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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Alunos da UniSociesc de Joinville criam barco de garrafas pet movido a energia solar

Embarcação tem autonomia para navegar por uma hora e transportar até dois passageiros


Se tamanho, aparência e potência fossem garantias de boa navegação, o Titanic não estaria no fundo do mar. Prova disso vem de um barquinho montado com cola, sucata e tesoura, que ganhou formas na imaginação de um grupo de universitários e já desliza sobre as águas calmas da Vigorelli, em Joinville.

Não existe outra embarcação igual nas águas da região: além de flutuar numa base de garrafas pet, o barco dispensa combustíveis porque é movido a energia solar. Bastam cinco ou seis horas debaixo do Sol, alimentando uma única bateria, para que ele navegue por pelo menos uma hora com até dois passageiros.

Seus tripulantes são estudantes do curso de engenharia elétrica da UniSociesc, responsáveis por desenvolver o barquinho a partir de um projeto de iniciação científica da instituição. Com a ajuda de professores, dois alunos bolsistas dedicaram cerca de um ano ao protótipo até levá-lo à Vigorelli para uma viagem inaugural nesta quarta-feira, auxiliados por outro colega de curso.

— Nosso desafio era conseguir fazer, a partir do material reciclável, uma embarcação que navegasse. Usamos princípios da física e conceitos de sustentabilidade e ecologia — explica o professor Carlos Roberto da Silva Filho, coordenador do curso.

As garrafas de refrigerante não amassam, como aconteceria normalmente, porque foram preenchidas com gelo seco e ficaram mais firmes quando o gelo voltou ao estado gasoso. Já a propulsão se dá por um motor elétrico de embarcações pequenas, que recebe a energia armazenada numa bateria de carro a partir dos painéis solares instalados na dianteira do barco.

Contra a maré, o protótipo não passa dos 5 km/h, mas a velocidade duplica se estiver a favor. O estudante Gustavo Tadin Bruno, de 18 anos, chegou a fazer um curso de arrais amador para poder pilotá-lo em competições futuras.

— É preciso ter cuidado com ele porque é um barco mais leve, mais sensível. Mas é muito tranquilo — diz ele.

Estudantes querem colocar barco em competição

Levantar âncora na Vigorelli era só parte dos planos dos estudantes. Agora, o grupo quer navegar nas águas de Búzios (RJ). Mais precisamente no Desafio Solar Brasil 2015, a ser disputado em novembro. Trata-se de uma competição voltada ao incentivo do uso de fontes de energia limpa e renovável.

Como o projeto do barquinho já custou cerca de R$ 2 mil, os universitários esperam poder contar com patrocínios para realizar adaptações necessárias antes da disputa. O protótipo deve receber painéis solares mais potentes e um módulo GPS. Custos com transporte, hospedagem e alimentação também terão de ser bancados. Nada capaz de desanimar uma equipe que, inicialmente, planejava montar apenas um caiaque.

O BARCO
Materiais: 520 garrafas pet, motor elétrico, bateria de carro e painéis solares.
Dimensões: 3,3m x 90 cm.
Peso: cerca de 55 quilos.
Autonomia: cerca de uma hora.

Fonte: A Notícia

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