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Chiclete pode melhorar desempenho cerebral



Ato de mastigar estimula nervo que ativa área do cérebro responsável por estado de alerta.

Mascar chiclete pode “acordar” o cérebro, sugere um estudo do Instituto Nacional de Ciências Radiológicas do Japão, que publicou artigo no periódico “Brain e Cogntion”. Os indivíduos que estavam mascando chicletes durante os testes tiveram uma reação 10% mais rápida do que os demais.

Operadoras de planos de saúde terão de implantar ouvidorias


Retorno ao cidadão dever ser feito no prazo máximo de sete dias úteis.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vinculada ao Ministério da Saúde, vai adotar novas medidas que beneficiam os usuários dos planos de saúde. A partir de agora, as operadoras têm obrigação de criar Ouvidorias vinculadas às suas estruturas organizacionais, com objetivo de reduzir conflitos entre as operadoras e os consumidores, ampliando a qualidade do atendimento oferecido pelas empresas. E as ouvidorias devem ser capazes de responder demandas no prazo máximo de sete dias úteis.

Empresa é autuada na Baixada Fluminense por captação e venda ilegal de água para o consumo humano

A Empresa Bioágua Serviços de Água Potável e Carga Seca, em Jardim Primavera, no Município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi interditada nesta quinta-feira (04/04), por várias irregularidades, em blitz da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). A empresa é suspeita de captação e venda ilegal de água para o consumo humano, além de poluir o Rio Saracuruna, que deságua na Baía de Guanabara, o que configura crime ambiental.

MPF/PA recorre para suspender operação policial e estudos de usina hidrelétrica no Tapajós


O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) entrou nesta quarta-feira, 3 de abril, com recurso para suspender a operação militar que o governo federal faz na região do Tapajós, no oeste do Pará, assim como os estudos e o licenciamento da usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós. O MPF/PA pede que, antes de qualquer ato de licenciamento ou estudos, os índios mundurukus e as comunidades ribeirinhas diretamente afetados sejam consultados, conforme manda a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho.

Governo do Rio multa CSN e pede retirada de famílias de área contaminada em Volta Redonda


O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta quinta-feira (04/04), em entrevista coletiva, que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) será multada em até R$ 50 milhões e que a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) solicitaram à Justiça que a companhia seja obrigada a retirar imediatamente 750 pessoas que residem em um terreno contaminado com substâncias tóxicas e potencialmente cancerígenas no Condomínio Volta Grande IV, em Volta Redonda, na Região do Médio Paraíba.

CSN doa terreno contaminado com substâncias cancerígenas a funcionários


O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea) confirmou nesta quinta-feira (04), que está contaminado com substâncias cancerígenas, o terreno cedido pela Companhia Siderúrgica Nacional, para construção de casas de funcionários em Volta Redonda, no sul do Rio de Janeiro. Segundo o estudo, os moradores estão expostos a substâncias extremamente perigosas e o terreno apresenta contaminação em nível intolerável à saúde humana.

Apresentação de Isabela Vieira, da Radioagência Nacional / EBC

Fonte: EcoDebate

"Chuva" de ratos tóxicos combaterá serpentes em Guam


A serpente arbórea marrom é a causadora da extinção de nove das 12 espécies de aves autóctones de Guam após chegar à ilha em navios durante a Segunda Guerra Mundial

Bangcoc - A Força Aérea dos Estados Unidos lançará sobre as florestas de Guam cerca de dois mil ratos mortos contendo uma substância fatal para as serpentes responsáveis pelo extermínio de grande parte da fauna da ilha.

 A ação nessa fortaleza militar do Pacífico vai acontecer entre abril e maio, e consiste, segundo o plano inicial, em jogar de helicópteros os roedores mortos que receberão, antes, uma injeção com 80 miligramas do produto químico conhecido como paracetamol, mortal para a serpente arbórea marrom (Boiga irregularis) cuja população está saindo de controle.

O réptil, uma espécie invasora original do litoral nordeste da Austrália e da ilha de Papua, é causadora da extinção de nove das 12 espécies de aves autóctones de Guam após chegar ali nos navios da marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a conclusão dos especialistas.

A ausência de predadores naturais para essa espécie e a abundância de comida propiciaram a expansão dessas serpentes por quase toda a ilha, até alcançar uma densidade de entre 50 e 100 espécimes por hectare.

Além do desastre para a fauna da ilha, o réptil também é uma dor de cabeça para o governo local, já que se torna difícil impedir que penetre nas instalações elétricas e cause contínuas e custosas avarias no sistema de provisão de energia.

O experimento piloto será realizado em cerca de '200 acres de terra (810 mil metros quadrados) a noroeste da base aérea de Andersen' comentou com a Agência Efe Jesse Guerrero, membro da equipe de biólogos na base militar americana.

Para evitar que outros animais possam se envenenar com a ingestão dos roedores, estes serão lançados 'um a um' com uma espécie de miniparaquedas 'para que se enganchem nas árvores' onde as serpentes vivem.

Alguns roedores, além da substância cujo efeito mortal tem uma duração de 72 horas, também terão um sistema de rádio transmissão para rastrear os movimentos das serpentes antes de sua morte.

 Os pesquisadores americanos que desenvolvem o teste em Guam planejam coletar informação durante os próximos 14 meses para medir o sucesso da missão e preparar novos projetos a fim de combater a praga dessa espécie de réptil, cujo veneno não é mortal para o homem.

'Queremos nos assegurar de que estamos fazendo o correto. Se a informação colhida mostrar que o plano é eficaz para o controle da população, planejaremos novas missões em outras áreas de Guam', declarou Daniel Vice, membro do Departamento americano de Agricultura e Vida Selvagem para o Havaí, Guam e as ilhas do Pacífico, ao jornal 'Pacific Daily News'.

Segundo os especialistas, aproximadamente dois milhões de serpentes dessa espécie, que chegam a até três metros de comprimento, habitam as áreas florestadas dos 541 quilômetros quadrados de extensão da ilha de Guam.

A operação militar tem um orçamento de US$ 1 milhão fornecido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e obteve a aprovação por Agência de Proteção Ambiental do mesmo país.

Guam, que foi colônia espanhola até 1898, tem uma população de 160 mil pessoas com passaporte americano apesar de estar inscrito desde 1950 como um território associado não incorporado aos Estados Unidos.

O turismo é a principal fonte de renda para a ilha, seguida pelos investimentos dos Estados Unidos, que consideram a ilha como um território de importância estratégica para proteger seus interesses nessa região do Pacífico.

Fonte: Revista Exame

Sinduscon calcula prejuízo de R$ 500 milhões com suspensão de alvarás na Capital


Novas regras para a Lagoa da Conceição também não agradaram o sindicato

Baseada em análise da procuradoria-geral e da SPU (Secretaria do Patrimônio da União), a Prefeitura de Florianópolis cancelou o alvará da construção do Parque Hotel Marina Ponta do Coral, na avenida Beira-mar Norte. Basicamente, a prefeitura explicou que não poderia solicitar a construção de um aterro para um investimento privado.

O presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis), Helio Bairros, classificou as medidas adotadas pela Prefeitura da Capital como “terríveis” para a economia da cidade. Também cobrou investimentos da administração municipal.

Segundo Bairros, só a suspensão dos alvarás para novos prédios – que termina no dia 8 de abril - resultou na falta de investimentos de meio bilhão de reais. “Nesses três meses, R$ 500 milhões deixaram de ser investidos na questão de imposto, de circulação de mercadoria, de geração de renda. Para a imagem da cidade tudo isso é muito ruim”, avaliou.

O representante da construção civil concordou com algumas medidas, principalmente com a contratação de mais fiscais para combater a informalidade. “Mas ficou muito genérica a abordagem do que é essencial. Só foi levada em conta a construção formal, essa que está sendo questionada, essa que respeita a lei”, disse.

Quanto aos alvarás cancelados, Bairros disse que não concorda com quem estiver fora da lei. Só ressaltou que a prefeitura deve dar tempo para as empresas se defenderem. Elas terão 15 dias após ser notificadas.

Outro questionamento do presidente do Sinduscon foi quanto aos investimentos. Se há tantos problemas com falta de energia e de água e rede de esgoto, questiona Bairros, a prefeitura deveria fazer investimentos na área.

