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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Pesquisadores criam tela eletrostática contra mosquitos

Um novo método de aplicar inseticida a telas se mostrou 100% eficaz no combate a alguns tipos de mosquito, de acordo com um estudo internacional.

Um cobertura eletrostática permite que a tela carregue doses maiores de inseticida do que as que são normalmente.

Em testes, a cobertura matou muito mais mosquitos que telas convencionais.

Em artigo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores holandeses dizem que isso pode ajudar no controle de doenças como a malária.

A resistência de mosquitos a inseticidas é um problema em locais onde a malária é endêmica.

Acredita-se que sprays inseticidas com base em água e mosquiteiros, que às vezes levam baixos níveis de inseticida, nem sempre matam os mosquitos, permitindo que desenvolvam resistência.

No estudo, os cientistas usaram uma tela carregada, originalmente desenvolvida para capturar pólen no ar, e aplicaram inseticida a ela.

A carga eletrostática duradoura permitiu que altos níveis de inseticida aderissem às telas rapidamente, dando aos mosquitos uma overdose letal quando estes entravam em contato com a superfície – mesmo que por apenas alguns segundos.

A técnica foi testada em diferentes tipos de mosquitos na África do Sul, Tanzânia e no laboratório da Liverpool School of Tropical Medicine.

Os pesquisadores descobriram que a cobertura eletrostática de inseticida mata mais mosquitos que outras telas e, para alguns mosquitos resistentes a inseticidas, foi 100% eficaz.

Telas comuns matam menos de 10% dos mosquitos, de acordo com o estudo.

Marit Farenhorst, da Universidade Wageningen, na Holanda, que liderou a pesquisa, disse que a cobertura poderia ser usada em telas em janelas e portas pela casa, em cortinas e paredes, e ainda em armadilhas para mosquitos e canos de ventilação.

“É uma nova forma de tentar pegar e contaminar mosquitos”, disse ela.

Ela também disse que o novo método seria adequado para diferentes tipos de inseticidas químicos.

Mas ela disse que a cobertura provavelmente não seria tão eficiente em mosquiteiros de camas porque as pessoas tocam neles ou lavam o tecido com frequência, então o inseticida sairia com o tempo.

Fonte: G1

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