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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Mitos e verdades sobre os macacos e a febre amarela

As pessoas acreditam, erroneamente, que sacrificar os animais pode ajudar a evitar a doença em humanos.


Casos de Febre Amarela em determinadas localidades – como acontece atualmente em parte da região Leste do Estado – são, geralmente acompanhados de relatos de violências contra macacos. Pelo fato de o ciclo de transmissão da febre amarela silvestre envolver os primatas como hospedeiros da doença, as pessoas acreditam, erroneamente, que sacrificar os animais pode ajudar a evitar a doença em humanos.

O que as pessoas não sabem ou se esquecem é que os macacos, além de também serem vítimas da doença, prestam um importante auxílio no controle da Febre Amarela. Isso porque os primatas fazem o que chamamos de papel de sentinela, ou seja, a detecção dos primeiros primatas mortos é um indicador de que podem estar ocorrendo casos de febre amarela naquela região, o que possibilita o rápido início de ações preventivas e de vacinação antes que a doença se espalhe. Ou seja, no que se refere à febre amarela, os macacos na verdade ajudam a evitar epidemias, casos urbanos e mais mortes de pessoas.

Além disso, os mosquitos responsáveis pela transmissão da febre amarela silvestre, o Haemagogus e o Sabethes, só se contaminam com o vírus da doença quando picam os macacos durante a infecção viral, que dura apenas três ou cinco dias; depois os macacos morrem ou se tornam imunes. Sendo assim, as agressões atingem quase sempre animais sadios que não tiveram contato com o vírus ou que já estão imunizados. Por isso, fique ligado e ajude a compartilhar informações corretas: a forma apropriada de evitar a doença é a vacinação para quem mora ou vai viajar para matas em áreas endêmicas.

Tira dúvidas

É verdade que os macacos transmitem a febre amarela?

Não. Os macacos não transmitem a febre amarela para o homem e NÃO são os responsáveis pelo transmissão da febre amarela. Eles são as principais vítimas. As mudanças climáticas e a degradação ambiental provocadas pelo homem são as principais responsáveis pelo recente aparecimento de inúmeras doenças infecciosas. Especialistas acreditam que o avanço da doença tem sido facilitado pelo deslocamento de pessoas infectadas ou pela dispersão dos mosquitos.

Posso afirmar então que os macacos são fundamentais para o controle da doença?

Com certeza. Os primatas prestam um importante auxílio no controle da febre amarela. Por adoecerem primeiro, os primatas dão às autoridades informações valiosas sobre a circulação do vírus. O achado de macacos mortos serve de alerta para que os órgãos de saúde pública iniciem campanhas de vacinação. Algumas pessoas pensam que os macacos transmitem a febre amarela aos humanos, o que é completamente errado. Além de ilegal e de tornar mais crítico o estado de conservação desses animais, a matança indiscriminada, assim como o envenenamento intencional de macacos são extremamente prejudiciais ao próprio homem. Se eles forem mortos pelo homem, descobriremos que a febre amarela chegou a determinada região apenas quando as pessoas contraírem a doença.

O que devo fazer se encontrar um macaco doente e/ou morto na minha região?

No caso de encontrar um macaco doente e/ou morto, o cidadão deve acionar o setor zoonoses do município para que as devidas providências possam ser tomadas a contento. A partir da denúncia, o profissional da zoonoses acionado verificará se o animal morto apresenta condições de coleta e envio para exames laboratoriais. O procedimento de coleta é específico e deve ser realizado por profissional habilitado para tal. O laboratório de referência nacional que processa as amostras de macacos provenientes de Minas Gerais é o Instituto Evandro Chagas no Pará. Não há data definida para a soltura de resultados por este laboratório.

Fonte: Ciclo Vivo

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