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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Poluição do ar não é monitorada em Joinville

Mesmo Joinville sendo um dos maiores polos industriais de Santa Catarina, nem a cidade muito menos o Estado fazem o monitoramento do ar.


Já notou o quanto as pessoas se preocupam com o ar que elas respiram? A poluição não é visível. Porém, depois de quase 20 dias sem chuva na maior cidade catarinense, percebe-se que alguma coisa no meio ambiente não vai bem. O que olhos não veem, o coração não sente. Mas os pulmões, sim. Joinville é um dos maiores polos industriais catarinenses, mas não existe nenhuma fiscalização sendo feita em relação à poluição do ar nem pelo município e muito menos pelo Estado. Santa Catarina mesmo sendo desenvolvida e possuidora de muitas riquezas naturais, fica para trás em relação ao cuidado com a poluição atmosférica, já que não existe nenhuma estação de monitoramento do ar em todo estado.

Monitorar o ar não é barato, mas uma obrigação do município devido ao problema estar diretamente ligado à saúde pública. Segundo Sandra Medeiros, professora doutoranda especialista em poluição atmosférica na Univille, uma estação desse tipo custaria aproximadamente R$ 300 mil. Nesse ano, foi anunciada pela prefeitura a ampliação da arquibancada na Arena Joinville por R$ 1.220.908.16 com recursos próprios do governo municipal, ou seja, quase quatro estações. Sem estações, não há como provar que o ar pode ser de má qualidade e identificar o fator que está agravando esse problema.

Porém, a infraestrutura e os custos elevados fazem com que a prefeitura não dê prioridade para esse tipo de investimento. Em nota, a prefeitura de Joinville informou que já foi avaliada a possibilidade de implantar uma estação de monitoramento. Mas esse equipamento depende de recursos e assim que tiver receitas disponíveis, esse projeto será avaliado. O fato em questão é o quanto mais se pode esperar para fazer esse tipo de medição e atuar na causa? Para Sandra, um dos pontos do saneamento básico é o saneamento ambiental por estar interligado ao fator da saúde da população. A lei contra a poluição do ar é federal e delimita a emissão algumas substâncias mais populares. “Pro município esse padrão deve ser mais restrito”, explica. A pesquisadora fez algumas análises do monitoramento particular com alunos e descobriu que Joinville já teve eventos de má qualidade do ar que provocaram chuva ácida e ilha de calor devido a alterarmos o microclima da cidade. “Havia lugares em Joinville onde a medição da temperatura marcava 14ºC e outros com 9ºC, são aí 6ºC de diferença na mesma cidade”, relata.

A indústria é a culpada?

E a culpa é de quem? Do ponto de vista das indústrias, a responsabilidade não é delas e sim do estado. Uma funcionária ambientalista dentro do setor de uma grande indústria em Joinville, que não quis se identificar, explicou que é preciso desmitificar que as fábricas são o grande problema da poluição. Já que para ela a maioria das indústrias faz seu controle interno utilizando filtros e medições de chaminés. Mas segundo o ambientalista Gert Fischer a inocência das indústrias não é verdadeira. “A noite muitas empresas queimam o seu lixo por que não há nenhuma fiscalização”, diz. Conforme ele, a grande parte da emissão de gases na atmosfera não necessariamente estaria na fumaça solta pelas chaminés, mas sim no processo de fabricação do produto e nisso não há nenhum tipo de controle.

Fonte: Agora Joinville

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