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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

“Exportação” da poluição de países ricos movimenta conferência do clima

Resultados recentes sobre a distribuição mundial das emissões de carbono esquentaram as discussões sobre a chamada terceirização da poluição, que acontece quando países ricos deslocam suas fábricas e indústrias muito poluidoras para outras nações.

Um relatório divulgado no último domingo culpou os países em desenvolvimento, especialmente China e Índia, mas em menor medida o Brasil, pelo aumento de 3,5% das emissões globais de carbono em 2011.

Enquanto isso, poluidores “tradicionais”, como Estados Unidos e a União Europeia, estariam diminuindo sua participação na conta, com menos 1,8% e 2,8% de emissões de carbono, respectivamente, nesse período.

Para muita gente reunida na COP-18, convenção do clima da ONU que vai até o fim da semana em Doha, no Qatar, isso mostra a tendência crescente da exportação da poluição do carbono.

“É só olhar quem lucra com a fabricação desses produtos, mesmo acontecendo além das fronteiras nacionais”, explicou à Folha um negociador brasileiro.

O Brasil ainda é reticente em apontar publicamente para esse tipo de fenômeno, mas outras nações, sobretudo a China, são bastante explícitas. Dizem que tais dados podem dar a entender que os países ricos tiveram medidas mais robustas do que a realidade.

Em geral, a tecnologia transferida já chega ultrapassada, o que contribui para incrementar ainda mais a quantidade de gases-estufa lançados na atmosfera.

Embora as discussões sobre terceirização das emissões não sejam novidade, elas se intensificaram com os últimos resultados, que têm a China com um incremento de 9,9%, e a Índia, de 7,5%. No Brasil, o crescimento foi de 1,4%.

Organizações não-governamentais reunidas em Doha alertam, porém, que os países que recebem essas fábricas não são totalmente “inocentes” e que há vantagens econôomicas, como a geração de emprego.

No Brasil, por exemplo, é comum que Estados disputem a instalação de fábricas multinacionais com guerra fiscal e concessão de benefícios. Por isso, os representantes pedem mais atenção a essa situação nas negociações de redução das emissões.

Fonte: Giuliana Miranda/ Folha.com

Pontas de cigarro usadas em ninhos protegem aves de ácaros, diz estudo

As pontas de cigarro usadas pelas aves na Cidade do México para tecer seus ninhos servem para protegê-los de parasitas, diz uma pesquisa chefiada pelo mexicano Constantino Macías García, publicada esta quarta-feira (5) pela revista científica “Biology Letters”.

O estudo foi realizado na cidade universitária da Universidade Autônoma do México (Unam) pela equipe de Macías García, que explicou à AFP que o ponto de partida do estudo foram “informes que indicavam que as aves utilizavam pontas de cigarro coletadas nas ruas para tecer seus ninhos”.

“A pesquisa concluiu que as pontas dos cigarros reduzem o número de parasitas ácaros, como piolhos, que chupam o sangue ou comem as penas dos pássaros”, disse em entrevista por telefone com a AFP o cientista mexicano, que está atualmente na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, em um ano sabático.

“Examinamos os materiais que as aves estão utilizando para tecer seus ninhos na Cidade do México”, explicou. “Mas suspeito que este fenômeno vai mais além do México”, assegurou Macías, indicando que o resultado do estudo tinha sido “inesperado”.

O pesquisador do Departamento de Ecologia da Unam admitiu que não se determinaram com certeza as “razões exatas pelas quais as aves usam as pontas de cigarros” para fabricar seus ninhos.

“Talvez lembrem as penas que usam para tecer seus ninhos ou também os pelos de animais que às vezes juntam”, disse.

“Mas embora não saibamos porque o fazem, o que determinamos é que estas pontas contêm substâncias que são produto do cigarro depois de fumado e que estas substâncias parecem repelir os ácaros”, enfatizou.

“Também pode ser que isto é uma consequência fortuita e que as aves usem as pontas por razões térmicas”, para manter os ninhos aquecidos, acrescentou.

“Ainda não sabemos exatamente porquê de as aves usarem as pontas. Mas com experimentos, esperamos poder saber qual é a razão para que as aves recolham estas pontas das ruas para fazer seus ninhos, disse.

No entanto, “vimos consequências positivas no uso das pontas de cigarro: a redução dos parasitas nos ninhos. Isto é uma boa notícia”, concluiu.

Fonte: G1

Programa Cidades Sustentáveis será adotado por 191 prefeitos eleitos em outubro

Dos candidatos vitoriosos às prefeituras do país nas últimas eleições, 191 devem adicionar às suas plataformas de governo as metas estabelecidas no Programa Cidades Sustentáveis, proposto pela Rede Nossa São Paulo, de acordo com balanço divulgado na quarta-feira (5) pela organização não governamental na capital paulista.

O programa foi lançado em agosto e apresentado para adesão a todos os candidatos às prefeituras do país, oferecendo metas nas áreas econômica, social, ambiental, cultural e de governança. O objetivo é colocar a sustentabilidade na agenda dos partidos políticos e candidatos para que os eleitos incorporem as metas propostas aos seus programas de governo. No total, 555 candidatos aderiram à iniciativa.

Quando analisadas as regiões, o Sudeste teve 79 dos signatários eleitos, seguida pelo Sul com 48, Nordeste com 28, Centro-Oeste com 25 e o Norte com 11. Das 191 cidades com prefeitos comprometidos com as metas, 137 têm menos de 200 mil habitantes. De todas as capitais brasileiras, os candidatos a prefeituras de 20 capitais assinaram o compromisso.

Mesmo depois das eleições, a Rede Nossa São Paulo continua incentivando os prefeitos eleitos que não assinaram o compromisso a aderirem. A lista dos prefeitos eleitos que são signatários da carta compromisso do Programa Cidades Sustentáveis pode ser consultada na internet.

O programa é composto por 100 indicadores, em 12 eixos, utilizados para o diagnóstico da sustentabilidade em áreas urbanas, mostrando metas e sugestões baseadas em exemplos internacionais que deram certo e que podem ser implementados no país. Ao assinar o compromisso, os candidatos aceitam também prestar contas do andamento do processo.

De acordo com o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, o programa dá aos prefeitos todas as ferramentas para implementação do projeto. “O candidato que assina tem que fazer um diagnóstico da cidade em 90 dias e estabelecer metas do que ele pretende até o final da gestão, reportando periodicamente sobre o andamento”.

Grajew explicou que a Rede Nossa São Paulo está elaborando um curso, que deve começar a ser ministrado em fevereiro, para capacitar prefeitos e gestores da administração pública municipal a traduzir o compromisso em ações.

Ele disse ainda que a expectativa é que o prefeito eleito Fernando Haddad dê andamento a projetos iniciados na gestão anterior, além de começar a implantar novas políticas públicas que atinjam as metas propostas pela entidade. “Ele está bem consciente dos compromissos que assinou. E também de como elaborar um plano de metas factível, porque usou um plano de metas negativo como exemplo e aprendizado”, explicou Grajew.

“O novo prefeito vai precisar de competência, vontade política e engajamento da sociedade. São Paulo é uma cidade rica e tem essa relação favorável com o governo federal. Está com a faca e o queijo na mão”, completou.

Fonte: Flávia Albuquerque/ Agência Brasil

Contaminação por mercúrio dobra nos mares em cem anos, diz estudo

Uma série de nove estudos elaborados por uma equipe de 70 cientistas especializados em vida marinha indica que peixes, crustáceos e demais animais de oceanos do planeta estão cada vez mais sendo contaminados por mercúrio lançado no ar pelo homem, que acaba depositado nas águas marítimas.

Em cem anos, ao longo do século 20, a poluição na superfície dos mares pelo metal mais do que dobrou, apontam as pesquisas, publicadas em uma edição especial do periódico “Environmental Health Perspectives”, nesta segunda-feira (3).

A poluição por mercúrio é resultado de ações como mineração, queima de carvão e outros processos industriais, afirmam os cientistas. Os estudos foram realizados por pesquisadores de várias instituições, reunidos no Centro de Pesquisa Colaborativa sobre Ecossistemas, Vida Marinha e Mercúrio, sob a liderança da Universidade Dartmouth, nos EUA.

As pesquisas sugerem que o mercúrio lançado no ar acaba se depositando na água dos oceanos e em regiões costeiras, contaminando animais marinhos. Cerca de 90% do metal encontrado em mar aberto e 56% do identificado em grandes áreas de golfos têm origem no mercúrio emitido na atmosfera, que tem a ação humana como uma das origens.

“Os oceanos abrigam grandes atuns e peixes-espada, que juntos respondem por mais de 50% do mercúrio com origem marinha consumidos pela população dos EUA”, afirma a pesquisadora Elsie Sunderland, da Universidade Harvard, uma das coordenadoras dos estudos.

No Atlântico Norte, a estimativa é que “uma redução de 20% do mercúrio depositado nos oceanos após ser lançado no ar traria um declínio de 16% nos níveis do metal encontrados nos peixes da região”, diz o professor Robert Mason, da Universidade de Connecticut, que também integra as pesquisas.

Um terço de todas as emissões de mercúrio na atmosfera estão ligadas à indústria ou outros fatores humanos que poderiam ser controlados, afirmam os cientistas.

