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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Seminário debate situação energética no Paraná

O debate o “Paraná frente a situação energética do país”, que se realiza até o dia 24 de junho em Curitiba, com apoio de diversas entidades, como a Copel e a Itaipu, discute as informações da possível falta de energia elétrica e seu aumento por custos alternativos de produção. Questões que preocupam todos os segmentos da sociedade brasileira.


O debate foca a questão técnica e o entendimento de que o Paraná mesmo sendo um dos maiores produtores, com cerca de 12 % do total, não está imune a eventual crise de suprimento, distribuição ou geração.

No segundo dia do evento, nesta terça-feira (23), o debate contou com a participação do Presidente da Associação Paranaense de Engenheiros Eletricistas e Rep. do IEP, Claude Frank Loewenthal, e do Gerente de Planejamento Estratégico e Competitividade da ABEGAS – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, Marcelo Mendonça, com os trabalhos sendo moderados pelo Engº Luciano Pizzatto.

Veja os principais pontos debatidos no segundo dia do evento:

O Presidente da Associação Paranaense de Engenheiros Eletricistas e Rep. do IEP, Claude Frank Loewenthal, alerta que não há fontes inesgotáveis de energia, além de o desperdício estar em altos níveis. “Já tivemos geração sem distribuição e hoje temos distribuição com dificuldade de geração.”

Segundo ele, o Brasil tem vocação diversa, em especial hídrica, eólica, solar, térmica e nuclear, onde devem-se observar as peculiaridades de cada região. “A energia nuclear é a energia eficiente e mais limpa com alto risco, mas ainda nos leva a visão dramática da bomba atômica ou Chernobyl. A energia eólica é uma alternativa viável, com impactos ambientais com poluição cênica e sonora.”

Claude Loewenthal explica que a energia eólica por vibração é uma nova solução, mas ainda necessita de mais pesquisas. Enquanto a energia solar ainda é cara e com baixa eficiência, porém possui um grande futuro de expansão.

A energia oceânica (maremotriz e ondas) é simples, mas não eficiente e tem muitas restrições. Já a energia térmica ainda é cara, sendo a de biomassa a mais viável.

Segundo ele, o maior potencial do Paraná está nas PCHs que sofrem grandes atrasos na liberação ambiental, provavelmente por falta de estrutura do órgão ambiental.

Para o Gerente de Planejamento Estratégico e Competitividade da ABEGAS (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), Marcelo Mendonça, hoje, no Brasil, as térmicas são as vilãs, mas “em função do modelo adotado principalmente por não usarmos o gás como energia de base permitindo a compra de contratos de longo prazo com preços do GN mais competitivos”.

“Não podemos esperar que uma crise solucione o problema. O cenário atual é de uma queda do preço do gás a longo prazo. Outra opção para abaixar o custo é trabalhar com a eficiência das usinas térmicas que hoje chegam a 60% e se o modelo usasse a cogeração essa eficiência poderia subir acima de 90%.”

Segundo ele, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) está realizando uma política pública para a cogeração e compra de energia, mas o setor não acredita que essa portaria seja publicada. “A cogeração deveria considerar o preço da energia semelhante a substituição da térmica mais cara do sistema e não da média.”

Para ele, a terceira opção é o estímulo do uso do biogás com um grande potencial em Estados agrícolas como o Paraná.

Marcelo Mendonça salientou a importância de exemplos onde o gás natural substituiu combustíveis como a gasolina em São Diego (EUA) com drástica redução da poluição.

“Com as opções de importação de GNL o Brasil não é mais totalmente dependente da Bolívia.”

Os debates acontecem até esta quarta-feira, dia 24 de junho, em Curitiba.


Fonte: Ambiente Brasil

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