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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Há risco de se pegar ebola no avião?

Pessoas que viajaram em um avião junto com uma enfermeira americana antes dela apresentar sintomas de ebola estão sendo buscados por autoridades de saúde para verificar a possibilidade de um novo contágio.


Mas quais são as chances de se pegar o vírus de outro passageiro? – A epidemia de ebola vem deixando quem viaja de avião apreensivo. Uma mulher foi fotografada em um aeroporto em Washington usando uma roupa de proteção.

Passageiros com lenços umedecidos e máscaras no rosto também são vistas com frequência.

De certa forma, é fácil compreender por que o medo se alastra. Aviões são espaços fechados. Um passageiro toca em bandejas, braços de poltronas, travesseiros e telas de TV que foram manuseadas por centenas de outras pessoas.

Amber Vinson, a segunda pessoa a ser infectada nos Estados Unidos, viajava de Cleveland, em Ohio, para Dallas, no Texas em um voo da Frontier Airlines.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) disse querer entrevistar os outros 132 passageiros.

Mas, segundo William Schaffner, um especialista em doenças infecciosas da escola de Medicina da Universidade Vanderbilt University, diz que há pouquíssimo risco de contágio.

“Sei que eles estão preocupados, mas o risco é praticamente zero”, ele afirma.

O CDC também esclarece que o risco para qualquer pessoa que esteve próxima da enfermeira americana naquele voo era “extremamente baixo”.

Transmissão - Isso porque o vírus não é transmitido pelo ar, como uma gripe. Por isso não haveria problema em respirar o mesmo ar que um paciente com ebola.

E é extremamente improvável que alguém pegaria ebola de um braço de poltrona, tela de TV ou bandeja, diz Schaffner.

Na verdade, o ebola se espalha com o contato direto com fluidos corporais de um paciente, como sangue, vômito, saliva ou fezes.

O vírus pode entrar no organismo por meio de feridas na pele ou mucosas dos olhos, nariz ou boca.

O vírus “age agressivamente no corpo, mas começa a morrer assim que chega a superfícies inanimadas”, diz Schaffner.

Segundo Peter Hotez, reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical da Universidade Baylor, nestas superfícies, o vírus não resiste “por mais do que alguns minutos, a não ser que haja algum sangue ou secreção visível”.

As regras do CDC para lidar com o ebola dizem que um carpete ou a proteção de um assento que fique sujo de sangue ou fluidos corporais devem ser descartados da mesma forma como ocorre com materiais usados em hospitais.

O vírus tem mais chances de resistir em uma superfície molhada do que em uma seca, explica Arnold Monto, professor de epidemiologia da Universidade de Michigan.

Mas alguém que sente, por exemplo, em um assento de avião anteriormente ocupado por um paciente com ebola não teria motivo para preocupar-se.

Até mesmo compartilhar um braço de uma poltrona com um paciente infectado também não é uma razão de preocupação.

“O suor é uma forma bem ineficiente de transmitir ebola”, afirma Monto.

Além disso, o vírus não é muito transmissível até que seus sintomas estejam aparentes e o paciente esteja de fato doente.

Apesar da enfermeira americana estar com uma febre de 37,5ºC antes de voar, aparentemente a doença ainda estava em seu estágio inicial.

Quando há um maior de transmissão, a pessoa sente-se bastante mal e tem muita febre, o que a impediria de embarcar em um voo.

Ainda assim, alguém que estivesse no mesmo voo que um paciente com ebola só deveria temer por sua saúde se entrasse em contato com o vômito ou sangue desta pessoa.

“Se isso ocorresse, seria hora de parar o avião ou pousá-lo”, afirma Schaffner.

Motivo de preocupação – Seria motivo de preocupação, explica Monto, se alguém tivesse que cuidar ou limpar os fluídos do paciente sentado próximo.

Normalmente, aqueles que contraem ebola tendem a ser quem cuida de um doente.

Mas Schaffner destaca que esta possibilidade é rara: “Para ser infectado, a pessoa precisa ter um contato próximo com o paciente”.

A tripulação segue regras do CDC que recomendam que certas precauções quando um passageiro fica doente durante um voo.

Isso inclui manter a pessoa isolada de outros passageiros o quanto for possível e usar luvas e máscaras à prova d’água antes de entrar em contato com quaisquer fluidos corporais.

Desinfetantes devem ser usados para limpar superfícies contaminadas.

Segundo Monto, aeronaves têm um bom histórico no controle de contágios.

No mais recente surto de gripe aviária, houve poucas infecções relacionadas a voos, apesar deste vírus se espalhar pelo ar.

“Dado o grande número de casos na Ásia, isto ocorreu com pouca frequência”, ele afirma.

O CDC recomenda que qualquer pessoa que tenha sido exposta ao ebola notifique seu empregador imediatamente, monitore sua saúde por 21 dias e fique atenta ao surgimento de sintomas.

Estes sintomas incluem febre de 38,6°C ou mais, fortes dores de cabeça, dor de estômago, vômito, dor muscular, diarreia e sangramentos.

No entanto, Schaffner diz que a maior ameaça não está no contágio em aviões, mas que o medo se espalhe descontroladamente entre viajantes. 

Fonte: G1

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