Primeira vez – “Apesar de sabermos que a maioria da contaminação das pessoas por mercúrio se dá pelo consumo de peixes marinhos, esta é a primeira vez que cientistas trabalharam juntos para sintetizar o que se sabe sobre o ‘caminho’ do metal”, ressalta a cientista Celia Chen, da Universidade Dartmouth, referindo-se ao “mapeamento” feito nos estudos.

A ideia de “mapear” o caminho do mercúrio é buscar suas “fontes para diferentes áreas do oceano, e depois rumo à cadeia alimentar, para chegar na maioria dos frutos do mar que consumimos”, afirma Chen.

A contaminação por grandes doses de mercúrio pode causar problemas neurológicos, dores de cabeça, déficit de atenção e outros efeitos, além de ser prejudicial para grávidas e poder afetar bebês em formação no útero.

A exposição ao metal é feita em grande parte pelo consumo de alimentos vindos do mar, afirma a pesquisa. Estudos recentes apontam problemas de saúde em concentrações cada vez menores do metal pesado.

Fonte: Globo Natureza
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cerca de 85% dos brasileiros separariam o lixo caso serviço de coleta seletiva estivesse disponível, aponta Ibope

A maioria (85%) dos brasileiros que ainda não conta com coleta seletiva estaria disposta a separar o lixo em suas casas, caso o serviço fosse oferecido nos municípios, aponta pesquisa divulgada na quarta-feira (28) pelo Programa Água Brasil. Apenas 13% dos entrevistados declararam que não fariam a separação dos resíduos e 2% não sabem ou não responderam. O estudo, encomendado ao Ibope, entrevistou 2.002 pessoas em todas capitais e mais 73 municípios, em novembro do ano passado.

Apesar da disposição em contribuir para a destinação adequada dos resíduos sólidos, o percentual dos que não têm meios para o descarte sustentável chega a 64% dos entrevistados. A quantidade de pessoas que contam com coleta seletiva ou que têm algum local para deixar o material separado representa 35% da amostra.

Em relação aos produtos que costumam ser separados nessas casas, as latas de alumínios ficam em primeiro lugar, com 75%, seguidas pelos plásticos (68%), papéis e papelões (62%) e vidros (55%). Os eletrônicos, por outro lado, são separados por apenas 10% dos entrevistados. Cerca de 9% dos entrevistados não separam nenhum material mesmo que o serviço de coleta seletiva esteja implantado na sua região.

Dos que contam com o serviço de coleta seletiva, metade (50%) dos casos tem a prefeitura como responsável pelo trabalho. Catadores de rua (26%), cooperativas (12%) e local de entrega (9%) aparecem em seguida dentre os meios de coleta disponíveis.

O estudo aponta também que a proposta de uma tarifa relaciona ao lixo divide opiniões. A ideia de que quem produz mais resíduos deve pagar uma quantia maior é aprovada completamente por 13% dos entrevistados, 23% concordam parcialmente. Os que discordam completamente a respeito do pagamento da taxa somam 36%. Há ainda os que não concordam, nem discordam (16%) e os que discordam em parte, com 10%.

Na hora de consumir, práticas sustentáveis ainda são deixadas de lado. Preço, condições de pagamento, durabilidade do produto e marca lideram as preocupações do consumidor brasileiro. O valor do produto, por exemplo, é considerado um aspecto fundamental por 70% dos entrevistados. Características do produto ligadas à sustentabilidade, no entanto, como os meios utilizados na produção, o tempo que o produto leva para desaparecer na natureza e o fato de a embalagem ser reciclável, ficam em segundo plano.

Os entrevistados responderam ainda quais produtos devem ser menos usados em suas casas nos próximos três anos. O campeão foi a sacola plástica. O produto é comprado com frequência em 80% das residências, mas 34% dos entrevistados esperam reduzir o consumo. Em seguida aparecem os copos descartáveis (31%), bandejas de isopor (22%) e garrafas PET (21%). No fim da lista, entre os que devem permanecer com alto percentual de consumo, estão os produtos de limpeza perfumados. Apenas 9% estimam que irão reduzir o uso desses materiais.

O Programa Água Brasil é uma iniciativa do Banco do Brasil, da Fundação Banco do Brasil, da Agência Nacional de Águas (ANA) e da organização não governamental WWF-Brasil, com intuito de fomentar práticas sustentáveis no campo e na cidade.

Fonte: Camila Maciel/ Agência Brasil

Nível do mar sobe 60% mais rápido do que estimou o IPCC, diz estudo

A elevação do nível do mar provocada pelo aumento da temperatura do planeta estaria mais acelerada que o estimado em 2007 pelo grupo de climatologistas da ONU, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram cientistas em um estudo publicado nesta quarta-feira (28) no periódico científico “Environmental Research Letters”.

Segundo a investigação feita por cientistas da Alemanha, França e Estados Unidos, atualmente o nível dos oceanos subiu 3,2 mm ao ano, 60% mais rápido que a projeção “mais confiável” do IPCC, em 2007. O relatório dos cientistas, baseado em dados de 2003, previa uma elevação de 2 mm ao ano.

A nova cifra condiz com a ideia amplamente difundida de que o mundo se encaminha para uma elevação das águas do mar em até um metro até o fim do século, disse Grant Foster, da empresa americana Tempo Analytics, um dos autores do estudo. “Eu diria que um metro de elevação do nível do mar até o fim do século é provavelmente próximo do que se encontraria se você consultasse as pessoas mais informadas a respeito”, explica Foster.

“Em terras baixas, onde você tem um grande número de pessoas vivendo no limite de um metro do nível do mar, como Bangladesh, isto significa o desaparecimento da terra que sustenta suas vidas, e você terá centenas de milhões de refugiados climáticos. Isto pode levar a guerras por recursos e todo tipo de conflitos”, acrescentou.

Ainda segundo o pesquisador, em grandes cidades costeiras, como Nova York, o principal efeito seria parecido com o que aconteceu após a passagem do furacão Sandy, que atingiu a região no fim de outubro.

Apesar da pesquisa, incerteza técnica persiste – O estudo, chefiado por Stefan Rahmstorf, do Instituto Postdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), na Alemanha, mensurou a precisão dos modelos de simulação que o IPCC utilizou em seu Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007.

Este relatório alertou os governos a colocarem a mudança climática no topo de suas agendas, culminando com a fracassada Cúpula de Copenhague, em 2009. No entanto, ajudou o IPCC a conquistar o prêmio Nobel da Paz em 2008.

A nova pesquisa estabeleceu marcos mais elevados para a previsão do documento sobre temperatura global, destacando que havia “um consenso muito bom” do que está se observando hoje, uma tendência de aquecimento generalizada de 0,16 ºC por década. Mas destacou que a projeção do IPCC para os níveis dos mares estava muito abaixo do que os fatos têm demonstrado.

A previsão do painel para o futuro – uma elevação de até 59 cm até 2100 – “pode também estar tendenciosamente baixa”, alertou, uma cautela compartilhada por outros estudos publicados nos últimos anos. Foster afirma que a elevação maior do que a projetada poderia ser atribuída ao derretimento de gelo terrestre, algo que era bem desconhecido quando o IPCC publicou seu relatório e permanece obscuro até hoje.

Outro fator seria a incerteza técnica. A projeção do IPCC tinha se baseado em informações existentes entre 1999 e 2003. Desde então não há mais dados, o que tem ajudado a provar a precisão de radares de satélites que medem os níveis dos mares ao fazer saltar as ondas de radar sobre a superfície do mar. O quinto relatório de avaliação do IPCC será publicado em três volumes, em setembro de 2013, março e abril de 2014.

Fonte: Globo Natureza

Derretimento do gelo do Ártico pode liberar toneladas de CO2 na atmosfera, alerta ONU

O derretimento dos subsolos árticos congelados, o chamado permafrost, ameaça elevar consideravelmente o aquecimento global e deve ser levado em conta nos modelos climáticos, recomendou nesta terça-feira (27) o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) durante a COP 18, a cúpula do Clima em Doha, no Catar.

Devido ao rápido aumento das temperaturas nas regiões árticas, o permafrost já está derretendo, enfatizou Kevin Schaefer, pesquisador da Universidade do Colorado e principal autor de um relatório sobre o tema para o Pnuma.

“O permafrost é uma das chaves do futuro de nosso planeta. Seu impacto potencial no clima, nos ecossistemas e nas infraestruturas foi descuidado durante muito tempo”, declarou Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma, em comunicado.

Essa área representa, mais ou menos, um quarto da superfície da Terra no hemisfério Norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, mais ou menos o dobro de CO2 presente na atmosfera, recordou Schaefer.

Se esta matéria orgânica congelada se derreter, libertará lentamente todo o carbono que acumulou e “neutralizou” com a passagem do séculos. “Uma vez que começa a derreter, o processo é irreversível. Não há nenhuma forma para voltar a capturar o carbono liberado. E este processo continua durante séculos, já que a matéria orgânica é muito fria e se decompõe lentamente”, advertiu o cientista.

Toneladas de CO2 – O problema é que este excesso de CO2 liberado na atmosfera jamais foi incluído nas projeções sobre o aquecimento climático que são objeto de negociações mundiais. E é ainda mais preocupante se for considerado que a temperatura das zonas árticas e alpinas deveriam aumentar duas vezes mais rápido que no conjunto do globo, insiste o relatório do Pnuma.

Uma alta de 3 graus Celsius em média se traduziria em um aumento de 6 graus Celsius no Ártico, o que provocaria o desaparecimento de 30% a 85% do permafrost próximo da superfície.

