Por causa da epidemia de dengue em Catanduva (SP), os moradores estão adotando alguns hábitos diferentes. Nas escolas, por exemplo, além dos cadernos e livros, os estudantes levam repelente na mochila. A preocupação dos pais é para que os filhos não sejam picados pelo mosquito.

Catanduva decretou epidemia no começo do ano e já são mais de 7 mil casos positivos e outros 1.731 pacientes aguardam resultados de exames. Ao todo 15 mortes já foram confirmadas por causa da dengue e outras 22 são investigadas.

Desde o começo da epidemia de dengue a rotina das escolas precisou mudar. Em uma delas o uso de repelente pelos alunos se tornou indispensável durante o período das aulas. “São crianças e temos esses cuidados de borrifar citronela, para tentar evitar o mosquito de alguma maneira”, diz Alessandra Renata Ferreira, dona de escola.

Na cidade, o produto já se tornou material escolar. Em outra escola infantil, a professora orienta a aplicação e até os menores já sabem a importância de passar o produto. “É bom passar repelente porque aí não preciso tomar soro e ir para o hospital, quando o mosquito me picar”, diz o estudante Gabriel, de 5 anos.

O repelente é aplicado várias vezes ao dia e na sala de aula mais explicações sobre a dengue. “Os pais estão vendo o que acontece na cidade e eles mesmos tomaram a iniciativa e a gente aplica de duas a três vezes por dia, é um pedido dos pais e vamos ajudar”, diz a dona de escola Andresa Pacheco de Melo.

Nas farmácias a procura pelos repelentes é grande. Uma loja chegou a vender 500 unidades por mês e a maioria de pais preocupados com as crianças. “Procura maior é pela linha infantil, por causa das escolas e por causa de os sintomas serem piores nas crianças”, diz a farmacêutica Lara Trevisan. A profissional explica que os repelentes evitam as picadas do mosquito, mas é preciso observar a fórmula do produto. 

Fonte: G1