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terça-feira, 26 de julho de 2016

Detentos transformam áreas abandonadas em hortas orgânicas em MG

São os próprios presos, que fazem a limpeza dos terrenos, preparam a terra e vão transformando bairros e escolas.


Transformar terrenos ociosos de escolas públicas e dos bairros em áreas verdes e produtivas. Esse é o objetivo do projeto Fazenda Esperança, idealizado pelos diretores do Presídio de Itajubá, no Território Sul do Estado de Minas Gerais. E quem está mudando esses espaços são os próprios presos, que fazem a limpeza dos terrenos, preparam a terra e vão, pouco a pouco, convertendo em hortas orgânicas áreas antes tomadas por mato, entulho e animais peçonhentos.

Neste mês foi entregue a segunda horta cultivada por presos dentro de uma escola pública, com 267 alunos. A Escola Municipal Santo Agostinho agora conta com 18 canteiros distribuídos por 175 metros quadrados, onde vicejam alfaces, chicória, cebolinha, couve, rúcula, salsinha, repolho e couve.

“Com a horta e todo trabalho que realizamos em torno dela acreditamos que as crianças possam se interessar mais pelos alimentos verdes, principalmente quando descobrem que as verduras e hortaliças vêm da plantação que é cuidada por elas próprias”, diz a coordenadora da instituição.
Aproximação
A parceria entre o presídio e a comunidade é um fator de aproximação entre os detentos e a sociedade local, servindo como uma espécie de estágio para um retorno positivo à vida em liberdade, especialmente na relação com a família. Durante a inauguração da horta da Escola Municipal Santo Agostinho, por exemplo, havia filhos e filhas de presos. Uma dessas alunas, vencendo a timidez, dirigiu-se ao diretor-geral do Presídio de Itajubá, Rodney Dantas: “Tio, você conhece o meu pai? Fala pra ele comer direitinho, pois a mamãe disse que ele não está comendo direito”.
Primeira horta escolar
A primeira horta do projeto Fazenda Esperança foi implantada na Escola Estadual Novo Tempo, que tem 181 alunos com deficiência intelectual, auditiva ou com transtorno global de desenvolvimento. Seis detentos participaram, enfrentando muito mato para capinar e retirar até três cobras que habitavam o terreno abandonado.

As hortaliças estão quase no ponto de serem colhidas e vão fazer parte das refeições dos estudantes. A horta está sendo usada também para as aulas interdisciplinares que juntam biologia e ecologia. Nesse caso, o Instituto Estadual de Florestal (IEF) e a Prefeitura Municipal de Itajubá são parceiros importantes, ofertando material e a orientação técnica de um engenheiro agrônomo.

Fonte: Ciclo Vivo

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