Também não agradou ao representante da construção civil as novas regras para a Lagoa da Conceição. “Os critérios têm que ser mais bem definidos. Não podemos dizer que uma construção acima de 2.000 m² pode ser mais prejudicial que uma área de mil m² ou 500 m². Se não pode, não pode construir um metro. Temos que ser arrojados. Então não se constrói nada na Lagoa enquanto não se resolve o saneamento”, declarou.

Alvarás não tinham licença ambiental

A emissão de alvará da prefeituras em haver licença ambiental da Fatma (Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina) quando necessária é evidente na atuação da gestão passada. Entre os 150 alvarás revistos pela equipe do prefeito Cesar Souza Júnior, em pelo menos 13 foram observadas a necessidade da LAI (Licença Ambiental de Instalação) e sua inexistência.

O edifício Al Mare, um residencial multifamiliar, recebeu alvará, em julho de 2012, para ser construído em Jurerê Internacional. De acordo com a equipe do SMDU (Secretaria Municipal deDesenvolvimento Urbano), a licençado órgão ambiental é necessária, mas não está junto ao processona prefeitura. O mesmo ocorreu com outros empreendimentos nos bairros Campeche, Ribeirão da Ilha, Cachoeira do Bom Jesus e Ingleses do Rio Vermelho, de acordo com informação da prefeitura.






Fonte: Notícias do Dia

Projeto que limita horários da vida noturna pode levar um ano para virar lei

Vereador quer que casas noturnas e boates da Capital vendam bebidas e funcionem até as 3h e bares e restaurantes até as 2h

O projeto de lei 15.160/2013, que segundo o autor, vereador Edmilson Pereira Júnior (PSB), pretender regrar alguns hábitos da população da Capital, ainda terá um longo caminho até o dia da vo­tação. A proposta ingressou esta semana na Comissão de Justiça e Cidadania da Câmara de Vereado­res. Depois, será debatida na Co­missão de Turismo para aí então seguir para a etapa de audiências públicas. A expectativa é de que o projeto leve até um ano para virar lei ou ser rejeitado.

A nova lei pretende limitar que as casas noturnas e boates vendam bebidas e funcionem até 3h e bares e restaurantes até as 2h. Outros es­tabelecimentos deverão suspender a venda de qualquer tipo de bebida alcoólica à meia-noite.

Segundo o vereador, os parâ­metros da lei são rígidos mesmo até para que se possa equilibrar tanto o limite de horário de funcio­namento das casas noturnas como o horário limite para venda de be­bidas. “Tem que ter regra. Vamos debater qual é o melhor horário de funcionamento. Do jeito que está não pode continuar”, argumentou.

O caso promete levantar con­trovérsia na Câmara, principal­mente por mexer diretamente com o comportamento de moradores e turistas. “É um assunto polêmico, que deverá ser debatido com o se­tor e a população. Não deve ficar só aqui na Câmara”, opinou o verea­dor Gui Pereira (PSD).

O presidente da Casa, vereador Cesar Faria (PSD), optou por não expor sua opinião antecipadamen­te. “Estou ciente do projeto, mas preciso estudar melhor a proposta. Ainda não tenho como manifestar minha opinião”, afirmou.

Ministério Público apoia o projeto

O vereador Edmilson Pereira Júnior defende que o projeto de lei não busca impedir o funcionamento da cidade, que tem no turismo boa parte da receita. “As pessoas poderão ficar cinco horas na festa se quiserem, basta chegar às 22h. Hoje tem casas noturnas que começam a funcionar 1h e não tem hora para acabar”, argumentou.

O projeto tem o apoio do Ministério Público, em especial do promotor Thiago Carriço. Ele forneceu pesquisas demonstrando que a aplicação de leis similares a que está sendo proposta em Florianópolis têm impacto positivo na redução da criminalidade.

Fonte: Notícias do Dia

A sociedade de consumo e o descarte de resíduos, artigo de Marcos Mol



Um grave problema ambiental decorrente dos hábitos da sociedade contemporânea é o consumismo desenfreado e a geração de resíduos decorrente dele. A pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Flávia Passos Soares, apresentou uma discussão riquíssima em sua tese de doutorado que versa sobre a descartabilidade do humano e a dinâmica do consumismo na globalização. Segundo a autora, a descartabilidade surge na sociedade através da relação histórica que se estabeleceu entre prazer e consumo privado, e ainda, por meio da expansão ilimitada da produção de bens em relações de mercado. Dessa forma, o consumo conseguiu se estender a todos os registros da história, comunicação e cultura e adquiriu um status de prioridade perante os demais valores, pois são aceitos quaisquer meios para acessar o estilo de vida invejado socialmente, que depende do consumo constante de inúmeros produtos e serviços cada vez mais atraentes.

A sociedade de consumo é construída desde a base, por meio de investimentos nas gerações por vir. O filósofo e pesquisador Noam Chomsky aponta “o poder da indústria de propaganda, ao destacar que nos EUA, um em cada seis dólares é gasto em marketing, e que o bombardeio diário de publicidade e propaganda pela televisão atua no homem moderno desde a infância. Com isso, as crianças são educadas nos ideais da cultura de consumo, e irão se transformar em indivíduos passivos, isolados e com pouca oportunidade de escolha”.

Com a função de induzir ainda mais ao consumo, o mercado passa então a elaborar produtos adequados a essa população consumista. Segundo Flávia Soares, “o ritmo acelerado de descarte ditado pelo mercado imprime uma obsolescência programada aos artigos à venda. A não durabilidade pela falta de qualidade dos materiais garante o retorno dos consumidores em busca de outros produtos, novos, que certamente serão mais modernos em algum detalhe. Em geral, não se busca consertar nada. É mais fácil jogar fora e comprar novo. Além dessa descartabilidade a curto prazo, existe também aquela imediata, derivada de produtos fabricados para serem usados uma única vez, como copos de plástico, garrafas ‘PET’ etc., que geram um grave problema ambiental“.

Essa mentalidade de consumo sem preocupações com os descartáveis é impregnada na sociedade de consumo, que perde completamente as rédeas quanto aos limites de descartabilidade. Naturalmente, é muito mais simples consumir o produto desejado e descartar as sobras ao final. O grande impasse existente é como compatibilizar a geração desses resíduos com a capacidade de armazenamento e de suporte do ambiente.

Em uma sociedade que sempre disponibiliza um novo produto como a melhor alternativa face à substituição ou reparação de um produto existente, viabilizando, portanto, o descarte, a lógica de reaproveitamento dos resíduos passa a ser uma prática adotada apenas em épocas de crise econômica ou em momentos especiais. A alternativa de usufruir deste recurso como fonte de renda sobra, então, para a classe mais excluída e sem alternativas de sobrevivência. Desta forma, passa a existir uma classe de trabalhadores que tem como matéria-prima a parcela reciclável dos resíduos sólidos urbanos, mesmo estes estando dispostos em lixões.

Vários problemas estão relacionados com a geração de resíduos sólidos urbanos, e o aumento desenfreado da produção destes resíduos tende a uma situação insustentável no que diz respeito à sua gestão. O aumento da população observado nas últimas décadas remete à ampliação direta da geração de resíduos, justamente devido às necessidades de cada pessoa. Essa situação se torna ainda mais complexa na sociedade da descartabilidade, que não assume responsabilidades sobre a geração e destinação dos restos.

Ainda há muito que se discutir sobre esta questão, principalmente no que se refere às mudanças de hábito da sociedade frente ao equilíbrio ambiental do planeta.

Marcos Paulo Gomes Mol, Eng. Ambiental, Coordenador do Serviço de Gestão Ambiental da Fundação Ezequiel Dias – Funed, Doutorando em Saneamento e Meio Ambiente pela UFMG

Fonte: EcoDebate

Preços de remédios poderão sofrer reajuste de até 6,31%

Governo autorizou reajuste máximo para categorias de medicamentos em que os genéricos têm a maior participação nas vendas

Os medicamentos vendidos no Brasil poderão ter reajuste de até 6,31%, segundo resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. Em 2012, o reajuste máximo foi de 5,85%. De acordo com a decisão, a alteração deverá ter como base o preço do fabricante praticado em 31 de março de 2012.

O cálculo considerou a inflação acumulada no último ano, calculado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).  A autorização de reajuste dos medicamentos também leva em consideração a participação dos genéricos de cada produto. A lógica é a de que quanto mais genéricos uma categoria de remédios tem, mais elevada é a concorrência - e, assim, o reajuste pode ser maior.

