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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Sala de aula no Reino Unido produz mais energia do que consome

O projeto combina uma gama de tecnologias inovadoras que lhe permitirem gerar, armazenar e liberar energia solar em um sistema integrado.


Com apenas um ano de funcionamento, a Active Classroom é a primeira sala de aula com “energia positiva” do Reino Unido. Ela é capaz de gerar mais de uma vez e meia a energia necessária para sua manutenção.

Pesquisa
O empreendimento foi projetado por especialistas da SPECIFIC, um centro de inovação e conhecimento do Reino Unido, liderado pela Universidade de Swansea. A pesquisa do centro se concentra no desenvolvimento de tecnologias solares e em técnicas de processamento que possam sair do laboratório a prédios de grande escala.

“Com o nosso programa estamos testando e comprovando o conceito de ‘edifícios como estações de energia’ em edifícios reais, que são usados ​​todos os dias. Os dados obtidos a partir desses edifícios são então enviados de volta à nossa pesquisa fundamental em tecnologias de energia solar e usados ​​para acelerar e orientar seu desenvolvimento”, afirma o professor Dave Worsley, diretor de pesquisa da SPECIFIC e da Faculdade de Engenharia da Universidade de Swansea.

Tecnologia
O projeto combina uma gama de tecnologias inovadoras que lhe permitem gerar, armazenar e liberar energia solar em um sistema integrado. Entre as ideias pode ser destacado o telhado curvo com células solares integradas – mostrando a natureza flexível do painel fotovoltaico laminado; um sistema térmico fotovoltaico na parede voltada para o sul – que é capaz de gerar calor e eletricidade em um único sistema e baterias de íons de lítio para armazenar a eletricidade gerada e um tanque de água de dois mil litros para armazenar o calor solar.

Exemplo
Com o sucesso do Active Classroom, em breve será criado o Active Office. Ambos serão interligados e capazes de compartilhar energia entre si e recarregar veículos elétricos. Um dos objetivos é demonstrar como o conceito poderia ser aplicado em uma comunidade movida a energia solar.

O Active Office foi projetado para ser fácil de reproduzir. É rápido de construir, levando apenas uma semana para montar. Ele também usa apenas tecnologias que estão comercialmente disponíveis agora, o que significa que não há razão para que elas não possam ser usadas em qualquer novo edifício.

Impactos
“Os escritórios são enormes consumidores de energia, portanto, transformá-los em energia positiva tem o potencial de reduzir as contas e suas emissões de carbono”, afirma Kevin Bygate, diretor de operações da SPECIFIC. “Transformar nossos prédios em usinas elétricas é um conceito que funciona, como mostra o Active Classroom. Este novo edifício nos permitirá obter dados e evidências sobre como ele pode ser aplicado a um escritório, ajudando-nos a refinar ainda mais o design”, completa.

Segundo os pesquisadores, hoje 40% da energia britânica é consumida pelos edifícios. E eles acreditam que este projeto seja o caminho para uma nova geração de escritórios de baixo carbono que produzem seu próprio fornecimento de energia renovável.

Fonte: Ciclo Vivo

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