetes (ICD), entidade privada sem fins lucrativos, receberá US$ 138 mil para desenvolver um modelo educacional da doença, a fim de capacitar equipes multidisciplinares de saúde para instruírem crianças e adolescentes portadores de diabetes tipo 1, suas famílias e comunidades mais remotas, sem acesso à informação. “Nosso projeto foi aprovado no valor que sugerimos, não houve redução. O investimento será destinado à produção dos vídeos institucionais, por uma produtora local, e depois na implantação em algumas cidades”, explica Balduino Tschiedel, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e diretor-presidente do IDC.

O outro programa patrocinado pela empresa será o Protocolo Linda Brasil, promovido pela Fundação Médica do Rio Grande do Sul por meio de uma parceria entre a UFRGS e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Destino de US$ 3 milhões, o projeto tem como objetivo mostrar à população as formas de prevenir o desenvolvimento de diabetes em mães que desenvolveram a doença durante a gestação a partir de mudanças simples no cotidiano.  Os recursos serão direcionados para a contratação de pesquisadores, implementação de tecnologias para acompanhamento dos pacientes e com fins educativos.

A intenção é que ambos os programas sejam estendidos a outras cidades brasileiras. O Protocolo Linda Brasil já nasce com essa perspectiva, pois pilotos serão duncan-ufrgs-350desenvolvidos simultaneamente nas cidades de Pelotas (RS) e Fortaleza (CE), que já tinham aproximação com as instituições de pesquisa responsáveis.

Anualmente, as entidades e instituições patrocinadas pela Parceria Lilly de Doenças Não Comunicáveis se reúnem para trocar experiências e apresentar os cases. No ano passado o encontro foi realizado na Índia, este ano na África do Sul, em 2014 será a vez do México e em 2015, finalmente, o Brasil – a explicação, segundo Tschiedel, é que a data representa uma brecha entre a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, já que o evento é organizado na mesma época do ano. 

Fonte: Revista Amanhã

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