Assim, os medicamentos em que os genéricos representam ao menos 20% de todo o faturamento da categoria estão autorizados a sofrer o maior reajuste, de até 6,31%. Entre esses remédios, está o antibiótico amoxicilina. Medicamentos com genéricos que representam entre 15% e 20% das vendas, como o antipsicótico risperidona, estão autorizados a ter reajuste de até 4,51% em seus preços. A categoria com menor participação dos genéricos no faturamento (menos de 15%) poderá sofrer reajuste de até 2,7%.

Fonte: Veja Online

Teste caseiro é opção precisa e viável para detectar HIV


Segundo estudo, autotestes de HIV - que não são aprovados no Brasil - podem ser tão eficazes quanto exames feitos em unidades de saúde para ajudar a controlar a epidemia de aids

Ainda hoje, o estigma e o medo impedem muitas pessoas de comparecer a um centro de saúde para fazer um exame que diagnostica a infecção pelo HIV. Porém, testes caseiros para detectar o vírus são uma alternativa precisa, viável e aceitável para pessoas que buscam mais privacidade na hora de realizar um exame desse tipo — e, portanto, podem auxiliar no controle da epidemia de aids. É o que concluiu um time internacional de pesquisadores após analisar 21 estudos que avaliaram a estratégia do autoteste em sete países — ao todo, 12.402 indivíduos participaram desses trabalhos. A pesquisa foi publicada nesta terça-feira no periódico PLoS Medicine.

 Esse novo trabalho, desenvolvido na Universidade McGill, no Canadá, comparou duas estratégias de teste rápido para detectar o vírus HIV pela saliva do paciente, sendo que uma delas é realizada em casa, sem qualquer tipo de supervisão, e a outra, em alguma unidade de saúde e acompanhada por um profissional.

Segundo as conclusões da pesquisa, o autoteste de HIV, feito em casa, tem alta aceitabilidade — índice que variou de 74% a 96%. Além disso, entre 61% e 91% dos voluntários dos estudos avaliados declararam preferir o teste caseiro ao feito em unidades de saúde. “Esse tipo de exame é realizado pelo indivíduo sem qualquer tipo de assistência. O teste é comprado, realizado e interpretado por essa pessoa. Mas, se ela desejar, há um serviço de assistência pelo telefone. Essa prática, portanto, exige proatividade e motivação”, disse ao site de VEJA Nitika Pant Pai, coordenadora do estudo. "A precisão desse tipo de exame é tão alta quanto de exames de sangue."

Segundo a pesquisadora, mesmo na América no Norte a discriminação ao diagnóstico de HIV ainda é excessiva. “Tanto é que 40% dos pacientes com HIV dos EUA aparecem nos hospitais com uma infecção avançada”, diz.

 Teste caseiro — Em 2012, o Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula alimentos e remédios nos Estados Unidos, aprovou um autoteste caseiro para o diagnóstico de HIV. No exame, o paciente coleta uma amostra de sua saliva. Depois, esse indivíduo mergulha o cotonete em uma solução líquida e espera 20 minutos para o resultado do teste. No Brasil, esse teste não é aprovado. Para Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids-SP, a estratégia deveria ser testada no País. “Hoje, identificamos como principal estratégia a realização de testes nos serviços de saúde, com acolhimento e orientação”, diz.

Brasil — Durante esta semana, o Ministério da Saúde brasileiro está promovendo a Mobilização Nacional de Prevenção e Testagem de Sífilis, que tem como objetivo a promoção do diagnóstico precoce da doença, que teve 14.000 casos notificados em 2011. Até este domingo, a população de todo o país terá acesso ao teste rápido de sífilis. Esse exame é de triagem, ou seja, caso dê positivo, o paciente deve realizar outros testes em laboratórios.

O teste rápido de sífilis vem recebendo grande atenção do governo. Segundo o Ministério da Saúde, em 2011 foram distribuídos, a estados e municípios, 31.500 testes para o diagnóstico da doença. Em 2012, esse número cresceu 35 vezes: 1,1 milhão de exames.

Fonte: Veja Online

Reforço nas zonas litorâneas


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) intensificará ações de sustentabilidade nas zonas litorâneas e oceânicas do país. Degradação do solo e ocupação desordenada aparecem entre os principais problemas a serem combatidos. As medidas voltadas para a recuperação da área são encabeçadas por uma cooperação entre os governos brasileiro e espanhol, reunidos nesta quarta-feira (3), em Brasília, durante o II Seminário Internacional Brasil-Espanha: a experiência espanhola e a aplicação do SMC-Brasil no apoio à gestão da costa brasileira.

O SMC é um sistema de monitoramento costeiro, composto por modelo numérico e base de dados que permitem a construção de cenários sobre a dinâmica da linha de praia do país. O sistema produz informações importantes para o planejamento e a qualificação das tomadas de decisões destinadas ao litoral brasileiro.

De acordo com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral, o objetivo é ampliar as ações de gestão litorânea. “É preciso colocar o tema dentro de uma estratégia maior. O MMA tem todo o interesse em tratar a questão de uma maneira mais ampla”, adiantou.

A intenção é estimular medidas como o acompanhamento das mudanças na zona costeira do país e o desenvolvimento de pesquisas ligadas ao assunto. “Essas regiões estão sendo intensamente usadas para fins econômicos, desde a construção de portos até o surgimento de locais destinados a moradias”, descreveu Paulo Guilherme. “É fundamental ter ferramentas de monitoramento dessas áreas para que sejam desenvolvidas políticas públicas”, acrescentou o secretário.

Os debates do seminário tiveram foco em estudos de caso do SMC em território nacional, na formação e capacitação oferecida no país e na gestão costeira integrada. “A discussão é um grande passo na implementação do sistema de modelagem no Brasil”, avaliou o coordenador da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) no Brasil, Jesús Molina.

O Sistema de Monitoramento Costeiro (SMC) foi originalmente desenvolvido pelo governo espanhol. Em 2010, o governo federal brasileiro fechou o acordo de cooperação técnica com a Espanha que viabilizou o desenvolvimento de um sistema semelhante, adaptado à realidade brasileira, o SMC-Brasil. O investimento foi de 500 mil euros.

Fonte: MMA

Substância viscosa de peixe pode compor ‘roupa do futuro’


Uma espécie de peixe sem mandíbula e sem espinha dorsal que vive no fundo do mar há mais de 500 milhões de anos secreta uma membrana viscosa que poderá ser utilizada como o tecido da roupa do futuro.

O myxini (do grego myxa, muco), também conhecido como peixe-bruxa, é uma criatura sem nenhum glamour. Ele nada em águas muito profundas, com baixa visibilidade, sempre procurando por comida. Seu prato predileto são restos de baleias mortas.

Mas ele tem uma interessante “carta na manga”. O truque está na sua estrutura corporal, que se parece com a de uma cobra. Nas laterais, glândulas soltam uma substância viscosa abundante e altamente concentrada que, na ausência de mandíbula, serve de autodefesa.

Pesquisadores filmaram recentemente o que acontece quando um tubarão morde um myxini. Sua boca e suas guelras são rapidamente cobertas pelo muco, e imediatamente eles desistem do ataque para não morrer asfixiado.

“Eles talvez não sejam uma das criaturas mais bonitas de se trabalhar, mas eu tenho muito respeito por elas”, diz Tim Winegard, pesquisador da University de Guelph, no Canadá, que estuda as fibras encontradas no muco do peixe-bruxa.

“Esses peixes são campeões por terem sobrevivido após os dinossauros e a diversos outros processos de extinção em massa”, acrescenta Winegard.

Dinossauros foram extintos por volta de 60 milhões de anos atrás, mas um fóssil do peixe-bruxa que foi encontrado pelos cientistas – completo e com evidências de glândulas produtoras de muco – foi datado com mais de 300 milhões de anos.

Um myxini possui cerca de 100 dessas glândulas de produção de muco que estão localizadas ao longo do seu corpo. Elas dispersam uma substância leitosa, composta de substância viscosa e fibras.

Quando a substância leitosa se mistura com a água do mar, ela se expande, criando grandes quantidades de um muco translúcido, composto por fibras extremamente fortes e elásticas. Essas fibras, quando esticadas na água e, logo em seguida, secadas, se tornam sedosas.

Roupas esportivas ou coletes de proteção – As maiores espécies de myxini podem chegar a até 1,2 metro, mas a maioria chega a apenas 30 centímetros. Mesmo com o pequeno tamanho, apenas um peixe-bruxa possui centenas de quilômetros de filamentos de muco dentro de seu superprotegido corpo.

