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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Obama tranquiliza americanos sobre risco de ebola nos Estados Unidos

O presidente Barack Obama enfatizou, na tarde desta terça-feira (28), a importância da ajuda americana no combate ao ebola na África Ocidental e tranquilizou a população sobre a eficácia das políticas de monitoramento contra a doença no país.


Em pronunciamento à imprensa, ele agradeceu a dedicação dos militares americanos que têm trabalhado em contruir uma infraestrutura adequada para ajudar as autoridades de saúde no tratamento das vítimas do ebola nos países afetados pela epidemia. Também agradeceu os profissionais da saúde americanos que estão partindo voluntariamente para esses países para ajudar no combate à doença.

“Temos que ficar vigilantes aqui até conseguirmos frear essa epidemia em sua fonte”, disse o presidente, acrescentando que nenhuma outra nação está fazendo mais para combater o ebola do que os Estados Unidos.

Obama afirmou que vai continuar estimulando a atuação de americanos na epidemia e que, se o país não propiciar uma ajuda robusta à África Ocidental, estará colocando em risco a própria população americana, ao aumentar o risco de a doença se espalhar pelo mundo. “Essa doença pode ser contida. Ela será derrotada”, disse. “Os Estados Unidos não são definidos pelo medo. Nós não somos assim.”

Ele observou que as políticas de quarentena do governo não devem desencorajar o trabalho dos voluntários dispostos a irem para a África Ocidental.

Novas políticas de monitoramento – Durante seu pronunciamento, Obama assegurou que as novas políticas de monitoramento de pessoas com potencial risco de ebola – definidas pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) nesta segunda-feira (27) – são eficazes. O documento define quais situações podem ser consideradas como de “alto risco”, “algum risco” e “baixo risco” para a doença e indica qual deve ser o procedimento adotado em cada um dos casos.

As regras definem os profissionais de saúde que trabalharam na epidemia de ebola, em retorno aos EUA, como pessoas de “baixo risco” para a doença. Para essa categoria, recomenda-se monitoramento ativo da temperatura e do estado de saúde do profissional, mas não o isolamento.

Os estados de Nova York e Nova Jersey anunciaram, nesta sexta-feira (24), políticas mais rígidas para lidar com esses casos, estabelecendo que esses profissionais, ao retornarem para os EUA, devem passar por um período de quarentena. A decisão recebeu críticas da Casa Branca, que afirmou que as medidas mais rígidas podem desestimular a ida de profissionais americanos à África Ocidental.

Esta foi a primeira vez que Obama se pronunciou depois do anúncio das medidas mais restritivas por parte desses dois estados. Ele afirmou que as autoridades americanas devem ser guiadas pela ciência e não pelo medo.

Enfermeiras curadas – O presidente lembrou que apenas duas pessoas contraíram ebola nos Estados Unidos: as enfermeiras de Dallas Nina Pham e Amber Vinson. As duas foram curadas e já tiveram alta. Elas participaram do tratamento do liberiano Thomas Eric Duncan, que foi diagnosticado com ebola no final de setembro nos Estados Unidos e morreu.

Na semana passada, Obama encontrou-se com Nina Pham e, nesta terça-feira (28), telefonou para Amber Vinson, que teve alta hoje do Hospital Universitário de Emory, em Atlanta. “Dos sete americanos tratados por ebola, todos sobreviveram. O único que ainda está recebendo tratamento é Craig Spencer”, disse Obama. “Nossos pensamentos e preces estão com ele.”

Obama disse que, nesta quarta-feira (29), vai ter um encontro com profissionais que participaram do combate à ebola na África e com pessoas que estão de partida para fazerem esse trabalho. 

Fonte: G1

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