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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Empresa canadense desenvolve método que gera combustível livre de carbono

Engenheiros de uma empresa canadense desenvolveram uma tecnologia viável e rentável para capturar dióxido de carbono liberado no ar, transformá-lo em novos combustíveis limpos e contribuir para a redução de emissões contaminantes.


O trabalho, publicado nesta quinta-feira na revista “Joule”, não se destaca pela tecnologia de captura direta de ar, já experimentada, mas pela implementação bem-sucedida de uma fábrica piloto de trabalho em escala e rentável.


De fato, as instalações da empresa Carbon Engineering na província canadense de Colúmbia Britânica já estão capturando dióxido de carbono atmosférico e gerando combustíveis a partir dele que podem ser usados para descarbonizar o setor do transporte.

O fundador e chefe científico da companhia, David Keith, e seus colegas realizaram uma análise completa do processo e estimam que fazer uma captura direta de ar em grande escala significativa pode custar de US$ 94 a US$ 232 por tonelada de dióxido de carbono extraído.

Este cálculo contrasta com as estimativas de até US$ 1 mil por tonelada obtida em análise teórica.

Além disso, estes especialistas acreditam que é o suficientemente baixo para começar a pensar na captura direta de ar como método viável e rentável para lidar com as emissões de carbono resultante do setor do transporte, que supõem aproximadamente 20% do total.

“Fabricar combustíveis que são fáceis de armazenar e transportar alivia o desafio de integrar as energias renováveis no sistema energético”, sustenta Keith, também professor de física aplicada e políticas públicas na Universidade de Harvard (EUA)

A tecnologia de captura direta funciona da seguinte maneira: ventiladores gigantes atraem o ar para uma solução aquosa que detecta e apanha o dióxido de carbono, o que graças ao calor e outras reações químicas fica pronto para ser transformado em combustível ou armazenado.

Os combustíveis resultantes, incluída gasolina, diesel e o usado pelos aviões, são compatíveis com os sistemas de distribuição existente e a infraestrutura de transporte.

O dióxido de carbono liberado na atmosfera durante séculos de emissões não controladas é uma matéria-prima praticamente ilimitada com potencial para ser transformada em novos combustíveis, como assegura Steve Oldham, diretor-executivo de Carbon Engineering.

“Não vamos ficar sem ar em breve”, ressalta Oldham.

Uma vez provado que os custos são razoáveis usando equipamentos industriais padrão, o seguinte passo para a companhia é avançar para a instalação de plantas capazes de produzir 2 mil barris de combustíveis por dia.

De acordo com Keith, “embora a captura de ar não seja uma solução mágica e nem barata”, é uma tecnologia viável “para produzir combustíveis neutros em carbono no futuro imediato e eliminar carbono a longo prazo”.

Fonte: Meio Ambiente Rio

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