Cientistas acreditam que o muco do myxini – ou ainda outras proteínas similares a esta substância viscosa – pode ser transformado em roupas esportivas ou, ainda, em coletes de proteção contra armas.

Durante anos, cientistas têm tentado encontrar alternativas para substituir fibras sintéticas como o nylon, lycra ou o spandex, que são produzidos a partir do petróleo – uma substância de fonte não-renovável.

O muco de peixe-bruxa teria assim potencial para gerar uma fonte natural e renovável para produzir tecidos.
Mas, primeiro, os especialistas precisam descobrir como aumentar a produção do muco dos myxini. Os especialistas afirmam que esse processo seria improvável em fazendas para produção de peixes-bruxa, pois a espécie parece não se reproduzir bem em condições de cativeiro.

“Sabemos muito pouco sobre a reprodução do peixe-bruxa e ninguém até agora conseguiu gerar um único myxini em cativeiro, por mais incrível que isso pareça”, explica Douglas Fudge, que lidera o projeto de pesquisa Guelph. “Neste momento, nós literalmente não poderíamos ter fazendas para produzir peixes-bruxa da mesma forma como podemos fazer com vacas e frangos ou qualquer outro animal domesticado”.

Proteínas – Em vez disso, cientistas esperam reproduzir artificialmente as proteínas que são encontradas no muco do peixe-bruxa em laboratório.

Este é o mesmo método que os cientistas utilizaram com a seda de aranha. No entanto, por conta das fibras das proteínas da seda da aranha serem muito grandes, isso seria extremamente complexo (seria como tentar extrair as mesmas proteínas de uma cabra transgênica).

No caso do muco do peixe-bruxa, há ainda muitas qualidades similares ao da seda de aranha, mas com uma grande vantagem, afirma Fudge. As proteínas extraídas do myxine são muito menores e, em teoria, seriam mais fáceis de replicar.

Ninguém conseguiu produzir sequer um carretel com os fios extraídos da proteína do muco do peixe-bruxa, mas diversos cientistas estão trabalhando para que isso aconteça.

“Estou tentando retirar com pinças as fibras como se estivesse puxando isso pra cima”, explica a professora Atsuko Megishi, do projeto Guelph, na mesma hora em que tenta puxar o que mais se parece com a nata formada numa caneca de leite quente.

Essa “nata” com a qual os cientistas trabalham é como se fosse uma membrana muito fina formada pela proteína extraída do muco do peixe-bruxa. Quando a membrana é destruída, pequenas fibras são formadas. Assim, os cientistas conseguem as puxá-las com as pontas dos dedos.

Outros membros do projeto Guelph estão ainda tentando outro método. Eles utilizam uma bactéria geneticamente modificada que pode extrair as fibras ao longo de todo o corpo do peixe.

Se os cientistas tiverem sucesso na extração dessa nova fibra, eles poderão trabalhar com a indústria têxtil para levar novos produtos ao mercado.

Mas ainda têm o desafio de criar uma nova marca. “Peixe-bruxa – isso provavelmente assustaria os consumidores! Sem falar (no termo) substância viscosa”, brinca Tim Winegard.

Mas talvez esse antigo muco das profundezas do oceano possa ser transformado na camisa que você veste.

Fonte: G1

Empresa é multada em R$ 20 milhões por desmoronamento de píer no Rio Amazonas


O Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado do Amapá (Imap) multou em R$ 20 milhões a mineradora Anglo American, operadora do terminal portuário que desmoronou na última quinta-feira (28), no Porto de Santana, no Rio Amazonas, perto de Macapá.

Três trabalhadores morreram durante o acidente e três permanecem desaparecidos. A suspeita de que um corpo encontrado boiando no último sábado (30) fosse de um dos funcionários não localizados foi descartada pelo Corpo de Bombeiros.

As causas do acidente continuam sendo investigadas, mas o próprio Imap descartou a hipótese de que uma onda gigante, ou mesmo uma elevação da maré, tenha provocado o desmoronamento do porto, conforme chegou a ser divulgado.

Segundo o Imap, o valor da multa foi estipulado de acordo com informações de parecer elaborado por técnicos, para quem o desmoronamento do píer causou alterações graves no meio ambiente.

A multa não isenta a empresa de adotar medidas necessárias para recuperar a área afetada, conforme o diretor do Imap, Maurício Souza, disse à agência de notícias do governo amapaense.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da Anglo American informou que a empresa ainda não foi oficialmente notificada da sanção e, portanto, não iria se pronunciar sobre o assunto.

Em nota, o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra, cobrou que, esclarecidas às causas do desabamento, medidas de segurança sejam tomadas para impedir novos acidentes, inclusive em outros portos.

Fonte: Agência Brasil
quarta-feira, 3 de abril de 2013

Operação no Rio fecha lixão clandestino que enterrava resíduos em manguezal

Rio de Janeiro, 02/04/2012 – A Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente, e a Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, promovem operação conjunta para acabar com lixões clandestinos no entorno do antigo aterro controlado de Gramacho, fechado em 2012. Foto de Tânia Rêgo/ABr.

Belo Monte: consórcio nega conhecimento de exploração de mulheres perto das obras


Representante do consórcio responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, negou que a empresa tivesse conhecimento da exploração sexual de mulheres em boate localizada próxima a canteiro de obras. Mas, questionado a respeito da responsabilidade da empresa sobre o que acontece nas imediações do empreendimento, Antonio Carlos de Oliveira informou à CPI do Tráfico de Pessoas que a Norte Energia ficará atenta à segurança no entorno da usina. Oliveira participou de audiência pública na comissão, nesta terça-feira.

Especialistas criticam projeto de lei que pretende reformar a Lei Antidrogas e Fiocruz pede retirada da pauta


Representantes de organizações que atendem dependentes de drogas e de segurança pública criticaram ontem o Projeto de Lei (PL) 7663/10, de autoria do deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS). O projeto altera a legislação atual antidrogas, permitindo a internação involuntária dos dependentes químicos por até seis meses e aumenta a penalidade para traficantes. O PL foi aprovado no plenário da Câmara em regime de urgência por 344 votos a favor, 6 contrários e 6 abstenções.

Prefeitura autoriza licitação para obras de infraestrutura do Maciço do Morro da Cruz


O trabalho será feito no interior das comunidades com obras de drenagem, pavimentação e muros de contenção

Cinco comunidades do Maciço do Morro da Cruz serão beneficiadas com obras de infraestrutura nos próximos meses. O prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) e o secretário de Habitação e Saneamento da Capital, Rafael Hahne, assinaram a autorização para a licitação de obras nas comunidades da Nova Descoberta, Morro da Penitenciária, Serrinha, Alto da Caieira e Mont Serrat. A ordem de serviço para o início das obras, orçadas em R$ 8,6 milhões, deve ser liberada em até 90 dias.

As obras previstas são de terraplenagem, drenagem, pavimentação e muros de contenção, que darão continuidade ao projeto de urbanização do Maciço do Morro da Cruz, incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A previsão é de 12 meses para conclusão.

Serão construídos novos acessos e haverá investimento também no saneamento básico, com ligações de água e esgoto. “Até hoje foram feitas intervenções no entorno, de acesso até a comunidade. Agora será mexido no miolo, onde vivem as famílias”, afirmou Hahne.

Os pontos de ocupação em área de risco serão reavaliados durante as obras e, se for necessário, pessoas que vivem nessas áreas serão realocadas. Esta é a última etapa das obras do PAC no Maciço do Morro da Cruz.

Para Adalberto Machado, presidente do Conselho Comunitário do Monte Serrat, que engloba a Nova Descoberta, este trabalho é fruto das reivindicações que os moradores fazem há anos. “Se isso está acontecendo hoje é pelo nosso esforço. Sempre lutamos por melhorias na estrutura das comunidades”, afirmou. “Esperamos isso há muito temnhavam a coletiva: ao anunciar que a Prefeitura retiraria a proposição do aterro que permitira o complexo turístico na Ponta do Coral, e ao afirmar que seria mantida a limitação de construções com mais de dois andares ou superiores a 2000m² na Lagoa da Conceição até a elaboração de um novo Plano Diretor.

