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terça-feira, 17 de março de 2015

Vacina contra HPV tem 98% de eficácia em quem segue cronograma

Prevenção – Doses estão disponíveis desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo País para as meninas de 9 a 11 anos


Pelo segundo ano seguido, o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde vacina gratuitamente para a prevenção do HPV.

A vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo País para as meninas de 9 a 11 anos.

O HPV é uma das causas mais frequentes do câncer do colo do útero. O número de mortes pela doença no País aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012. Os dados são doAtlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Flávia de Miranda Corrêa, epidemiologista da divisão de pesquisa populacional do Inca, ressalta que a vacina é fundamental para a prevenção de infecções nas futuras gerações. “A vacina é uma opção de prevenção primária que a gente não tinha no passado. Antes era restrito a tentar evitar o contato com o HPV, o que não é muito fácil na prática”, esclarece.

Disponibilidade no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina quadrivalente, que protege de quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia em quem segue corretamente o esquema vacinal.

Flávia ressalta que a vacina aplicada em mais de 50 países tem sua segurança comprovada. “Ambas as vacinas contra o HPV que existem no mundo são seguras. Todos os mecanismos de controle, a OMS, a União Europeia, são unânimes em atestar a segurança da vacina. Podem existir alguns efeitos adversos, como por exemplo, vermelhidão e dor no local da injeção, tontura. Por isso, é recomendado que a menina fique sentada uns minutos depois da vacina, mas esta reação está mais ligada ao emocional”, esclarece.

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. “Participei do grupo de estudo que assessorou o Ministério da Saúde para a introdução da vacina e foi decidido que o foco fosse o câncer do colo do útero. É lógico que o HPV está presente em outros tipos de câncer, em homens e mulheres, mas analisamos a situação epidemiológica e em qual a doença ela teria mais impacto”, explica a especialista.

Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o Merck. Será investido um montante de R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. Para 2015, a previsão do Ministério da Saúde é de adquirir 11 milhões de doses.


Fonte: EcoDebate

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