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terça-feira, 14 de julho de 2015

Sebastião Salgado e outros fotógrafos inundam Toronto com questões ambientais

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, além de mais cinco artistas americanos, transformaram dois pontos cruciais de Toronto, sede dos Jogos Pan-Americanos de 2015, em palcos de uma extraordinária exposição fotográfica que explora o tema da água e do meio ambiente.


“Water’s Edge”, que pode ser traduzido como “A beira d’água”, reúne fotografias de grande tamanho dos artistas Sebastião Salgado (Brasil), Cristina Mittermeier (México), Gustavo Jononovich (Argentina), Jorge Uzón (Chile), Edward Burtynksy (Canadá) e James Balog (Estados Unidos).

“Esta exibição revela as recentes preocupações sobre a sustentabilidade da provisão global de água doce e o impacto que o desenvolvimento humano está tendo neste precioso recurso que sustenta a vida”, disse o curador da exposição, Andrew Davies.

As obras de “Water’s Edge”, uma exibição especialmente organizada para coincidir com a realização dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos em Toronto, estarão disponíveis até 15 de agosto nos dois centros de passagem da cidade canadense, Union Station e o aeroporto internacional Pearson.

O objetivo, segundo os organizadores, é que “milhões de pessoas vejam estas obras conforme viajam por Toronto durante os Jogos”.

As dez fotografias de Sebastião Salgado incluídas na exposição fazem parte de sua série de imagens “Genesis”, concentradas nas necessidades que têm os seres vivos para sobreviver com relação à água doce.

As imagens do fotógrafo brasileiro foram tiradas em 2009 em lugares tão distantes como Líbia, península Valdés na Argentina, as ilhas da Geórgia do Sul, a Namíbia e a floresta amazônica brasileira.

Precisamente, as 18 obras da fotógrafa mexicana Cristina Mittermeier são parte de sua série chamada “The River People of the Amazon”, na qual retratou a relação de dependência que os indígenas têm com o rio Amazonas.

Por sua vez, o argentino Jononovich transferiu a Toronto dez fotografias de grande tamanho de sua série “Free Shipping” que explora a falta de restrições da indústria barqueira mundial e seu custo para o planeta.

As imagens, tiradas desde grande altura, mostram a magnitude do tráfego marítimo em localidades como Nova York, Mississipi e Roterdã.

No caso Jorge Uzon, o artista chileno elegeu fotografias de sua série “Patagônia”, dominadas por lentes mais próximas a seus sujeitos, os gaúchos chilenos e os ativistas que se opuseram ao projeto hidrelétrico Hydroaysen no sul do país sul-americano.

Fonte: Terra

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