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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Lixo no mar brasileiro vai de drogas a plástico

Parceria do Instituto Oceanográfico e Plastivida busca combater poluição no oceano – 


Plásticos, medicamentos, drogas e esgoto doméstico: desses objetos é composta a maior parte da poluição dos mares brasileiros, segundo levantamento realizado pelo Instituto Oceanográfico (IO) da USP e a Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos) em praias de São Paulo, Bahia e Alagoas. O monitoramento faz parte de uma série de ações realizadas desde 2012, a partir de um convênio entre as instituições, para o correto tratamento do meio ambiente aquático.

Os estudos resultantes dessa associação têm como objetivo conhecer melhor o tamanho e as características  da poluição do oceano  no Brasil, dimensionar a contribuição do País para a situação global e desvendar a origem dos resíduos nos mares e praias nacionais.

Até o momento, as conclusões obtidas foram principalmente duas: a de que o lixo presente nas águas oceânicas advém, majoritariamente, do continente e a de que o problema é multisetorial (ou seja, a variedade dos lixos encontrados no mar é enorme). Dessa forma, o IO e a Plastivida interpretaram os resultados como indícios de que o cidadão pode ter um grande papel na melhora dessa situação, já que o lixo dos continentes é gerado por ele. Por isso, a parceria também foca na educação do público acerca do descarte de resíduos nos mares.

Alexander Turra, professor do Departamento de Oceanografia Biológica do IO, acredita que o convênio entre os dois institutos pode ajudar muito a USP: “As ações que organizamos de forma colaborativa nos aproxima da missão da Universidade. Aqui, nós buscamos formar recursos humanos e produzir conhecimento. Com isso, queremos trabalhar cada vez mais para a melhora do ambiente”, afirma.

Com a cooperação de mais 16 empresas, a Plastivida, junto com o Instituto Oceanográfico, organiza há um ano o Fórum Setorial dos Plásticos – Por um Mar Limpo, que concretiza diversas interações em escolas, universidades e outras instituições.

O objetivo é compartilhar o conhecimento com o público – não apenas as causas e as consequências da poluição marítima, mas também as formas através das quais o cidadão comum pode ajudar em busca da solução do problema. Outro apoiador do programa é o governo federal, por meio da Gerência Costeira do Departamento de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente.

O fórum é uma construção para promover um movimento de diálogo e integração para delinear os próximos passos do projeto. Com a ajuda desse movimento, os participantes pretendem pesquisar alternativas de atitudes que o setor industrial e a população possam tomar para combater o lixo presente no mar. “O Instituto Oceanográfico é um moderador desse diálogo. Nós auxiliamos as empresas a canalizarem as informações científicas corretas e a realizar as melhores ações concretas possíveis”, comentou o professor Turra.

Outra ação educativa resultante da parceria entre o IO e a Plastivida é o projeto EnTenda o Lixo, durante o qual os participantes realizam atividades que envolvem informações técnicas, pesquisas sobre a situação dos lixos presentes no mar, coleta de materiais e reciclagem.

Ao longo do programa, os visitantes atuam em um processo prático de coleta de amostras de resíduos para acompanhar a observação das características e da origem do material coletado. Com base nas informações geradas, os educadores incentivam reflexões acerca das possíveis estratégias para solucionar o problema.

Além de organizar eventos e planejar atividades, as empresas participantes do fórum disponibilizaram uma plataforma on-line para concentrar informações e propostas do grupo. A página pode ser acessada neste link.

Os principais objetivos da USP nesses projetos são a educação ambiental em relação ao consumo consciente e ao correto descarte de resíduos. A ideia é que, com as instruções corretas, a população poderá ajudar a manter a natureza limpa e saudável. Por isso, faz parte de todas as ações organizadas pelo IO um momento de instrução e conversa com o público. 

Fonte: Envolverde

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