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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Os resíduos da construção civil no Brasil em 2014, artigo de Antonio Silvio Hendges

O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil em 2014, pesquisa realizada pela Abrelpe – Associação das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais traz a descrição da coleta realizada nas diferentes regiões do país dos resíduos da construção civil que pela Lei 12.305/2010 que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos são os provenientes de construções, reformas, reparos, demolições e escavações e a destinação adequada é responsabilidade dos geradores, sejam empreendimentos privados ou públicos.
A pesquisa destaca que os dados divulgados não representam o total de resíduos produzidos neste segmento, mas como a pesquisa se baseia em registros confiáveis esta é a parcela que comprovadamente foi coletada e que possivelmente tenha sido direcionada para uma destinação final ambientalmente adequada. A comparação dos dados de 2013 e 2014 indica que houve um aumento de 4,1% na quantidade coletada pelos municípios brasileiros.

Região
  

2013

Ton./dia – Kg/hab/dia
  

2014

População
  

RCD coletado
  

Kg/hab/dia

Sul
  

16.067 – 0,558
  

29.016.144
  

16.513
  

0,569

Sudeste
  

61.487 – 0,728
  

85.115.623
  

63.469
  

0,746

Centro Oeste
  

13.439 – 0,896
  

15.219.608
  

13.675
  

0,899

Nordeste
  

22.162 – 0,397
  

56.186.190
  

24.066
  

0,428

Norte
  

4.280 – 0,252
  

17.261.983
  

4.539
  

0,263

Brasil
  

117.435 – 0,584
  

202.799.518
  

122.262
  

0,603

Tabela 1 – Resíduos sólidos da construção civil coletados pelos municípios brasileiros em 2013/2014.

Fonte – Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil em 2014 – Abrelpe.

A coleta e destinação final adequada dos resíduos sólidos da construção civil são fundamentais para o meio ambiente: os impactos são diversos como dificuldades para o trafego adequado de veículos e pedestres quando abandonados nas áreas urbanas, prejuízos para a drenagem das águas pluviais e esgotos, agravamento das enchentes, alteração das paisagens naturais, assoreamento de rios, fontes e outros corpos hídricos, compactação dos solos e vários outros prejuízos ambientais e sociais.

Uma das alternativas é a reciclagem destes resíduos e a sua transformação em matérias primas para uso nas próprias construções ou na base de pavimentação de espaços específicos como estradas e ruas. Existem tecnologias que permitem a instalação de usinas de reciclagem e que possibilitam a reintrodução destes materiais nas cadeias produtivas da construção civil. Outra alternativa é o planejamento das obras para a diminuição da geração e desperdícios, barateando-se os custos finais dos empreendimentos. Também existem equipamentos que podem ser utilizados nas próprias construções como trituradores que permitem a reciclagem imediata destes resíduos provenientes das atividades construtivas.

Antonio Silvio Hendges, Articulista no EcoDebate, professor de Biologia, pós graduação em Auditorias Ambientais, assessoria em educação ambiental e sustentabilidade – www.cenatecbrasil.blogspot.com.br

Fonte: EcoDebate

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