Fonte: Notícias do Dia

Prefeitura de Florianópolis recusa alvará para hotel na Ponta do Coral


Empreendimento de nível internacional seria construído na Beira-mar Norte

A prefeitura de Florianópolis deu parecer contrário ao empreendimento da Hantei Engenharia na Beira-mar Norte, o Hotel Marina Ponta do Coral, principalmente no tocante ao aterro. O parecer assinado pelo procurador-geral do município, Julio Cesar Marcellino Junior, concluiu que o aterro de 35 mil metros quadrados é desprovido de interesse público e de legalidade.

A posição do município encontra respaldo em igual entendimento da Delegacia do Patrimônio da União. O assunto voltou à tona quando a administração passada entrou no Patrimônio da União pedindo licença para fazer o aterro, só que com o mesmo projeto já apresentado pela Hantei. “Não vamos aceitar um projeto de aterro em área da União de empresa privada. Na época, a prefeitura misturou o público e o privado”, disse a superintendente da SPU, Isolde Espíndola. Segundo ela, se o município quiser fazer o aterro tem que fazer um projeto justificando o interesse público.

A prefeitura não confirmou a decisão, mas também não negou a informação. A secretaria municipal de Comunicação, no entanto, fez questão de dizer que o prefeito Cesar Souza Junior (PSD) não é contra o empreendimento.

Fonte: Notícias do Dia

Ecovila ajuda na regeneração da mata atlântica e garante qualidade de vida na Vargem Grande


Comunidade autossuficiente criada por adeptos do santo daime é vizinha de moradores tradicionais em bairro ao Norte de Florianópolis

A produção de 100 mil mudas da palmeira-juçara, das quais, 60% já foram espalhadas em área de 10 mil hectares, significa mais do que a regeneração da mata atlântica na Ilha. É a garantia de alimentação sadia e qualidade de vida para as futuras gerações da Ecovila Céu do Patriarca, criada em 1987 pela Associação Ambientalista Comunitária e Espiritualista São José, no corredor ecológico do morro dos Macacos, entre Vargem Grande e Rio Vermelho, Norte de Florianópolis.

A visão ecológica é a base do estatuto que regulamenta o plano diretor elaborado em 1996 pela própria comunidade daimista, hoje formada por 25 famílias, 50 adultos e 30 crianças. O ordenamento da ocupação é percebido logo no primeiro passeio pelas trilhas estreitas que levam às instalações coletivas e moradias, construídas na encosta da montanha em meio a árvores nativas e jardins multicoloridos.

O plano diretor, atualizado constantemente, define o uso da APP (Área de Preservação Permanente) em 80 hectares entre os morros de Ratones, Vargem Grande e Rio Vermelho. Como a prioridade é a preservação da mata e da água cristalina que brota e escorre pelo corredor de pedras, a intenção é comprar 100 hectares vizinhos, na divisa com o Sertão do Rio Vermelho. E preservar a maior das três nascentes, que abastece a ecovila e vizinhança, e lá embaixo formam os rios Papaquara e da Palha.

“A água é para todos”, diz a professora de artes Maria Luiza Varela, 48 anos, escolhida recentemente presidenta do conselho comunitário. São sete conselheiros, entre jovens, adultos de meia idade e anciãos, que representam os 100 associados à ACEPSJ, moradores ou não da ecovila.

Autossuficiente, a ACEPSJ banca todas as necessidades da ecovila. Tudo é feito sem o poder público, desde a abertura de acessos e instalação de redes elétrica e de água, ao sistema de saneamento básico ecológico, à conservação dos espaços de convivência ou à coleta de lixo reciclável – o orgânico vira adubo. A manutenção rotineira é feita em mutirões semanais, aos sábados, e no momento a prioridade é investir na servidão das Gralhas, acesso secundário danificado pelas chuvas.

Animais silvestres nos jardins e casas sem cercas

Também modernizado periodicamente, o regimento interno disciplina a convivência dos moradores e a aquisição do título de cessão de direito de uso, que corresponde à escritura de posse. As casas não têm cercas e, portanto, é inviável criar animais domésticos, como cães e gatos.

Outra regra seguida é manter as luzes externas apagadas para não espantar a fauna silvestre de hábitos noturnos.

As crianças, além das modernidades tecnológicas, têm a vantagem de brincar na rua em segurança, enquanto observam macacos-pregos, quatis, graxains, tatus e tamanduás-mirins. Da janela de casa elas podem ver também que aves como tucanos, aracuãs, gralhas azuis, gaviões-tesoura e gaturamos completam a dispersão natural da palmeira-juçara, de onde são extraídos o palmito e o fruto do açaí.

O convívio com a comunidade tradicional, segundo Maria Luiza, hoje é de total integração. “No início, éramos considerados estranhos, diziam que éramos ciganos e que vivíamos pelados. Hoje, nossos filhos frequentam a escola pública da Vargem e se relacionam normalmente com as demais crianças da vizinhança”, diz.

Hospedagem no meio da mata preservada

O aluguel de geodésicas, cabanas ecológicas no meio da mata, é uma das fontes de renda da Associação Comunitária Patriarcal São José.

Trata-se da House Macacos, espécie de hostel, onde o visitante pode se hospedar durante os rituais espirituais e participar na OCA (Oficina de Cultura Ambiental) de vivências integradas à natureza, inclusive dos mutirões semanais.

Na caminhada pela trilha dos Olhos d’Água, o visitante conhece casa de saúde, horto de ervas medicinais, viveiro de mudas da mata atlântica, áreas de implantação de sistemas agroflorestais, laboratórios de tinturas e repelentes e fontes de água cristalina. O passeio segue até a casa do feitio, onde é produzido o ayahuasca, o vinho da alma, ou o chá do santo daime.

O processo começa ali mesmo na mata, onde são colhidos o cipó jagube (Banisteriopsis caapi), o princípio masculino, e folhas da chacrona (Psychotria viridis), a rainha, o lado feminino da mistura. Trazidas da Amazônia, as plantas do autoconhecimento se misturam a flores e cactos São Pedro e peyotes nos jardins da Ecovila Céu do Patriarca.

Depois de amassados em de pilões de madeira, os dois vegetais são fervidos em panelões sobre fornalha a lenha. Ao esfriar, o líquido é peneirado e armazenado numa espécie de adega, onde também são realizadas cerimônias fúnebres e guardadas as cinzas dos associados mortos e cremados.

Eclética, doutrina busca harmonia

Companheiro de Maria Luiza, Tupy Jara, 52, é exemplo do sincretismo religioso que envolve o santo daime. Descendente de índios guarani, nasceu em terreiro de umbanda e na infância teve o batismo recusado em uma das paróquias de Porto Alegre. 

“Passei algum tempo revoltado com os padres. Depois que tomei o daime, vi que igreja é algo bem mais amplo, que Deus está em tudo, na natureza, principalmente”, diz. Hoje, o design gráfico e publicitário estuda kardecismo e compartilha o chá com católicos, budistas, hinduístas ou espíritas.

“O daime é uma doutrina eclética”, resume Tupy, que diz ter testemunhado a cura de um amigo portador da aids e dependente químico após tratamento em Mapiá, na Amazônia. “A cura muitas vezes é o processo doloroso pelo qual passamos”, acrescenta Maria Luiza. O pai dela se livrou de 45 anos de alcoolismo em um ano de convivência na ecovila da Vargem Grande.

Os eventos religiosos na ecovila se repetem todos os domingos, com oração a partir das 18h. nos dias 15 e 30 de cada mês ocorrem trabalhos de concentração, enquanto no dia 27 é reservado à cura dos novos, que no primeiro encontro permanecem sentados entre cinco e seis horas.

A próxima etapa consiste na participação do hinário, ingestão do chá e as danças ritmadas por três bailados – dois prá lá, dois prá cá; valsa e mazurca. Antes, porém, os novatos passam por entrevista com questões básicas sobre a saúde física e mental, e assina ficha de cadastro, onde assume a responsabilidade por eventuais efeitos colaterais do daime.

A cura que veio da floresta

O santo daime foi criado na região amazônicanas primeiras décadas do século 20 pelo agricultor e seringueiro Raimundo Irineu Serra.

Consiste em doutrina sem proselitismo com base no uso sacramental de uma bebida psicodélica, a ayahuasca.

Autoconhecimento e internalização são meios de obter sabedoria e espiritualidade. Segundo seus adeptos, a doutrina do santo daime é uma missão espiritual cristã, que encaminha ao perdão e à regeneração do ser. Os rituais são marcados por música e muita dança e cantorias. Em transe, os seguidores dançam ao som de maracás, um instrumento indígena ancestral, com acompanhamento de ciolas, flautas, bongôs e atabaques.