O derretimento do permafrost produziria o equivalente entre 43 bilhões de toneladas e 135 bilhões de toneladas de CO2 adicional para 2020, o que representa 39% das emissões totais até a data de hoje.

Em consequência, o Pnuma recomenda ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que leve em conta especificamente o impacto crescente do permafrost no aquecimento global.

Mais de 190 países se reuniram na segunda-feira, em Doha, na grande conferência anual sobre a mudança climática que deverá decidir o futuro do Protocolo de Kyoto e esboçar as bases de um grande acordo previsto para 2015, no qual devem participar todos os grandes países poluidores do planeta. A conferência prossegue até 7 de dezembro.

Em 4 de dezembro, os negociadores contarão com a participação de mais de 100 ministros de Meio Ambiente para concluir o tratado climático, em uma nova etapa do trabalhoso processo de negociações lançado em 1995.

Fonte: UOL

União Europeia rejeita relatório que aponta toxicidade de transgênicos

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (Efsa), agência da União Europeia, rejeitou definitivamente, nesta quarta-feira, as conclusões de um relatório polêmico do professor francês Gilles-Eric Séralini, segundo o qual o milho transgênico NK 603 e o herbicida Roundup, do grupo Monsanto, são tóxicos.

“As conclusões do estudo (…) não se apoiam com dados”, declarou a Efsa em sua avaliação final do artigo publicado em 19 de setembro passado na revista “Food and Chemical Toxicology”, e que relançou a polêmica sobre a suposta toxicidade dos transgênicos.

“As importantes omissões na concepção e metodologia” do estudo “implicam que as normas científicas aceitáveis não foram respeitadas e, consequentemente, não está justificado voltar a examinar as avaliações prévias sobre a segurança do milho geneticamente modificado NK603″, destacou a Efsa em um comunicado.

A agência europeia explicou que suas conclusões são o resultado de avaliações distintas e independentes realizadas por seus especialistas e por seis membros da UE, entre eles Alemanha, França e Itália.

A recusa da Efsa não é uma surpresa e em sua primeira avaliação os especialistas da agência consideraram que o estudo tinha omissões que impediam considerar boas suas conclusões.

O organismo de pesquisa sobre os tansgênicos do professor Séralini (Criigen) criticou a Efsa, por sua vez, denunciando sua “má fé”.

A agência europeia enumera as omissões que os especialistas dos seis estados membros identificaram na metodologia do estudo, entre elas objetivos de estudo pouco claros, o número pouco elevado de ratos utilizados em cada grupo de tratamento, falta de detalhes sobre a alimentação e o tratamento dos animais ou ausência de dados estatísticos chave.

A publicação, em setembro, do informe, ilustrado com fotos de ratos com tumores grandes como bolas de pingue-pongue e que assegura que os ratos alimentados com milho transgênico sofrem de câncer e morrem antes, causou alarme social e relançou a polêmica sobre os transgêncicos.

O estudo foi realizado por uma equipe da Universidade de Caen (noroeste da França), que alimentou durante dois anos duzentos ratos de três formas distintas: exclusivamente com milho transgênico NK603, com milho transgênico NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais usado do mundo) e com milho não modificado geneticamente tratado com Roundup.

No entanto, a Efsa já emitiu dúvidas sobre o estudo em sua primeira avaliação no começo de outubro e pediu informação suplementar ao seu autor.

Poucas semanas depois, duas comissões científicas francesas, o Alto Conselho de Biotecnologia e a Agência de Segurança, também rejeitaram o estudo criticando seus métodos “inadequados”.

Na Europa é permitido o cultivo de dois transgênicos, a batata Amflora do grupo alemão Basf, que por enquanto é um fracasso comercial, e o milho MON810 da Monsanto, que pediu para renovar sua autorização.

A recusa do estudo de Séralini pode agora abrir o caminho para que a Comissão Europeia autorize o cultivo na UE de sete transgênicos (seis variedades de milho, inclusive o MON810, e o um tipo de soja) e a comercialização de outros cinquenta produtos destinados à alimentação animal e humana.

Fonte: Portal iG

Casa da Moeda é multada por despejo de resíduos sem tratamento

A Casa da Moeda do Brasil (CMB) foi multada em R$ 860 mil por danos ao meio ambiente. De acordo com o Instituto Estadual do Meio Ambiente, a CMB fez despejos de resíduos sem tratamento no Canal de São Francisco, descumprindo termo de licenciamento ambiental. O canal passa pelo Parque Industrial de Santa Cruz, bairro da zona oeste da capital fluminense.

A Casa da Moeda informou, por meio de nota, que está providenciando um novo sistema de tratamento que atenda ao crescimento da produção da fábrica. “O processo já foi licitado, com contrato assinado, e a previsão para a conclusão das obras e a operação do sistema é no primeiro semestre de 2013”. A CMB disse ainda que contratou, em caráter emergencial, uma empresa para tratar os efluentes e adequá-los à legislação vigente até o funcionamento do novo sistema.

Para a presidenta do Inea, Marilene Ramos, as medidas adotadas pela Casa da Moeda funcionam como atenuante, mas não evitam a aplicação da multa. “Essas medidas não descaracterizam o dano ambiental que eles provocaram. O que poderá ser feito, é que eles podem propor um termo de ajustamento de conduta, onde parte desse valor seja convertido em serviços ambientais,” disse.

O Inea informou que a CMB ainda pode entrar com um pedido de impugnação para reconsiderar o valor da multa. Mas se for indeferido, terá que quitá-la no prazo de 15 dias.

Fonte: Agência Brasil

Reciclagem de Entulho na Construção Civil, por Adailson Parente, Eduardo Ferreira, Ronaldo Silvio Torres e Wilson Marin Garcia

Resumo

O presente trabalho tem por finalidade identificar soluções para melhorar a sistemática de gestão de resíduos sólidos existentes nos canteiros de obras. Com a implantação de uma Gestão Ambiental no canteiro de obras, constata-se a incorporação de benefícios como a melhora nas condições de limpeza do canteiro,diminuição dos acidentes de trabalho,redução do consumo de recursos naturais, redução da geração de resíduos no canteiro de obras,atendimento aos requisitos legais e dos programas de certificação.

O trabalho acompanha a implantação e manutenção do programa de coleta seletiva, o funcionamento do processo de reciclagem de material de demolição e sua transformação em blocos de alvenaria, e a reutilização de material no canteiro de obras. Para alcançar os objetivos do trabalho contribuindo com o desenvolvimento da área de Gestão Ambiental, onde foi empregado técnicas de funcionamento para gestão de resíduos sólidos, coleta seletiva e reciclagem.

Palavras – chave: Construção, descarte, resíduo, programa de gerenciamento de resíduos.

Abstract

The present work has for purpose to identify solutions to improve the systematic of administration of existent solid residues in the construction sites. With the implantation of an Environmental Administration in the construction site, the incorporation of benefits is verified as service to the legal requirements and of the certification programs, gets better in the conditions of cleaning of the stonemason, decrease of the work accidents,reduction of the consumption of natural resources,reduction of the generation of residues in the construction site. The work accompanies the implantation and maintenance of the program of selective collection, the operation of the process of recycling of demolition material and his/her transformation in masonry blocks, and the material reutilização in the construction site. To reach the objectives of the work contributing with the development of the area of Environmental Administration, they will be used technical of operation for administration of solid residues, it collects selective and recycling.

Keywords: construction ,disposal, waste, waste management program.

    Introdução

A Construção Civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social, e, por outro lado, comporta-se, ainda, como grande geradora de impactos ambientais, quer seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos.

O setor tem um grande desafio: como conciliar uma atividade produtiva desta magnitude com as condições que conduzam a um desenvolvimento sustentável consciente, menos agressivo ao meio ambiente.

A reciclagem de resíduos pela indústria da construção civil vem se consolidando como uma prática importante para a sustentabilidade, atenuando o impacto ambiental gerado pelo setor ou reduzindo os custos.

Antes que conquistasse o prestígio e alcançasse o desenvolvimento que tem hoje, foi preciso que a construção civil percorresse um longo trajeto de seis mil anos, desde que o homem deixou as cavernas e começou a pensar numa moradia mais segura e confortável para a sua família. Já os templos, os palácios e os canais, que foram marcas registradas na Antigüidade, começaram a fazer parte da paisagem cerca de dois mil anos depois do aparecimento das primeiras habitações familiares.

Os portugueses eram hábeis com a madeira, e trabalhavam muito bem com a pedra. Na segunda década do século XVI, antes da construção de pedra, a de madeira era levantada com fechamento de frestas com barro e sambaquis (conchas diversas, arenitos, e detritos dos índios acumulados durante séculos formando pequenos montes). Os sambaquis também foram amplamente usados em calçamento e vias para as carroças transportarem mantimentos e os frutos do extrativismo de paredes de pedras eram feitos da mesma forma. Os arcos sobre as janelas só viriam com o estabelecimento das olarias (locais com formas e fornos para assar tijolos de argilas). Isso, ainda no século XVI, pois logo cedo o Brasil começou a ser fornecedor de matéria prima para a Europa, principalmente de Pau Brasil e os trabalhadores portugueses precisavam de infraestrutura para trabalhar no extrativismo aqui. Toda esta movimentação ocorreu no litoral, próximo a locais que não ofereciam risco de encalhamento para os navios. Os sambaquis não são mais utilizados nas junções, ficando sinais de suas utilizações em algumas igrejas construídas no século XVIII.

