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quinta-feira, 22 de março de 2018

Diminui o número de usinas a carvão no mundo

Pelo segundo ano consecutivo, o número de usinas a carvão em desenvolvimento no mundo caiu acentuadamente em 2017, principalmente em decorrência das grandes quedas na China e na Índia, segundo um novo relatório divulgado hoje pelo Greenpeace, o Sierra Club e CoalSwarm.
O relatório Boom and Bust 2018: Rastrendo o Pipeline Global de Usinas a Carvão é a quarta pesquisa anual sobre novos projetos de usinas de carvão. Suas descobertas incluem uma queda anual de 28% nas usinas de carvão recém-concluídas (41% nos últimos dois anos), uma queda anual de 29% no início de novas obras (73% nos últimos dois anos) e uma queda de 22% nas plantas em licenciamento e planejamento (59% nos últimos dois anos).

As razões para o contínuo declínio na expansão da energia do carvão incluem restrições mais rígidas a novos projetos de usinas de carvão pelas autoridades centrais chinesas e um amplo recuo do financiamento de carvão pelo capital privado na Índia. A construção de usinas de carvão na Índia está congelada em 17 locais.

O relatório também mostra que um recorde histórico de fechamento de usinas a carvão nos últimos três anos, totalizando 97 gigawatts (GW), liderados pelos EUA (45 GW), China (16 GW) e Reino Unido (8 GW). Com base na tendência ascendente de fechamento nas últimas duas décadas, o relatório previu que a base mundial de carvão começará a encolher em 2022, à medida que o fechamento de usinas antigas de carvão superar a nova capacidade de geração de carvão.

Globalmente, uma campanha de eliminação de carvão está ganhando força, apoiada por compromissos de 34 países e entidades subnacionais. Em 2017, apenas sete países iniciaram a construção de novas usinas a carvão em mais de um local.

Apesar do declínio no pipeline de novas usinas a carvão, o relatório alertou que as emissões projetadas para a vida útil da atual base de usinas a carvão continuarão a exceder o orçamento de carbono para o carvão necessário para atender o Acordo Climático de Paris 2015. A fim de manter as emissões de carvão dentro desse orçamento, novas obras devem ser extintas e as usinas existentes devem ser fechadas em um ritmo acelerado.

“Do ponto de vista climático e de saúde, a tendência para um declínio na base do carvão é animadora, mas não está acontecendo rápido o suficiente”, disse Ted Nace, diretor da CoalSwarm. “Felizmente, a produção em massa está reduzindo os custos de energia solar e eólica muito mais rápido do que o esperado, e tanto os mercados financeiros quanto os planejadores de energia em todo o mundo estão prestando atenção”.

“Não é surpresa que o uso do carvão esteja diminuindo em todo o mundo”, disse Neha Mathew-Shah, representante da Campanha Internacional de Clima e Energia da Sierra Club. “Esta tem sido uma tendência crescente nos últimos anos e à medida que o custo de soluções de energia limpa como a eólica e a solar continuar a ultrapassar os combustíveis fósseis obsoletos, é apenas uma questão de tempo até que o carvão seja uma coisa do passado”.

“A queda na construção de usinas a carvão e a aceleração de seus fechamentos são excelentes notícias para a saúde pública – a poluição gerada por usinas a carvão é responsável por centenas de milhares de mortes prematuras a cada ano no mundo”, disse Lauri Myllyvirta, ativista global do Greenpeace. “Apesar da desaceleração na construção, a situação de excesso de capacidade continuou a piorar, especialmente na China, Índia e Indonésia, à medida que novas plantas continuam a entrar em operação”.

Fonte: Envolverde

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