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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Estudo detecta níveis aumentados de mercúrio no atum ahi havaiano

Os níveis de mercúrio estão aumentando no atum albacora havaiano, geralmente conhecido como ahi, a uma taxa de cerca de 4% ao ano enquanto os oceanos absorvem os poluentes do ar, alertaram cientistas nesta segunda-feira (2).


Centrais elétricas alimentadas a carvão e operações em minas de ouro produzem mercúrio, um metal pesado muito tóxico que está presente na água do mundo e representa um risco para a saúde das pessoas que comem certos peixes.

“Os níveis de mercúrio estão aumentando globalmente nas águas dos oceanos e nosso estudo é o primeiro a mostrar um consequente aumento de mercúrio nos peixes que vivem em mar aberto”, disse o pesquisador Paul Drevnick, da Universidade de Michigan.

Os cientistas esperam ver o aumento de mercúrio nos peixes como uma consequência do aumento da poluição do ar devido à industrialização, mas foi difícil encontrar evidências.

Para este estudo, publicado no jornal Toxicologia Ambiental e Química (Environmental Toxicology and Chemistry journal), Drevick e seus colegas conferiram os dados de três estudos que tiveram como amostra a mesma população de atum albacora da região perto do Havaí em 1971, 1998 e 2008.

Os estudos calcularam o nível de mercúrio nos músculos do atuns capturados.

O grupo de análise incluiu albacoras de entre 22 e 76 quilogramas e usou um modelo de computador que controlava o efeito do tamanho do peixe.

Ao total, 229 peixes foram analisados: incluindo 111 de 1971 e 104 de 1998. Nesses anos nenhum nível significante de aumento de mercúrio foi observado.

Contudo, quando comparadas as amostras de 1998 de 14 atuns albacora – uma amostra muito menor – com as de 2008, foi encontrado um aumento do nível de mercúrio em cerca de 3,8% ao ano.

O atum albacora, conhecido como ahi, é popularmente empregado no preparo de sushis e já é considerado uma espécie com alto nível de mercúrio pelo Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (Natural Resources Defense Council).

Drevnick disse que a pesquisa sugere que no ritmo atual as águas do Pacífico Norte vão dobrar os níveis de mercúrio em 2050.

“A mensagem é que os níveis de mercúrio no atum parecem estar aumentando em sintonia com os dados e previsões-modelo para as concentrações de mercúrio nas águas do Pacífico Norte”, afirmou Drevnick, cientista e pesquisador da Escola de Recursos Naturais e Meio Ambiente da Universidade de Michgan.

“Esse estudo confirma que os níveis de mercúrio nos peixes dos oceanos são correspondentes às emissões de mercúrio”, prosseguiu. 

Fonte: Terra

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