Descendente de escravos, mestre Irineu teve a visão de um ser espiritual superior que lhe entregou a missão de difundir o daime, palavra surgida do oratório “santo, dai-me amor; dai-me sabedoria; dai-me harmonia...”

Serviço

ACEPSJ (Associação Comunitária Patriarcal São José)
Atendimento: segunda a sexta, das14h às 18h; sábado, das 9h às 12h
Áreas de atuação
Desenvolvimento humano, educação ambiental, economia solidária, governança associativa, saúde
Oficinas
Permacultura, bioconstrução, vídeo, trilhas, sistema agroflorestal, arte educação, esportes
Valores
Igualdade, fraternidade, solidariedade, cooperação, multiculturalidade, responsabilidade socioambiental
Endereço: Servidões Nelson Leopoldo dos Santos e das Gralhas - estrada Cristóvão Machado de Campos, Vargem Grande
House macacos: R$ 35, pernoite e café da manhã
Fone: 48-3269-5514
www.acepsj.org.br
secretaria@acepsj.org.br

Fonte: Notícias do Dia

EUA abre investigação por vazamento de petróleo da ExxonMobil

O estado do Arkansas, no sul dos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (2) a abertura de uma investigação sobre o escapamento de milhares de barris de petróleo da companhia ExxonMobil, que forçou a evacuação de 22 casas e o fechamento de um oleoduto.

O escapamento provém da ruptura, na sexta-feira, de um trecho do oleoduto Pegasos, de 60 anos, que transporta petróleo canadense do Illinois (norte) até as refinarias do Texas (sul), perto do povoado de Mayflower, de 1,7 mil habitantes e situado ao norte de Little Rock.

O grupo petroleiro recuperou “cerca de 12 mil barris de água e petróleo”, informou nesta terça-feira em um comunicado, e empregou 330 pessoas para limpar o local.

As imagens do petróleo espesso e negro inundando uma rua residencial em Mayflower renovou as preocupações sobre o petróleo nas areias de alcatrão, que segundo ecologistas é mais difícil de limpar porque submergem no fundo dos rios ao invés de flutuar na superfície.

Moradora da região, Amber Bartlett, que estava entre os evacuados após o escapamento de sexta-feira, contou à CNN que uma rua sem saída de seu bairro “estava coberta (…) só com petróleo. Parecia um rio derramado na rua”, afirmou.

O vazamento acontece semanas antes de uma audiência pública que se anuncia áspera sobre o polêmico projeto do oleoduto Keystone XL, uma iniciativa de US$ 5,3 bilhões para levar o petróleo de areias de alcatrão canadense até as refinarias do Texas.

O procurador-geral do Arkansas, Dustin McDaniel, enviou uma carta à ExxonMobil instruindo a gigante do petróleo a conservar todos os documentos relacionados com o vazamento e os trabalhos de limpeza antes de "futuros litígios". "O incidente causou danos a propriedades privadas e recursos naturais do Arkansas", afirmou McDaniel em um comunicado. 

Fonte: Terra

Brasileiros desenvolvem método ’simples’ para detectar hepatite C



Um novo método para detectar hepatite C, considerado mais fácil e que não necessita de ferramentas hospitalares complexas, foi desenvolvido por cientistas brasileiros do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

De acordo com a instituição, a técnica necessita apenas de algumas gotas de sangue, ao menos três, e um papel filtro para coletar a amostra. Com isso, será possível definir se uma pessoa tem anticorpos contra o vírus da hepatite C e fica dispensada a necessidade de agulha, seringa e refrigeração da amostra de sangue, material exigido pela metodologia atual.

O desenvolvimento do novo método foi responsabilidade da pesquisadora Lívia Villar, do Laboratório de Hepatites Virais. Segundo ela, foram aproveitadas técnicas e materiais já utilizados na rede pública de saúde para criar uma forma “mais barata e simples” de detecção de anticorpos contra o vírus.

Na técnica, a amostra de sangue seco passa por um processo de diluição para que o sangue seja retirado do papel de filtro e submetido à análise. Ela permite a detecção simultânea de anticorpos e antígenos, que reduz o período de janela imunológica do testes. As amostras podem ser enviadas pelos Correios e ficar armazenadas por até 15 dias em temperatura ambiente, sem queda na qualidade dos resultados.

A estratégia foi elaborada no ano passado e aplicada inicialmente para o diagnóstico da hepatite B. No entanto, foi adaptada também para analisar a hepatite C. O estudo foi publicado no fim de 2012 no periódico científico “Journal of Medical Virology” e foi apontado como um método que tem sensibilidade e especificidade acima de 90%, o que é considerado bom para testes imunoenzimáticos.

A hepatite C é uma doença crônica, de evolução lenta e silenciosa, que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. A maior parte dos casos da doença ocorre por contaminação do sangue em transfusões realizadas antes de 1993, mas a transmissão acontece ainda por meio de objetos contaminados com sangue, como instrumentos de manicure, em procedimentos odontológicos, realização de tatuagens e colocação de piercings.

Em 28 de julho será celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

Fonte: G1

ONG denuncia grave poluição por excesso de fertilizantes na China


As centenas de milhões de toneladas de lixo produzido pela indústria de fertilizantes fosfatados ocasionaram graves contaminações em diversas regiões da China, afirmou a organização não-governamental (ONG) Greenpeace nesta terça-feira (2).

Desde 2001, a China duplicou sua capacidade de fabricação de fertilizantes fosfatados, convertendo-se no líder mundial desse setor, com 40% da produção em nível planetário.

O país sofre atualmente com um excesso de capacidade, segundo a ONG de proteção ao meio ambiente. No entanto, esta indústria gera um subproduto muito poluente, o fosfogesso, do qual são encontradas grandes quantidades armazenadas de forma ilegal e perigosa. “É uma bomba-relógio”, denunciou a ONG em um relatório.

“A China já acumulou ao menos 300 milhões de toneladas de fosfogesso, ou seja, ao menos 200 kg por habitante. E o pior é que o fosfato de gesso contém uma gama de substâncias altamente nocivas”, declarou Lang Xiyu, um dos pesquisadores.

A ONG divulgou fotos e vídeos que mostram a existência de gigantescos depósitos ao ar livre deste subproduto (que cobre, por exemplo, 33 hectares na província de Sichuan), a pouca distância de um rio e de zonas habitadas e, segundo o Greenpeace, em violação flagrante das leis vigentes.

Análises de amostras tiradas no local revelaram a presença de arsênico, cádmio, cromo, mercúrio e outros metais pesados extremadamente nocivos.

Fonte: Globo Natureza

Montanhas de resíduos tóxicos criam cidades fantasmas na China



Vários povoados construídos para as vítimas do terremoto de Wenchuan, de 2008, estão vazios porque ninguém quer viver neles por ficarem perto de montanhas de fosfogesso, um resíduo altamente contaminante, denunciou nesta terça-feira (2) um estudo publicado pelo Greenpeace.

Segundo Lang Xiyu, um especialista chinês da organização meio ambiental, muitos moradores que perderam seus lares no terremoto de cinco anos atrás rejeitaram as novas residências dadas pelas autoridades em um lugar ao lado de montanhas de resíduos às vezes de maior tamanho que a própria cidade reconstruída.

Os que vivem perto desses resíduos da produção de fosfatos utilizados como fertilizantes denunciam que “sentem dor” ao beber a água das cercanias e notam uma piora generalizada de sua saúde, segundo disseram em um documentário também apresentado nesta terça-feira pela ONG.

Os “povoados fantasma” – há pelo menos oito núcleos residenciais vazios – são apenas a ponta do iceberg do que, segundo Lang, é “uma indústria de fosfato inchada, que produz mais fertilizantes do que o necessário e que acumulou 300 milhões de toneladas de fosfogesso, o equivalente a 200 kg por cada cidadão chinês”.

A China é a maior fabricante mundial de fosfato, utilizado principalmente como fertilizante e que causou problemas ambientais especialmente no sul do país, segundo estudo do Greenpeace elaborado após meses de trabalho de campo em 2012.

Sichuan, a província na qual 90 mil pessoas morreram em um dos piores terremotos da história, o ocorrido em março de 2008, é também a zona mais afetada por esta contaminação, um caso a mais em um país que sofre uma grave degradação meio ambiental por sua rápida e em algumas ocasiões descontrolada industrialização.

