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segunda-feira, 11 de maio de 2015

É imprescindível nos reorganizamos como humanidade

No dia 27 de abril assisti a uma palestra de Domenico De Masi no evento Refletir Brasil – Utopia e Realidade, São Paulo 2015, organizado pelo Grupo Oca.


Dentre as tendências para 2030 apontadas pelo convidado italiano, criador do conceito “ócio criativo”, e que tem uma simpatia muito grande pelo Brasil, destaco três: Longevidade, Economia e Trabalho.

No que diz respeito à Longevidade, estima-se que daqui há 15 anos seremos de 7 a 8 bilhões de habitantes no Planeta Terra. Um bocado de gente para viver, e que precisará encontrar formas mais equilibradas de coexistência, respeitando a finitude dos recursos naturais, as diversidades socioculturais, e o desafio de garantir padrões dignos de vida para todos.

O cenário econômico provavelmente não mudará. Hoje, segundo a revista Forbes, 85 pessoas mais ricas do mundo detêm o equivalente a três bilhões de pobres, ou pouco menos de 50% dos habitantes atuais do planeta. Apesar de avanços conquistados em diversas áreas como ciências, tecnologia, comunicação entre outros, a relação capital – trabalho continua cruel, e especializada em produzir miseráveis.

Já o trabalho formal aponta para a perda de 60% dos empregos atuais, com os postos concentrados em dois países: China, produção de bens materiais e a Índia cada vez mais especializada em serviços.

Esses três aspectos traçam um panorama no mínimo desafiador para toda a humanidade,num contexto em que conflitos internos e externos aumentam, a intolerância se exacerba, a concentração de renda se cristaliza, os recursos naturais caminham para a escassez e o estímulo ao consumo desenfreado aparece como solução para todos os problemas.

No mesmo encontro De Masi nos apresentou alguns caminhos para inovarmos no enfrentamento dessas situações. 1) Reduzir a resistência às mudanças; 2) Incentivar o espírito criativo; 3) Exercitar uma liderança carismática; 4) Envolver todos na missão; 5) Conjugar local e global; 6) Cuidar da estética dos lugares; 7) Cuidar da ética e da gentileza dos comportamentos, e 8) Dar sentido às coisas.

Resumindo, é imprescindível nos reorganizamos como humanidade, antes que o nosso tempo por aqui acabe. Por aqui, fico. Até a próxima.

Saiba mais aqui.

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas. 

Fonte: Envolverde

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