Todas as estruturas mais complexas eram baseadas no arco romano, junção de pedras com determinado ângulo até formar arcos. Toras como vigas e pilares também eram muito usados, mas em situações de construções mais simples. Telhados eram de palhas, amarradas sobre tesouras de madeira. Fortes, feitorias e igrejas seguiam as estruturas de pedras descritas acima. Projetistas, marceneiros, pedreiros, ferreiros e outros especialistas faziam parte das missões.

As primeiras obras civis no Brasil começaram na transição do século XIX para o XX. Dos 510 anos do Brasil, quase 400 anos de construções foram autóctones (a própria pessoa constrói sua casa) e os últimos 100 anos foram de transformações. As técnicas utilizadas foram: taipa (barro) de mão e taipa-de-pilão (socada), sendo a mão de obra escrava e do próprio morador.

As cidades passaram a crescer vertiginosamente, numa velocidade nunca antes registrada. Vieram os altos edifícios, as pontes quilométricas, o sistema de saneamento básico, as estradas pavimentadas e o metrô (A HISTÓRIA, 2008).

Na década 90, as construtoras começaram a dar mais importância na qualificação profissional, pois a exigência de produtos finais com mais qualidade começou a difundir-se.

Em 2000 continua ser intensa a preocupação com o produto final porque, “além da sua importância relacionada aos aspectos econômicos e sociais, a construção civil tem uma interferência muito forte na natureza” (VIEIRA, 2006). E essa preocupação torna-se de extrema importância.

Segundo Vieira (2006) diz na sua introdução que “a construção civil é o setor que representa uma importância fundamental na economia brasileira. Possui uma importante participação na composição do PIB, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE representando nos últimos anos uma média percentual em torno de 6% do PIB total do País.”

“Segundo o IPEA, com relação aos postos de trabalho sua participação é, em média, de 40% do total da mão de obra da indústria de transformação em geral. Comparando-se com outros setores da indústria de transformação, é o maior de todos eles” (VIEIRA, 2006).

A indústria da construção civil está dividida em três subsetores: edificações, responsável pela construção de edifícios residenciais, comerciais e industriais, públicos ou privados, realizados por empresas de grande, médio e pequeno porte; construção pesada, que objetiva a construção de infra-estrutura de transportes, energia, telecomunicações e saneamento; e montagem industrial, responsável pela montagem de estruturas metálicas nos vários setores industriais, sistemas de geração de energia, de comunicações e de exploração de recursos naturais (VIEIRA, 2006).

Portanto, sendo este o subsetor que mais emprega na construção civil, é justamente nele que o presente trabalho irá dirigir seu maior enfoque, destacando a qualificação profissional.

    Origem e produção do entulho

O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, contempla que os resíduos da construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.

De acordo com LEVY & HELENE (1997) entulho são sobras ou rejeitos constituídos por todo material mineral oriundo do desperdício inerente ao processo construtivo adotado na obra nova ou de reformas ou demolições. Sendo que a sua ocorrência tem como definição um resíduo sólido, com constituição variável.

Ainda segundo LEVY & HELENE (1997) o mesmo pode se basicamente de três formas: novas construções, reformas e demolições.

Definindo também os resíduos gerados em novas construções como materiais cerâmicos (blocos de alvenaria, tijolos, azulejos), madeira, gesso, aço e argamassas. Surgindo então mais quatro fases de execuções básicas, que se diferem no tempo de realização da atividade e na quantidade produzida. Sendo elas: concretagem, alvenaria, revestimento e acabamento do edifício.

A quantidade de entulho gerado nas construções que são realizadas nas cidades brasileiras demonstra um desperdício irracional de material: desde a sua extração, passando pelo seu transporte e chegando à sua utilização na construção.

Os custos desta irracionalidade são distribuídos por toda a sociedade, não só pelo aumento do custo final das construções como também pelos custos de remoção e tratamento do entulho. Na maioria das vezes, o entulho é retirado da obra e disposto clandestinamente em locais como terrenos baldios, margens de rios e de ruas das periferias.

O custo social total é praticamente impossível de ser determinado, pois suas conseqüências geram a degradação da qualidade de vida urbana em aspectos como transportes, enchentes, poluição visual, proliferação de vetores de doenças.

    Desperdícios na construção convencional

A composição do entulho, encontrada na construção convencional, tem fator intimamente relacionado com a ocorrência de desperdícios. A tabela abaixo expõe a ocorrência de desperdícios em alguns países.

De acordo com ZORDAN(1997) este desperdício seria às perdas que permanecem na obra, e que o entulho produzido corresponde aproximadamente em apenas 50% da massa do material desperdiçado.

Podemos dizer que o surgimento do entulho ocorre nas fases de execução e utilização de um empreendimento somada com a perda por material incorporado, presente em todas as fases conforme tabela.

Os materiais presentes no entulho estão relacionados com o desperdício, e que são passíveis de reaproveitamento em técnicas de reciclagem. O desperdício físico pode não ter o mesmo significado quando analisado em termos financeiros.

Sendo assim a teoria dos três R se torna realidade (reduzir, reutilizar e reaproveitar) esta meta se torna uma necessidade no mercado da construção civil atualmente, onde nota-se um aumento de competição entre empresas e maiores exigências dos consumidores de obras de edifícios (qualidade e lucro sem desperdício).

No seguimento da busca da qualidade em uma obra desde o seu projeto inicial a organização e produção dos canteiros devem acontecer com base nos altos índices de desperdícios expostos na tabela acima e também devido a escassez de áreas urbanas para a deposição desses resíduos, o que eleva seu custo de deposição.

De acordo com informação do Sinduscon – Sindicato da Construção Civil de São Paulo, a construção civil é o setor que mais consome matérias primas naturais, e grandes consumidores de energia.

O que leva a discussão quanto à utilização de recursos naturais não renováveis, que quando escassos acarretarão a elevação do custo de uma obra. É de extrema urgência que a construção civil, se enquadre em um processo de redução de custos, minimizando o desperdício, e se possível reciclando o desperdício.

A necessidade de reduzir seus volumes de entulho, devido ao aumento de preços do transportes para aterros ou centrais de moagem de entulho cada vez mais distantes é também um dos grandes problemas enfrentados na construção civil, não apenas pelo custo, mas também pelo impacto ambiental causado.

Sendo assim, reciclando os seus volumes para evitar um custo excessivo de transporte, e um grande impacto ambiental acaba se enquadrando em normas da ISO adotadas em empresas de grande porte.

Empresas de grande porte buscam atualmente se adequar a um modelo de desenvolvimento sustentável, onde a empresa terá que satisfazer as necessidades do mercado sem comprometer a necessidades futuras.

Iniciativas como:

    Presença de “container” para coleta de desperdícios em todo o canteiro;

    Distribuição de pequenas caixas de desperdícios nos andares;

    Tubo coletor de polietileno para descida do entulho;

    Quadro para anotação da quantidade e tipo de entulho gerado na obra;

    Colocação de equipamentos de limpeza de forma visível;

    Limpeza permanente pelo próprio operário;

    Premiação de equipes pela qualidade da limpeza;

Podem proporcionar a melhor qualidade do projeto com relação ao Desenvolvimento Sustentável aplicado no mesmo. Desta forma, o controle de perdas leva a uma harmonização do arranjo do entulho no canteiro.

A rede de universidades estruturada com apoio do Programa Habitare para buscar minimizar o problema de perdas de materiais e conta com pesquisa anterior, também parcialmente financiada pela Finep, e que fornece bases importantes para o novo projeto de aprimoramento da gestão de perdas de materiais nos canteiros de obras.

A pesquisa mostrou que, em relação ao teoricamente previsto no projeto, a construção civil gasta, em média, 27% a mais, em peso, de materiais como areia, cimento, pedra e cal. Considerando-se que cada metro quadrado de construção demanda uma tonelada de materiais, tem-se uma perda de 270 quilos.

O estudo mostrou também que há grandes disparidades, com construtoras em nível de excelência e outras em que o desperdício pode ser uma ameaça à sobrevivência da empresa. Por isso, agora os dados são fundamentais para o aprimoramento de metodologias de gestão.

    Resultados da implantação da reciclagem.

4.1. Ambientais.

Os principais resultados produzidos pela reciclagem do entulho são benefícios ambientais. A equação da qualidade de vida e da utilização não predatória dos recursos naturais é mais importante que a equação econômica.

Os benefícios são conseguidos não só por se diminuir a deposição em locais inadequados (e suas onsequências indesejáveis já  apresentadas) como também por minimizar a necessidade de extração de matéria-prima em jazidas, o que nem sempre é adequadamente fiscalizado. Reduz-se, ainda, a necessidade de destinação de  áreas públicas para a deposição dos resíduos.

4.2. Econômicos.

As experiências indicam que é vantajoso substituir a deposição irregular do entulho pela sua reciclagem. De acordo com a Limpurb do município de São Paulos o custo para a administração municipal é de US$ 10 por metro cúbico clandestinamente depositado, aproximadamente, incluindo a correção da deposição e o controle de doenças. Estima-se que o custo da reciclagem significa cerca de 25% desses custos.

A produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80% em relação aos preços dos agregados convencionais.

A partir deste material é possível fabricar componentes com uma economia de até 70% em relação a similares com matéria-prima não reciclada.