O relatório do Greenpeace se concentrou no estudo de cidades da província afetadas por esta contaminação, porque Sichuan é uma das principais produtoras de fosfato, embora esta indústria esteja representada em todo o país, estendendo também o problema de seus resíduos.

Lang afirmou à Agência EFE que, por enquanto, o relatório se centrou nos danos ao meio ambiente, por isso não há ainda estudos médicos que demonstrem uma relação direta entre os resíduos e os casos de doenças, como o câncer, nas zonas afetadas, mas declarou que se trata de material tóxico suscetível de ser muito prejudicial à saúde.

“Nove amostras revelaram a presença de metais pesados como arsênico, cádmio, cromo e mercúrio”, explicou o especialista, que denunciou que muitas empresas descumprem as leis chinesas que proíbem depositar estes resíduos a menos de 800 metros de áreas residenciais.

“Em alguns casos só há dezenas de metros de distância, sem cerca protetora alguma”, afirmou, evidenciando que em alguns casos a montanha de resíduos está às margens de rios que abastecem de água centenas de povoados.

Fonte: Terra
terça-feira, 2 de abril de 2013

Anvisa autoriza venda de alimentos e bebidas em farmácias


Resolução desburocratiza a comercialização de produtos que não estão relacionados à saúde em varejistas farmacêuticos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que as farmácias possam, a partir de agora, vender os chamados itens de conveniência, como alimentos e bebidas sem álcool (água, sucos e refrigerantes). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

Em 2009, a Anvisa tentou proibir que farmácias comercializassem produtos que não estivessem relacionados à saúde, para o pânico das varejistas farmacêuticas, que consideram tais produtos grandes fontes de receita. As associações de empresários do ramo entraram na Justiça contra a decisão da agência e, em maio de 2010, conseguiram parecer favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso. Contudo, apenas nesta segunda-feira a nova resolução foi publicada pela Anvisa.

Quando houve a decisão do STF, a agência passou a autorizar a venda de itens de conveniência desde que os proprietários informassem, no momento do registro de cada estabelecimento, quais seriam os serviços e produtos oferecidos. Agora, a venda está liberada, independentemente de qualquer informação no registro.

As atividades que podem ser exercidas em farmácias e drogarias, a partir de agora, segundo a Anvisa, são: venda de medicamentos sujeitos e não sujeitos a controle especial; manipulação de produtos oficinais (aqueles fabricados em laboratório e vendidos prontos); manipulação de produtos magistrais (aqueles preparados na farmácia); prestação de serviços farmacêuticos; comércio de cosméticos, de perfumes, de produtos de higiene, de correlatos, de alimentos e de plantas medicinais.

Fonte: Veja Online

Lei Carolina Dieckmann entra em vigor nesta terça-feira



A partir de hoje, invasão de computadores e outros dispositivos eletrônicos pode render pena de até dois anos de reclusão e multa

A lei que tipifica crimes cometidos através de meios eletrônicos e da internet, apelidada de Lei Carolina  Dieckmann, entra em vigor nesta terça-feira. A norma, cuja identificação oficial é 12.737, foi aprovada em dezembro de 2012 em caráter emergencial, após o vazamento de mais de 30 fotos digitais nas quais a atriz aparece nua. O episódio foi fruto de uma invasão ao computador pessoal de Carolina ocorrida em maio daquele ano. O texto da lei estabelece que pessoas que violem senhas ou obtenham dados privados e comerciais sem consentimento do proprietário sejam punidas com penas que variam de três meses a dois anos de prisão, além do pagamento de multa.

 A nova legislação, que ganhou força com o nome da artista, abre um precedente no Código Penal Brasileiro: é a primeira a conter artigos que tratam especificamente de crimes eletrônicos. De acordo com Leandro Bissoli, especialista em direito digital do escritório Patricia Peck Pinheiro, a Justiça tenta aprovar regras parecidas há mais de 12 anos, mas sem sucesso. "A lei 12.737 chega atrasada e sem uma redação excepcional, mas é a primeira do gênero a ser aprovada. Com ela, preenchemos uma lacuna no nosso Código Penal."

O artigo 154 do texto estabelece que o acesso ilegal a qualquer dispositivo protegido por senha, seja ele um smartphone, tablet ou computador, com fins de obtenção ou destruição de dados, é crime com pena que pode variar de três meses a um ano de reclusão – punição pode ser convertida em trabalho comunitário –, além do pagamento de multa. Caso o delito resulte na obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas ou controle remoto não autorizado do dispositivo invadido, a pena pode evoluir para seis meses ou dois anos de reclusão. A legislação ainda prevê ampliação de penas para ataques feitos aos ocupantes de cargos públicos, como presidente, governadores e prefeitos.

Bissoli afirma que o artigo abre margem para diversas interpretações, e pode atingir qualquer um com acesso aos eletrônicos de outras pessoas. "Ele também é válido para diversas situações casuais. Por exemplo, se você acessar o computador da sua namorada protegido por senha e sem o seu consentimento, estará comentando um crime", explica. "No caso de um hacker curioso, apenas o ato de acessar um servidor protegido já pode causar problemas. Isso também afeta os especialistas que procuram vulnerabilidades em sistemas alheios para ajudar os administradores na resolução de falhas."

Uma das curiosidades da lei 12.737 é que ela só cobre os dispositivos protegidos por mecanismos de segurança. Acessos feitos a partir de redes sem fio abertas, assim como a aparelhos sem senhas de proteção, não serão identificados como violações dos artigos. "Se a rede já está aberta, o acesso não tem a característica de invasão", explica o especialista, ao lembrar que o mesmo vale para tablets e smartphones sem tela de bloqueio – interface que impede outras pessoas de acessarem dados como agendas de contatos e aplicativos.

Para José Antonio Milagre, advogado e especialista em crimes digitais da consultoria LegalTech, a Lei Carolina Dieckmann chega em boa hora, mas não será suficiente para barrar os profissionais das fraudes e invasões na internet. "As pessoas vão pensar antes de cometer alguma infração, mas essa lei não vai resolver o problema do cibercrime no Brasil", afirma. "Nosso maior desafio está na investigação. Para fazer com que essa lei funcione, é necessário ter uma polícia preparada para chegar aos responsáveis pelos crimes sérios."

Cartões – O artigo 298 da Lei Carolina Dieckmann aponta que os cartões de crédito e débito passam a ser considerados documentos particulares, alcançado o mesmo status do RG e do CPF. "Com isso, é esperada uma redução de clonagem de cartões, tanto no mundo virtual quanto no real", afirma Milagre.

Fonte: Veja Online

Presidente chinês corta mimos e luxo para acabar com corrupção

CHINA: novo presidente fala contra “vadiagem e roubo” dentro do governo e adota medidas contra abusos — até para o Exército. Outros já fizeram isso antes e os resultados foram modestos

Como sempre, em se tratando da China, o puxão de orelhas começou com uma metáfora: “As coisas precisam apodrecer muito até crescerem os insetos”, advertiu a quadros importantes do Partido Comunista Chinês o presidente Xi Jinping.

Ele estava prestes a tomar posse – o que ocorreu no dia 13 passado –, mas já era o chefão do PC chinês e o mando efetivo passara do então presidente Hu Jintao a suas mãos.

Xi falou sobre um câncer que corrói o gigante chinês: a corrupção.

Sua fala foi pouquíssimo divulgada fora da China, e achei interessante trazê-la aos leitores do blog.

O presidente, falando agora uma linguagem dura e clara, recordou que, ao longo dos séculos e milênios da existência do país, dinastias caíram “quando sua diligência e austeridade” transformaram-se em “vadiagem e roubo”.

A seguir, vieram providências: medidas de austeridade que não pouparam nem um ícone do comunismo chinês – o Exército Popular de Libertação, que mantém o nome que carregou durante os quase 20 anos que durou a Guerra Civil que levou Mao Tsé-tung e o Partido ao poder, em 1949.

Ao Exército e à cúpula do Partido Comunista e do governo estão vedados os banquetes de luxo, drinques antes ou durante as reuniões, tapetes vermelhos, custosos arranjos florais e apresentação de artistas em grandes eventos. Pede-se – o que, na China, significa uma ordem – que se restrinja o uso de sirenes nos carros oficiais.

Está cortada também a farta distribuição de presentes em eventos comemorativos, bem como limitadas as viagens ao estrangeiro e o tamanho das comitivas, que teoricamente não mais poderão hospedar-se em hotéis de luxo, como fez a delegação do Brasil que foi à posse do papa Francisco, em Roma.

