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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Iniciativa amplia uso de óleo de cozinha como matéria-prima para o biodiesel

Quase 600 catadores participam da iniciativa. Parceria com a Petrobras estabelece sistema de coleta para o reaproveitamento de gorduras residuais


Duas usinas da Petrobras Biocombustível, em Candeias (BA) e Quixadá (CE), processaram, em 2014, aproximadamente 232 mil litros de óleos e gorduras residuais (OGR), um aumento de 29 mil litros em relação ao ano anterior.

A ampliação é resultado de uma parceria entre a Petrobras Biocombustível e 28 cooperativas e associações de catadores no Ceará (Quixadá e Fortaleza) e na Bahia (região metropolitana de Salvador). Quase 600 catadores estão envolvidos diretamente na parceria, que estabeleceu um eficiente sistema de coleta para o reaproveitamento de óleo de fritura por meio do Programa Cuidar.

As cooperativas e associações de catadores reúnem os óleos vindos de hospitais, condomínios, hotéis ou escolas parceiras do projeto e fazem o tratamento primário do OGR, que é vendido para a companhia em quantidades que variam em média de 5 a 7 mil litros por mês.

O projeto inclui difusão do conhecimento, apoio à gestão e treinamento dos catadores e gestores. É esse, por exemplo, o trabalho realizado, em Fortaleza, com a Rede de Catadores de Resíduos Sólidos Recicláveis do Estado do Ceará, que beneficia catadores de 18 associações.

O convênio firmado entre a Petrobras Biocombustível e a entidade resultou em avanços, como a implantação de uma unidade de filtragem do óleo, elaboração de material de divulgação e apoio administrativo.

Processo

A transformação do óleo de cozinha em biodiesel começa pela filtragem, que retira os resíduos deixados pela fritura e pela remoção da água misturada ao produto. O óleo resultante é adquirido pela Petrobras Biocombustível para a produção de biodiesel.

Em seis anos, mais de 800 mil litros de OGR foram comprados desses parceiros e processados nas usinas da companhia. Assim, a Petrobras Biocombustível adquire matéria-prima para sua atividade produtiva e contribui para gerar trabalho e renda na área urbana.

A iniciativa estimula ainda o conceito de reciclagem e contribui para reduzir os impactos do descarte do óleo de cozinha no ambiente, evitando a contaminação do subsolo e o entupimento das tubulações de esgoto.

Além de contribuir com a estruturação da coleta, o projeto procura diversificar também os pontos de entrega para ampliar o número de doadores.

Em Fortaleza, desde fevereiro de 2014, a parceria ganhou o reforço da Liquigás que, por meio de suas revendas, passou a distribuir material educativo que incentiva o público a juntar o óleo de cozinha e fazer a doação para a cooperativa por meio do entregador de botijão de gás.

Com a campanha intitulada “Óleo usado e doado, Brasil Preservado”, ao receber o gás em casa, o morador tem acesso a folhetos explicativos sobre as vantagens ambientais e sociais do reaproveitamento do óleo de fritura, bem como sobre a forma de participar, entregando o óleo usado ao revendedor da Liquigás.

Como estímulo ao envolvimento na campanha, os participantes concorrem mensalmente a uma recarga de gás de cozinha. A estimativa da companhia é de que a parceria tenha atingido 140 mil residências na capital cearense e região metropolitana.

Na Bahia, também com o objetivo de facilitar a adesão das pessoas e ampliar o volume de óleo reciclado, foram implantados pontos de coleta na Usina de Candeias, nos escritórios da Petrobras e nos clubes de empregados.

Foi também aperfeiçoada a coleta no Posto Escola, localizado no bairro Stiep, em Salvador, sendo a primeira experiência do projeto envolvendo um posto de combustível da Petrobras Distribuidora.

Fonte: EcoDebate

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