Esta relação pode variar, evidentemente, de acordo com a tecnologia empregada nas instalações de reciclagem, o custo dos materiais convencionais e os custos do processo de reciclagem implantado.

De qualquer forma, na grande maioria dos casos, a reciclagem de entulho possibilita o barateamento das atividades de construção.

    Sociais

O emprego de material reciclado em programas de habitação popular traz bons resultados. Os custos de produção da infra-estrutura das unidades podem ser reduzidos.

Como o princípio econômico que viabiliza a produção de componentes originários do entulho é o emprego de maquinaria e não o emprego de mão-de-obra intensiva, nem sempre se pode afirmar que a sua reciclagem seja geradora de empregos.

    Resultados de um Programa de Gestão Ambiental

A construtora e Engenharia estudada tem implantado um Programa de Gestão Ambiental (PGA), onde através de ações coordenadas conseguiu reduzir o impacto da obra no meio ambiente e da coleta seletiva, teve como resultado à certificação da NBR ISO 14001.

O investimento da empresa começa desde o canteiro de obras, que registram a disposição de coletores de resíduos (vidro, metal, plástico e papel) dispostos nos corredores do escritório, que são segregados e encaminhados às baias localizadas no interior da obra.

    Considerações finais

As metas para se atingir desenvolvimento sustentável empregando resíduos na construção civil devem contemplar a reciclagem que é fundamental para um mercado efetivo para os resíduos. Ao se analisar a reciclagem de resíduos na construção civil brasileira percebe-se falhas no processo de pesquisa e desenvolvimento, principalmente no tocante aos atores envolvidos no processo. Encontram-se problemas no desenvolvimento do produto, transferência de tecnologia e análise de desempenho ambiental. A reciclagem de resíduos da construção civil tenta consolidar seus processos de produção e garantia de qualidade na busca de um mercado mais diversificado e efetivo, através de ações discutidas de algumas empresas da construção, sindicatos e órgãos municipais e federais.

O desempenho ambiental na reciclagem deste resíduo é ainda negligenciado e existem problemas na etapa de caracterização do resíduo.

    Referências bibliográficas

HISTÓRIA da Engenharia Civil. Engenharia Civil, [S.l.:s.n.],[2008]. Disponível em:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/engenharia-civil/engenharia-civil-3.php.

HELENO, Guido. A construção civil e a edificação de um país. Revista Brasileira de Administração, Brasília, ano 20, n.75, mar./abr. 2010.

VIEIRA, Helio Flavio. Logística Aplicada à Construção Civil: como melhorar o fluxo de produção na obra. São Paulo: Pini, 2006.

Levy, Salomon Mony; Helene, Paulo R. L. – Reciclagem do entulho da Construção Civil, para utilização como agregados para argamassas e concretos. São Paulo, 1997. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.

Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil – A experiência do SindusCon-SP, São Paulo, 2005

ZORDAN, Sérgio Eduardo. Geração de Resíduos de Construção e Demolição. FEC – UNICAMP – Revisão da Dissertação de Mestrado. Campinas, 1997. p. 1-7.

Resolução CONAMA 307 – Gestão dos Resíduos da Construção Civil, de 5 de julho de 2002.

ARQUITETURA Moderna. Histórico e evolução da construção civil no Brasil. [S.l.:s.n.], 2008.

Disponível em: http://arquiteturamoderna.blogspot.com/2008/11/histrico-e-evoluo-daconstruo-civil-no.html

Fonte: EcoDebate

Nova lâmpada feita de plástico é aposta para o futuro da iluminação

Cientistas americanos afirmaram ter desenvolvido um novo tipo de sistema de iluminação que poderia substituir as tradicionais lâmpadas fluorescentes no futuro.

Feita de camadas de plástico, a nova fonte energética é considerada mais econômica, além de produzir uma luminosidade superior a de produtos disponíveis no mercado. Os inventores acreditam que as primeiras unidades serão produzidas já no ano que vem.

Detalhes sobre o novo produto foram publicados na edição da revista científica “Organic Electronics”. A nova fonte de luz aposta em uma tecnologia chamada, em inglês, de “Fipel”.

A lâmpada usa três camadas de um polímero que contém um pequeno volume de nanopartículas que “se aquecem” quando a corrente elétrica passa através delas.

O inventor do dispositivo é o cientista David Carroll, professor de física da Universidade Wake Forest, no estado americano da Carolina do Norte.

Segundo ele, o grande diferencial da nova lâmpada de plástico é a sua flexibilidade, além de emitir uma luminosidade superior à dos bulbos fluorescentes que se tornaram populares nos últimos anos.

Carroll explica que, diferentemente das lâmpadas fluorescentes, “cujo espectro de luz não se assemelha ao do sol”, sua invenção “acomoda-se ao olho humano, evitando as dores de cabeça típicas da luz fria”.

Nos últimos anos, pesquisadores concentraram esforços em desenvolver novas lâmpadas que combinassem maior autonomia e qualidade. Uma das invenções recentes mais bem sucedidas foram as LEDs, usadas em aparelhos eletrônicos e também na iluminação pública.

Mais avançadas, as LEDs orgânicas, chamadas de OLEDs, também surgiram em meio a promessas de maior eficiência e melhor qualidade em relação às velhas e tradicionais lâmpadas incandescentes.

A maior vantagem das OLEDs sobre as LEDs é que elas podem ser moldadas em diferentes formatos, incluindo telas para TVs de alta definição.

Mas Carroll acredita que as lâmpadas OLEDs não passam de uma “moda passageira”.

“Elas não têm um tempo de vida útil muito longo e não são tão brilhantes”, disse. “Também há um limite para a luminosidade que elas conseguem atingir”, acrescenta.

Já a lâmpada com a tecnologia Fipel, defende Carroll, não apresenta nenhum desses problemas.

“Descobrimos um jeito de criar luz sem sobreaquecer a lâmpada. Nossos dispositivos não contêm mercúrio nem materiais químicos cáusticos, e não quebram tão facilmente porque não são feitos de vidro”, explica.

Carroll afirma que a nova lâmpada é barata de ser produzida em larga escala, e já possui um “parceiro” interessado em fabricá-la ainda em 2013. O pesquisador diz, ainda, que testes de laboratório revelaram que a vida útil de seu invento pode ser de até dez anos.

Fonte: G1

Poluição dos oceanos é global, afirma Chris Bowler, líder de expedição francesa

Chris Bowler, que analisou ecossistemas marinhos por 2 anos, diz ter achado plástico até na Antártida

Líder de uma expedição francesa que rodou o mundo por dois anos e meio para analisar ecossistemas marítimos, Chris Bowler acredita ter encontrado a prova definitiva de que a poluição dos oceanos atingiu caráter global. A grande quantidade de plástico coletada por sua equipe em área próxima à Antártida, diz o pesquisador, mostra que nem mesmo locais mais remotos estão livres da interferência humana.

A reportagem é de Bruno Deiro e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 02-12-2012.

Em quatro pontos de observação no oceano glacial antártico e na Antártida, os cientistas da embarcação Tara Oceans registraram uma taxa de 50 mil fragmentos de plástico por quilômetro quadrado – concentração dez vezes superior à esperada por eles e comparável à média verificada em outros mares do planeta.

“Estando tão longe de áreas significativamente urbanas, achávamos que a Antártida ainda era um ambiente intocado”, afirma Bowler. “Procurávamos por fragmentos de plástico de poucos milímetros e o que achamos foram redes de pesca, sacos plásticos e até fibras sintéticas usadas em vestuários.”

Além do oceano glacial antártico, a expedição passou pelas águas do Atlântico, Pacífico e Índico para investigar os efeitos da mudança do clima em ecossistemas marinhos e biodiversidade.

“A maior parte do plástico que acaba no oceano vem de grandes centros urbanos do Hemisfério Norte, mas mesmo com as correntes oceânicas é difícil de acreditar que o material encontrado na Antártida esteja vindo de lá”, afirma o pesquisador. “É mais provável que venha de cidades ao Sul como Buenos Aires e Cape Town. Considerando que nós estamos fazendo plásticos há apenas 60 anos, eles atingiram a Antártida muito rapidamente.”

Ele admite que os efeitos na biodiversidade local ainda estão sendo estudados, mas projeta ao menos três possibilidades. Uma delas é a ingestão de plástico por peixes e aves marítimas, o que pode levar à inanição – o estômago fica tão cheio que os animais não conseguem se alimentar de verdade. Além disso, há a liberação de elementos tóxicos que se incorporam à cadeia alimentar e eventualmente podem chegar ao consumo humano. Por fim, os fragmentos interagem com plânctons e mudam a estrutura dos ecossistemas marinhos.

A quantidade de plástico encontrada na Antártida, no entanto, não foi tão diferente da média global de plástico nos oceanos ao redor do mundo – as exceções são o Pacífico Norte e o Atlântico. Uma nova expedição da Tara Oceans deve ocorrer nos próximos meses. Desta vez, segundo Bowler, a ideia será procurar por evidências da migração de plânctons entre o Pacífico e o Atlântico, algo que só se tornou possível por conta do derretimento do gelo polar. “Também esperamos encontrar novas espécies de plânctons, porque é uma área que ainda não foi muito estudada”, diz o biólogo, profissional do Centro Nacional Francês de Estudos Científicos (CNRS).