Funcionários só poderão participar de seminários e outros eventos no exterior desde que aprovados pela Comissão Militar Central – espécie de co-governo da China, comandado também por Xi Jiping.

Xi, ele próprio, desde que foi alçado à cúpula do PC, em novembro do ano passado, vem procurando dar exemplo.

Em uma visita à gigantesca Shenzhen, 11 milhões de habitantes, na costa oriental, por exemplo, surpreendeu moradores ao caminhar pelas ruas acompanhado de poucos seguranças. Em seus deslocamentos pela cidade, sua comitiva não ordenou o bloqueio de ruas e avenidas nem estava acompanhada, como reza a tradição do país para os manda-chuvas, por dezenas de carros de polícia e batedores de motocicleta.

Numa visita recente a um quartel, sentou-se à mesa e comeu do mesmo “rancho” dos soldados.

Essas atitudes de combate à corrupção e aos gastos desnecessários, bem como de aproximação com os cidadãos comuns, já vinha sendo desenvolvida desde a presidência de Jiang Zemin (1993-2003) e seu sucessor e predecessor de Xi, Hu Jintao. Os resultados foram modestos.

Fonte: Veja Online

Sem estrutura, 21% dos parques estão fechados


Um levantamento em quase cem parques nacionais, estaduais e municipais do País revela que 80% não têm receita gerada por visitação e 21% nem sequer recebem turistas. O estudo, do Instituto Semeia, avaliou o uso público destas e de outras unidades de conservação (UCs) abertas ao turismo a partir de questionários enviados a 443 gestores.

O relatório, em versão preliminar, mostrou ainda que mais da metade dos parques (58%) recebe menos de 50 mil visitas por ano. Em outros tipos de UCs abertos ao público, como Florestas Nacionais e Áreas de Proteção Ambiental, o aproveitamento é ainda menor: 88% não têm receita de turismo e 44% não recebem visitantes.

"Não foi uma surpresa, esperávamos resultado semelhante", admite Ana Luisa Da Riva, diretora executiva do instituto. "Abrir os parques para o turismo significa gasto, então o governo prefere mantê-los fechados."

Segundo ela, uma das explicações para o baixo índice de visitação em UCs, especialmente nos parques, é a estrutura precária para receber o público. "O perfil do visitante atual é o ecoturista, que vai muito mais por aventura. Não há infraestrutura para receber famílias e pessoas comuns", afirma Riva. "Em muito locais não há nem mesmo serviço para atender os visitantes. Ainda há o problema da falta de planejamento. No Parque Estadual de Ilhabela, por exemplo, ainda não há plano de manejo, o que compromete o potencial de uso público."

O relatório aponta que dois terços dos gestores das 200 unidades de conservação analisadas se mostram abertos a parcerias para ajudar na conservação e fomentar o desenvolvimento econômico da região onde estão inseridas as UCs. "É fundamental engajar os gestores, que trabalham com poucos recursos e equipe reduzida para fazer a conservação. Eles enxergam a abertura dos parques como uma coisa positiva", afirma Riva.

Entre as 1.649 unidades existentes no País, pouco mais de mil pertencem a órgãos públicos. A proposta do Instituto Semeia é de promover a integração do setor privado na gestão de UCs. "Os recursos públicos não serão capazes de cumprir as metas estabelecidas de conservação", diz Ana Luisa Da Riva. "O setor privado está de ouvido aberto, mas é um mercado muito novo. O conceito de parceria para conservação como fim principal, e não o turismo, ainda carece de garantias e regulamentações por parte do governo."

Nesta perspectiva, o governo serviria como regulador e operador das unidades de conservação, cabendo às empresas privadas apenas gerenciar os serviços. O modelo segue o que já ocorre em outros setores como saúde, educação e até mesmo administração de presídio. O turismo é apenas um dos aproveitamentos possíveis - um exemplo prático de uso alternativo ocorre na Costa Rica, onde existem centros universitários funcionando no interior de parques.

Crescimento. Dos 69 parques nacionais, 26 estão abertos ao turismo e são administrados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), criado em 2007 para diversificar as atividades de ecoturismo e recreação locais.

Os exemplos de gestão compartilhada mais bem-sucedidos ocorrem no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e no Parque Nacional da Tijuca, no Rio, que autorizaram a diversas empresas a concessão de exploração de serviços e turismo.

A estrutura adequada, aliada ao grande apelo de seus atrativos naturais, se traduz nos números. Com 1.5 milhão e 2,5 milhões de visitantes, respectivamente, Iguaçu e Tijuca foram responsáveis por cerca de 90% do total de visitações em parques nacionais no País em 2012.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Anvisa deve manter a venda da sibutramina


Segundo agência, depois de dois anos sendo controlado, emagrecedor não apresentou efeitos adversos inadequados ou abuso de prescrição

A sibutramina, medicamento inibidor de apetite indicado para o tratamento da obesidade, deve continuar no mercado. Relatório da equipe técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluído nesta semana mostra que o número de efeitos adversos está dentro do limite considerado adequado e não houve abuso da prescrição — resultados que não justificariam a suspensão da comercialização do produto. O documento deverá ser votado pela diretoria colegiada da Anvisa na próxima semana.

"“É pouco provável que as regras de controle sejam alteradas. Devemos seguir o relatório"”, afirmou nesta terça-feira o presidente da agência, Dirceu Barbano.Desde dezembro de 2011, quando a Anvisa suspendeu as vendas de anfetaminas, a sibutramina tem regras mais rígidas para prescrição. Os efeitos colaterais também passaram a ser acompanhados.

A mudança é reflexo de uma longa discussão, iniciada em fevereiro de 2011. Quando a análise começou a ser feita, o cancelamento do registro da sibutramina também foi cogitado. Defensores da proibição usavam como argumento resultados de um estudo, encomendado pela agência europeia de vigilância, que indicava aumento de 16% no risco de enfarte entre pessoas que tomaram o medicamento.

Controle — A Anvisa decidiu manter o produto no mercado, mas sob controle mais rígido. Ficou determinado que a sibutramina somente poderia ser vendida se o paciente fosse informado pelos médicos sobre riscos e contraindicações. Um termo de esclarecimento, assinado pelo paciente e pelo médico, passou a ser exigido. Uma das vias tem de ser entregue com receita médica. A validade da receita, que antes era de 60 dias, foi reduzida para um mês. Também foi determinado que a sibutramina ficaria sob monitoramento durante um ano. É o resultado desse monitoramento que a Anvisa agora vai avaliar.

Barbano afirma que, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012, o número de notificações de efeitos colaterais passou de dois para cinco ao mês. Apesar do aumento de 150%, técnicos da Anvisa avaliam ter havido uma queda proporcional. Os números, afirma, não podem ser considerados sem uma contextualização. "“A vigilância aumentou. Casos que antes passariam sem ser notados agora são registrados"”, afirmou. O número de prescrições também cresceu no período. Elas passaram de 150 mil mensais para cerca de 180 mil. "“Um aumento de 15%, mas que também tem de ser avaliado de forma relativa, uma vez que as receitas agora têm validade de um mês."”

Consumo — Segundo Barbano, embora o número de prescrições tenha aumentado, o consumo do produto teve variação pouco significativa. Algo que, em sua avaliação, demonstra que médicos que receitavam anfetamina não passaram automaticamente a indicar a sibutramina. “"Ao que tudo indica, essas limitações estão sendo respeitadas".” Outro fator que deve contribuir para a manutenção do remédio no mercado é que nenhum dos efeitos adversos relatados foi considerado grave.

O monitoramento do remédio deverá ser mantido indefinidamente. "“Nada impede, no entanto, que no futuro as regras sejam mudadas"”, diz Barbano. Ele não descartou a possibilidade de que o prazo da receita médica possa ser ampliado. “Tudo isso dependerá de discussão.”"

O diretor da Anvisa afirmou que a decisão de manter a sibutramina no mercado provocou questionamentos de agências no exterior. "“Sempre de forma respeitosa, queriam saber porque decidimos manter o remédio.” Os dados sobre a conclusão do monitoramento foram apresentados nesta terça, durante uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados. Está em análise no Congresso um projeto para retornar a venda de emagrecedores derivados de anfetamina no País. “Esta é uma decisão autônoma do Congresso.”"

Fonte: Veja Online

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