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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

G77 adverte que o financiamento contra mudanças climáticas definirá negociações

O êxito das atuais negociações sobre a luta contra as mudanças climáticas vai depender de financiamentos, advertiu nesta quinta-feira a porta-voz do grupo dos países em desenvolvimento (G77) em Bonn.


As discussões em Bonn podem ser desbloqueadas, mas os países ricos deverão mostrar boa vontade”, enfatizou, em uma entrevista coletiva, a sul-africana Nozipho Mxakato-Diseko, a pouco mais de um mês para a Conferência de Paris.

“O êxito da conferência vai depender do que disponibilizarmos em termos de finanças”, acrescentou a representante do grupo que reúne 134 países, além da China.

Um total de 195 partes negociam desde de segunda-feira um rascunho definitivo de um acordo sem precedentes para controlar o aumento da temperatura do planeta, com o intuito de impôr um limite para as emissões de gases e promover uma transição enérgica responsável.

Esse acordo deve ser ratificado em nível ministerial durante a Conferência sobre as Mudanças Climáticas de Paris (COP21), no início de dezembro.

“Será a medida do êxito”, insistiu a diplomata.

Um dos capítulos essenciais é a ajuda financeira aos mais vulneráveis, a transferência de tecnologia e um dos mais polêmicos é a possibilidade de indenização pelas mudanças climáticas.

Os países mais pobres e afetados, como os pequenos estados insulares, ou regiões da América Central, consideram que o impacto dos desastres naturais supera em muito suas contribuições.

“As mudanças climáticas supõem um desafio existencial”, disse a representante sul-africana.

Os membros da COP acertaram em 2011 a criação de um fundo de 100 bilhões de dólares anuais a partir de 2020, assim como a criação de um Fundo Verde, que em breve deve apresentar seus primeiros projetos.

Os países ricos estão de acordo em contribuir, mas alguns recordam que a ajuda está sendo distribuída há anos.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) publicou recentemente um informe no qual calculava que essa ajuda contra as mudanças climáticas, incluindo empréstimos multilaterais, começará em 2014 em 2 bilhões de dólares anuais.

“Não vou julgar o informe da OCDE”, que não é parte da negociação em Bonn, afirmou Mxakato-Diseko.

“Não estamos falando de doações, de ajuda na convenção (de luta contra as mudanças climáticas). O que há são obrigações, instrumentos legais”, insistiu.

O G77 exigiu e conseguiu na segunda passada que o texto em debate em Bonn aumente de 20 a 34 páginas, para refletir suas inquietudes.

Foram “implantes cirúrgicos” de parágrafos, em palavras de um dos co-presidentes das negociações, o norte-americano Daniel Reifsnyder.

“Estamos lidando com condições na linguagem” nova do texto, criticou a porta-voz do G77.

Países desenvolvidos e ouvintes em Bonn recordam, por outro lado, que países como a China doaram 3 milhões de dólares ao Fundo Verde.

Esse tipo de ajuda forma parte das “cooperação sul-sul”, insistiu a sul-africana. 

Fonte: UOL

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