Fonte: EcoDebate
quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estudo diz que Groenlândia perde 200 bilhões de toneladas por ano

O território da Groenlândia perdeu quase 200 bilhões de toneladas de massa por ano entre abril de 2002 e agosto de 2011, segundo dados captados pelos satélites Gravity Recovery and Climate Experiment (Grace), uma parceria entre a agência espacial americana (Nasa) e o Centro Aeroespacial Alemão.

A pesquisa de Christopher Harig e Simons Frederik, do Departamento de Geociências da Universidade de Princeton, nos EUA, está publicada na edição desta segunda-feira (19) da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).

Essa intensa perda de área na Groenlândia é resultado do aquecimento global e do derretimento das calotas polares. Entre os anos de 2003 e 2004, a redução de massa se concentrou na costa leste da região, que pertence à Dinamarca. Ao longo dos dois anos seguintes, a diminuição ficou menor no nordeste e se intensificou no sudeste.

Entre 2007 e 2010, o derretimento foi mais acelerado na costa noroeste. E, após 2008, a perda de massa no sudeste se reduziu. No centro do território, porém, a área de gelo aumentou continuamente durante a década.

Os autores extraíram essas informações usando apenas medições de gravidade terrestre dos satélites, e acreditam que o método também possa servir, no futuro, para análise da Lua e de sistemas planetários.

Fonte: Globo Natureza

Cientistas criam ‘pele’ de plástico sensível ao toque que se cura sozinha

Cientistas da Universidade Stanford, nos EUA, desenvolveram uma pele de plástico flexível e sensível ao toque que consegue se “curar” sozinha quando cortada ou rasgada. Além disso, o material é capaz de sentir a menor pressão, como o pouso de uma borboleta ou um aperto de mão.

O material sintético foi desenvolvido pela equipe da professora Zhenan Bao, da faculdade de engenharia química de Stanford. O trabalho foi financiado pelo Escritório de Pesquisa Científica da Força Aérea (AFOSR) dos EUA e publicado na revista “Nature Nanotechnology”.

“Na última década, houve grandes avanços na pele sintética, mas mesmo os materiais mais eficazes tiveram grandes inconvenientes. Alguns precisavam ser expostos a altas temperaturas, o que os tornava inviáveis para uso no dia a dia. Outros se curavam à temperatura ambiente, mas a reparação de um corte mudava sua estrutura mecânica ou química”, explica a cientista.

Zhenan diz também que nenhuma “pele” autocurável era boa condutora de eletricidade, uma propriedade crucial, principalmente se o produto for interligado ao mundo digital. Nesse caso agora, porém, o material tem a condutividade similar à de um metal, por meio de uma superfície áspera e ligações de hidrogênio.

Segundo o coautor Chao Wang, essas moléculas se quebram facilmente, mas, quando se reconectam, os laços delas se reorganizam e se restauram. Os cientistas destacam que, para criar esse polímero, foram adicionadas pequenas partículas de níquel, para aumentar a resistência mecânica dele.

Para ver como a pele poderia restaurar sua força mecânica e a condutividade após ser danificada, os pesquisadores a cortaram com um bisturi e pressionaram os pedaços suavemente por alguns segundos. O material acabou recuperando 75% da força original e da condutividade, e ficou quase 100% novo em 30 minutos.

“Até a pele humana leva dias para cicatrizar. Então isso é muito legal”, avalia Benjamin Chee-Keong Tee, um dos principais autores. Além disso, a mesma amostra pode ser cortada várias vezes no mesmo lugar. Após 50 incisões e reparos, o material ainda resistiu à flexão e ao alongamento, da mesma forma que o original.

A equipe também tem explorado como usar a pele artificial como um sensor eletrônico. Segundo Tee, há várias possibilidades comerciais para o produto, com aplicação em dispositivos e fios elétricos de difícil acesso, como dentro de paredes de prédios ou veículos.

O desafio agora é tornar o tecido elástico e transparente, para envolver e guardar aparelhos eletrônicos e telas de exibição.

Fonte: G1

‘Prefiro 10 hidrelétricas a uma nuclear’, diz ministra sobre usinas em RO

A construção das usinas hidrelétricas na região Norte do país voltou a ser assunto durante a 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, no Distrito Federal. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu o funcionamento das hidrelétricas como ‘forma mais segura e barata’ de ampliação da matriz energética no país. O encontro foi encerrado neste sábado (10).

“Nenhum país que tem potencial hidrelétrico renuncia, porque é uma energia mais barata e segura. Outra opção é a nuclear, mas eu prefiro dez hidrelétricas a uma nuclear. Não estou nem falando do custo ambiental, mas é uma energia mais cara e os estudos estão aí”, afirmou a ministra.

Como exemplo, Izabella Teixeira garantiu que as construções das usinas Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, além da Belo Monte, no Pará, não inviabilizam outros aproveitamentos dos recursos hídricos na região.

“Ao contrário, um estudo divulgado há pouco comprova que o Rio Madeira tem a maior diversificação de peixes no Brasil, e o barramento não impede isso”, acrescentou Teixeira.

Fonte: G1

Pesquisadores da Embrapa desenvolvem alimento do futuro

Em um terreno atrás de uma delegacia na Asa Norte de Brasília um conjunto de prédios baixinhos e ladeados por pequenas estufas produzem soluções para problemas agrários. São sementes de feijão imune a pragas, café resistente à secas e alface com 15 vezes mais ácido fólico, uma vitamina importantíssima para grávidas, tudo isso produzido por uma empresa estatal, a Embrapa Recursos Genéticos Biotecnologia (Cenargen).

No laboratório do Professor Francisco Aragão foi criado o feijão resistente ao mosaico dourado, praga que afeta plantações em todo o Brasil. O feijão carioquinha que saiu de lá foi a primeira variedade geneticamente modificada criada em uma instituição pública de pesquisa brasileira. O fungo gera prejuízo de 90 a 290 toneladas de feijão por ano, com a produção nacional girando em torno de 1,2 milhões de toneladas por ano. As sementes do novo transgênico ainda estão em fase de teste em três regiões do país e o registro da variedade deve sair nos próximos dois anos. Futuramente as sementes serão disponibilizadas para o produtor rural sem a cobrança de royalties.

“Costumo falar para o produtor que se ele estiver desesperado é melhor não me procurar”, ri Aragão, porque o estudo demorou mais de dez anos para ter resultado prático. Aragão afirma que o desenvolvimento de tecnologia transgênica deve ser a última solução para um problema, por causa do tempo que leva para ficar pronto.

Os pesquisadores da Embrapa modificaram o DNA do feijão para que ele produzisse fragmentos de RNA responsável pela ativação de defesa contra o vírus do mosaico dourado. “A planta não transgênica chega a produzir estes fragmentos de RNA do vírus para bloqueá-lo, mas isso só acontece quando o vírus já está instalado”, explicou. O novo processo faz com que as plantas transgênicas já tenham o RNA pronto para se defender da praga.

De acordo com o pesquisador países do Caribe e a Argentina demonstraram interesse em usar o feijão, mas mais testes precisam ser feitos, pois o vírus da praga nestes países é um pouco diferente do brasileiro.

A Embrapa também tentou desenvolver algo semelhante do que foi feito com o feijão, só que com tomates. Porém existem mais de 24 espécies da fruta e seria necessário criar resistência a múltiplas espécies de pragas. O projeto não andou.

Café forte – A poucos passos do laboratório que desenvolveu o feijão, o biólogo Eduardo Romano trabalha no desenvolvimento de plantas resistentes a secas.

O estudo começou analisando o genoma do café, sequenciado em 2007. Naquela época eles analisaram quais dos 30 mil genes da planta se expressavam quando o café passava por períodos de seca. Chegaram a cinco genes, e os pesquisadores optaram por introduzir o gene CAHB12 em outras plantas. Agora eles estão introduzindo o gene em plantas como a soja, algodão, trigo e arroz.

“Esperamos ter variedades comerciais em cinco anos”, disse Romano, pesquisador da Embrapa que coordena o projeto em parceria com a UFRJ.

A equipe também sequenciou o genoma da palma, espécie de cactos comestível. Eles descobriram quais foram os genes expressados durante período de seca e estão introduzindo os genes em plantas modelo. “Ainda precisamos validar o quanto de água vamos economizar com a planta modelo”, disse.

Romero lembra que de acordo com a ONU, 70% da água usada no mundo é utilizada em agricultura e que de acordo com estimativas da própria ONU, até 2030 será necessário aumentar em 50% a produção de alimento no mundo.

Alface bombada - Ainda no laboratório de Aragão, está saindo da horta uma variedade de alface com 15 vezes mais ácido fólico. A falta desse nutriente durante a gestação pode causar má formação do tubo neural (explicar o que é) do feto. No Brasil, estima-se que 1,6 nascidos em mil tenham problemas na má formação.

“Alteramos passos da rota metabólica destas plantas. Elas estão prontas, mas ainda precisam de ensaio de biossegurança”, afirma Aragão. De acordo com os pesquisadores 12 gramas da alface equivalem a 70% do que uma pessoa adulta precisa ingerir de ácido fólico por dia. “Da planta transgênica seria necessário comer a quantidade presente em um sanduíche por dia. Já da planta normal seria preciso comer dois pés de alface”, disse.

Os pesquisadores também criaram uma variedade com sete vezes mais ácido fólico e pretende cruzar as duas variedades, para entender se isso traz ainda mais aumento de vitaminas na planta. Atualmente, o Brasil fortifica a farinha com ácido fólico, porém dificilmente a quantidade é uniformizada no produto. A alface da Embrapa seria a solução deste problema.

Fonte: Portal iG

Fontes limpas e renováveis correspondem a 83% da energia gerada no Brasil

Desde o início do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, o Brasil aumentou em 4.244 megawats (MW) sua capacidade geradora, com a entrada em operação de 52 empreendimentos. De acordo com balanço do programa divulgado na segunda-feira (19) pelo governo federal, 83% (3.525 MW) da energia agregada têm como origem fontes limpas e renováveis. A expectativa é de que outros 28.022 MW sejam agregados ao sistema a partir da conclusão de obras que já estão em andamento.

Parte da geração já agregada tem como origem a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que tem seis turbinas em funcionamento, gerando 417 MW, e 19 usinas eólicas (UEE), que agregam outros 475 MW ao sistema. Há, ainda, 23 usinas termelétricas gerando 1.711 MW.

Com as 11 hidrelétricas cujas obras estão em andamento, o sistema poderá gerar 18.702 MW a mais de energia. Estão sendo construídas também 28 termelétricas, que vão gerar 6.868 MW, e 87 eólicas com capacidade para gerar 2.291 MW.

Atualmente há 23 linhas de transmissão sendo instaladas, com uma extensão de 10.657 quilômetros. Desde o início do programa, 13 subestações de energias e 17 linhas foram concluídas, totalizando 3.308 quilômetros para a transmissão da energia gerada.

Na área petrolífera, foram assinados contratos para a construção de 21 sondas, a um custo de R$ 29 bilhões. A indústria naval contabiliza a contratação de 228 empreendimentos pelo Programa de Expansão e Modernização da Marinha Mercante. Outros 81 já foram entregues.

O PAC 2 já investiu R$ 5,8 bilhões no setor de combustíveis renováveis, para o escoamento integrado à movimentação de álcool nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nesses investimentos estão incluídas obras de instalação para coleta, armazenamento e transporte por dutos, para permitir a saída da produção por meio de portos marítimos.

Fonte: Agência Brasil

Batalhão Ambiental apreende 307kg de pescado ilegal em feira, no AM

Uma fiscalização do Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Manaus apreendeu pescado e quelônios na manhã desta quinta-feira (15). A ação ocorreu na feira da Panair, bairro Educandos, Zona Sul da capital.

A ação apreendeu 130 kg de tambaqui, 30 kg de pirarucu fresco, 147 kg de pirarucu seco e oito quelônios. Segundo o responsável pela operação, tenente Daniel Abreu, a fiscalização é rotineira e visa fazer cumprir a proibição da venda do pirarucu. Esse peixe só pode ser comercializado se tiver origem de cativeiro, segundo a lei ambiental.

Outro foco é fiscalizar a venda de outras seis espécies que entram em período de defeso nesta quinta (15). “A comercialização do aruanã, matrinxã, pacu, sardinha, mapará e pirapitinga estão proibidas até o dia 31 de março”, afirmou o tenente Abreu.

O feirante responsável pelo tambaqui e a responsável pelos quelônios foram encaminhados ao 1º Distrito Integrado de Polícia, devido a Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente (Dema) não funcionar neste feriado. “A mulher não assumiu a mercadoria era dela, mas só a presença do quelônio já é suficiente para encaminhá-la à delegacia”, disse o tenente. Os policiais do Batalhão Ambiental estão na feira da Panair desde às 7h da manhã. As fiscalizações devem ocorrer de 15 em 15 dias em feiras alternadas.

Protesto – O feirante responsável pelos 130 kg de tambaqui, Jackson Cruz, afirmou ter a guia de comercialização do pescado e que não entendia porque estava sendo detido e a carga sendo apreendida. “Eu tenho todos os documentos e minha guia de comercialização do peixe estava no pescado”, afirmou o comerciante.

No entanto, o sargento do Batalhão Ambiental, Natanael Freire, explicou que é necessário possuir documentações que comprovem a quantidade adquirida pelo comerciante ao frigorífico.

“É necessário ter o recibo. No caso do Jackson, havia a identificação de uma grande quantidade de peixe que um feirante não compra por ser uma quantidade digna de frigorífico. Há o risco do comerciante adicionar outros peixes na carga que não passaram pela fiscalização”, explicou o sargento.

Fonte: G1

BP pagará multa de US$ 4,5 bilhões por vazamento de óleo em 2010

A petrolífera britânica BP declarou-se culpada nesta quinta-feira (15) das acusações criminais relacionadas com o vazamento de petróleo no Golfo do México em abril de 2010 e concordou em pagar US$ 4,5 bilhões ao longo de seis anos ao governo dos EUA, segundo comunicado divulgado pela empresa.

Segundo a nota, a empresa vai pagar US$ 4 bilhões, em cinco anos, ao Departamento de Justiça dos EUA para finalizar todas as reclamações pelo pior derramamento de petróleo na história do país e outros US$ 525 milhões, em três anos, à SEC (Securities and Exchange Commission) por reclamações aos órgãos reguladores. O acordo ainda tem de ser aprovado em tribunal federal no país.

“Desde o início, temos respondido ao vazamento, pagamos reivindicações legítimas e financiamos esforços de restauração no Golfo. Pedimos desculpas por nosso papel no acidente e, como a resolução de hoje com o governo dos EUA ainda reflete, aceitamos a responsabilidade por nossas ações”, escreveu o presidente-executivo da BP, Bob Dudley.

Segundo as agências de notícias, o valor pago é recorde por uma multa criminal norte-americana. O recorde anterior era detido pela Pfizer Inc, que pagou uma multa de US$ 1,3 bilhões em 2009 por uma fraude de marketing.

O desastre ambiental de Deepwater Horizon, no Golfo do México, ocorreu em abril de 2010 e 11 trabalhadores morreram.

A empresa disse ainda estar preparada para se defender de outras reclamações civis.

Fonte: G1

Prefeitura de Duque de Caxias/RJ é multada em quase R$ 2 milhões por falta de coleta de lixo

A prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi multada na quarta-feira (14) em R$ 1,850 milhão por falta de coleta de lixo no município. A multa foi aplicada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que já havia notificado o governo municipal sobre as irregularidades.

De acordo com o instituto, a prefeitura assinou em agosto Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo qual se comprometeu a regularizar a coleta do lixo em 90 dias, mas o prazo acabou sem que o ajuste fosse atendido.

Com o descumprimento das normas exigidas pelo Inea, o órgão encaminhará o assunto à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para analisar a possibilidade de propor uma ação civil pública contra o prefeito José Camilo Zito dos Santos, que estará no comando do município até dezembro, quando encerra o mandato.

A presidenta do Inea, Marilene Ramos, explicou que, em virtude do acúmulo de lixo, o sistema de escoamento das águas pluviais de Duque de Caxias está entupido, o que pode ocasionar enchentes, principalmente no verão, período em que aumenta o volume das chuvas.

Segundo Marliene Ramos, “está sendo jogado fora” o investimento de R$ 400 milhões para a Baixada Fluminense, feito nos últimos quatro anos em parceria com o governo federal, para dragagem de rios e retirada de mais de 3 mil famílias da margens.

“O retorno desse lixo para dentro dos rios significa perder parte desse investimento. É uma situação que, acima de tudo, é inaceitável em Duque de Caxias, que é um município rico. Ele tem o terceiro maior orçamento do estado, e coletar lixo é uma função básica que qualquer prefeito tem que cumprir adequadamente”, disse.

Marilene Ramos negou que a situação do lixo nas ruas de Duque de Caxias tenha a ver com a desativação do aterro sanitário de Gramacho, como afirmou a prefeitura. “Desde o encerramento do Aterro de Gramacho, a prefeitura do Rio de Janeiro disponibilizou para a prefeitura de Duque de Caxias carretas especiais que estão fazendo o transporte do lixo até Seropédica [Baixada Fluminense]“, afirmou.

Pelo mesmo motivo, o município de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense, foi notificado a regularizar seu serviço. Técnicos do Inea fazem vistoria, analisando o risco que esses detritos causam aos rios e ao meio ambiente. Caso sejam encontradas irregularidades, o município também poderá ser multado. Belford Roxo, porém, já conta com um aterro sanitário, o que diminui os transtornos quanto à coleta do lixo.

A prefeitura de Duque de Caxias informou, por meio da assessoria de imprensa, que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) não foi notificada e que só vai se pronunciar após receber oficialmente o documento do Inea. Já a prefeitura de Belford Roxo, procurada pela reportagem da Agência Brasil, não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta matéria.

Fonte: Agência Brasil

No DF, barulho de cigarras equivale ao de rua com ônibus e caminhões

As cigarras que se reproduzem na primavera nas árvores do Distrito Federal fazem mais barulho do que um liquidificador ou uma rua com trânsito pesado, mostra equipamento de medição de ruídos da Universidade de Brasília (UnB).

A pedido do G1, o professor Márcio Avelar, do Núcleo de Laboratórios de Engenharia e Inovação da Faculdade do Gama da Universidade de Brasília, mediu o volume do canto dos insetos. O local escolhido foi a quadra 315 Sul. Sob as árvores, o equipamento registrou 80 decibéis.

A cantoria fica muito acima do recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para áreas residenciais: 50 decibéis durante o dia e 45, à noite. Também supera o volume recomendado pela associação em áreas industriais, que é de 70 decibéis. Uma rua com trânsito de ônibus e caminhões tem 80 decibéis, em média.

De acordo com a escala da ABNT, a intensidade do som das cigarras em Brasília supera a de um liquidificador ligado (75 decibéis) e equivale à de uma rua com trânsito pesado, com caminhões e ônibus (80 decibéis).
O professor da UnB diz que a frequência do canto das cigarras também explica a irritação de moradores das quadras residenciais de Brasília.

“Não é só volume que causa incômodo, a frequência da fonte sonora faz diferença também. A frequência das cigarras é de média para alta, uma região de frequência que tem potencial para incomodar o ouvido humano”, diz Avelar.

E não adianta tentar fugir do canto das cigarras. O G1 também mediu o volume da cantoria em um apartamento no sexto andar de um prédio da Asa Sul. No quarto do imóvel, o equipamento marcou 54 decibéis – o barulho recomendado pela ABNT para esse tipo de cômodo durante o dia é de 45.

‘Culpa deles’ – O barulho das cigarras é produzido pelos machos da espécie. Eles cantam, e muito, para atrair as fêmeas. “As cigarras fêmeas, além de silenciosas, são ótimas ouvintes. Os machos cantam em grupo, pesquisas indicam que assim eles têm mais sucesso na conquista da fêmea do que cantando isolados”, fala o professor de zoologia Paulo César Motta, também da UnB.

O professor explica sete espécies de cigarra, com tamanhos que variam entre 1,5 cm e 7 cm, habitam no Distrito Federal. Esses insetos passam entre dois e sete anos embaixo da terra, época em que são silenciosos e chamados de ninfas. Quando alcançam a maturidade, sobem as árvores e deixam no caminho as exúvias, as casquinhas que serviram de proteção para as ninfas.

Na fase adulta, cantam por cerca de dois meses para atrair as fêmeas. Depois do período reprodutivo, morrem. “O esperado é que teremos cantoria até o fim do ano”, diz Motta.

Mitos e curiosidades – Porteiro em um bloco na Asa Sul há 21 anos, Elilans de Andrade fala que já perdeu as contas de quantas vezes socorreu moradores com medo de cigarras. “Nos últimos dias, entrou uma cigarra em um apartamento e tivemos que subir correndo para socorrer a moradora, que tomou um tombo e se machucou com medo do inseto.”

Há alguns anos, a gritaria foi tão grande em outro apartamento que o porteiro pensou que se tratava de um assalto. “Quando entramos lá, era uma cigarrinha pequena.”

Embora causem medo em algumas pessoas, o professor Paulo César Motta diz que as cigarras são inofensivas e limpas. “Tem gente que acha a cigarra nojenta, mas ela é superlimpinha. Não tem motivo de ter nojo, ela se alimenta apenas de seiva. Além disso, a cigarra é inofensiva, só faz barulho e vibra.”

O professor explica ainda que o líquido que muitas vezes cai das árvores repletas de cigarras não é urina do inseto, mas seiva em excesso. “Tudo indica que não é excremento. Supõe-se que seja um excesso de xilema, a seiva”, afirma.

Sabendo que as cigarras não são sujas ou fazem mal, talvez o melhor seja mesmo aprender a conviver com elas – no DF, esses insetos preferem a área urbana ao cerrado.

“Aparentemente, há mais cigarras na área urbana. Isso pode ser explicado porque há vários organismos que se adaptaram muito bem ao ambiente modificado pelo homem”, diz o professor de zoologia.

“Me acostumei com as cigarras, elas são da natureza, não fazem medo. A gente tem que admirar e curtir esse barulhinho”, afirma o porteiro Elilans de Andrade, que desenvolveu uma técnica para retirar os insetos da casa dos moradores desesperados.

“Tem gente que dá vassourada e mata. Não é necessário isso. Pego ela com cuidados, porque são muito sensíveis, coloco no saquinho plástico e solto na natureza de novo.”

Fonte: G1

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Alguém tem coragem de suspender essa obra???




Florianópolis-SC, Brasil. 14 de novembro de 2012. Encontrei a nota oficial abaixo, no website da CASAN. O que eles chamam de obras do emissário significa: levar o esgoto produzido pela população de Jurerê (tradicional) para a ETE de Tratamento de Esgoto de Canasvieiras. Uma ETE que, comprovadamente, não funciona, segundo relatório emitido pelo órgão fiscalizador estadual (FATMA).
Desde o mês de julho deste ano, o transtorno é diário e constante. Quem precisa usar a rua Tertuliano Xavier (uma das principais vias do norte da Ilha) sabe disso! Uma obra que vai destruir a balneabilidade da Baía de Canasvieiras.

O que muitos ainda não sabem é que não há qualquer projeto para emissário  na fantástica Ilha da Magia. Apenas previsão de que esta será a forma de tratamento do esgoto, num dia qualquer do futuro longínquo.
Por que a CASAN quer transportar esse esgoto e despejá-lo numa ETE ineficiente? A resposta é simples: pra dizer que o trata e poder cobrar esse serviço na conta mensal dos habitantes de Jurerê.
Precisamos da suspensão imediata dessa obra. Mas, até o momento, ninguém teve coragem de atender aos nossos apelos.

“Começam obras do emissário final do Sistema de Esgotos de Jurerê.
A CASAN comunica aos moradores da Rua Tertuliano Xavier de Brito, no trecho entre Canasvieiras e Jurerê, que a via será interditada parcialmente a partir desta quarta-feira, quando começa o assentamento do emissário final do Sistema de Esgoto Sanitário de Jurerê, partindo do entroncamento com a SC-401 em Canasvieiras. 
As obras se estendarão pelos próximos 180 dias e incluem ainda melhorias na rede de abastecimento de água da região.
A CASAN espera compreensão da população diante da necessidade de execução dos trabalhos e pede desculpas antecipadas pelos inevitáveis transtornos causados pelas obras. O investimento de R$ 14 milhões foi viabilizado através do PAC do Governo Federal, com recursos do BNDES e CASAN.
Gerência de Comunicação Social da CASAN Em: 3/7/2012 14:44
Jornalista responsável: Suzete Antunes – Jornalista Profissional DRT/RS 5588” - http://novo.casan.com.br/noticia/index/url/comecam-obras-do-emissario-final-do-sistema-de-esgotos-de-jurere#0


Ana Candida Echevenguá, advogada ambientalista, coordenadora do programa Eco&Ação, presidente da Academia Livre das Águas, email: ana@ecoeacao.com.br, website: http://ecoeacao2012.blogspot.com.br/
terça-feira, 13 de novembro de 2012

O novo espaço virtual do Instituto Eco&Ação



O novo espaço virtual do Instituto Eco&Ação é voltado para você, que quer defender e preservar o nosso meio ambiente.
Cuidar do meio ambiente não é somente tentar salvar a Amazônia, os ursos polares, o mico leão dourado. É também cuidar do nosso bairro, da rua onde moramos, do prédio que habitamos, da água que bebemos, ...
Por quê? Porque a nossa palavra de ordem é pensar. Se não conseguimos pensar, não conseguimos censurar o que nos é imposto.

Ilha da Magia: a velha história do esgoto nas praias...



Ana Echevenguá

A reportagem* levada ao ar sobre os problemas de esgoto de Florianópolis-SC, Brasil, possui o mesmo conteúdo da reportagem levada ao ar em 2010, em 2011, em junho deste ano: as praias da Ilha da Magia estão poluídas.
O conteúdo é o mesmo: a poluição afeta a saúde;  aumenta ano após ano; os moradores lutam por uma solução.
O repórter ouviu moradores e turistas. E, com astúcia e conhecimento de causa, deixou bem claro que as promessas de solução da CASAN já foram levadas ao ar... e, até o momento, nada aconteceu. ou seja, a poluição continua!
“a cidade de Florianópolis, há anos, vem sofrendo com o esgoto mal tratado pela CASAN”.
Vocês vão ver e ouvir que, apesar dos esforços e das reclamações, ainda não há resultados práticos dos compromissos firmados. Tudo gira em torno de reuniões para melhor a busca da melhor condição operacional que vai ser – provavelmente – lançada num papel, assinada pelas autoridades envolvidas, mostrada na mídia e...
Somente nesta reportagem há vários crimes que levariam os administradores públicos à prisão. Porque há um relatório do órgão fiscalizador estadual que confirma as ilegalidades praticadas pela CASAN. Mas, parece que vivemos numa terra sem lei!!
Vi, ontem, que o exército da Vigilância Sanitária já está nas ruas de Canasvieiras: a peça de teatro volta ao palco fétido e insalubre... talvez em virtude dessa reportagem.
É um sério problema de saúde pública. E reflete diretamente no bolso do empresário que vive do turismo de verão.
Mas, o problema também passa pelas urnas. Elegemos representantes que permitem – e incentivam - a destruição do nosso patrimônio natural.
Quem vai ter coragem de resolvê-lo?


Ana Candida Echevenguá, advogada ambientalista, coordenadora do programa Eco&Ação, presidente da Academia Livre das Águas, email: ana@ecoeacao.com.br, website: http://ecoeacao2012.blogspot.com.br/


* - http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/jornal-do-almoco/videos/t/edicoes/v/problemas-no-tratamento-do-esgoto-podem-comprometer-o-verao-em-algumas-praias/2231451/

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