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terça-feira, 28 de abril de 2015

Após ‘aval’ do MP, Limeira retoma estudos para usar ‘Aedes do Bem’

Após o Ministério Público (MP) ter proposto um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à Prefeitura de Piracicaba (SP) para liberar o Aedes Aegypti transgênico, que não pica e não transmite a dengue, a Prefeitura de Limeira (SP) decidiu retomar os estudos para a implantação do projeto, segundo o secretário de Saúde.
O município vive uma epidemia com 7.677 casos e 14 mortes confirmadas. Para diminuir os registros da doença, a administração pretende lançar filhotes machos produzidos em laboratório para reduzir o número de transmissores.

O titular da Pasta, Luiz Antônio Silva, afirmou por telefone ao G1 que retomou os estudos com a empresa Oxitec do Brasil, responsável por implantar o projeto, e vai acompanhar a liberação do “Aedes do Bem” em Piracicaba, na próxima quinta-feira (30), para verificar os efeitos positivos e negativos do método. “Eu mesmo vou acompanhar no local para saber os pontos negativos e positivos dessa implantação. Já me reuni com a empresa e estou estudando detalhadamente a possibilidade”, disse.

O secretário ainda informou que, caso ele avalie que Limeira também precisa da liberação do mosquito transgênico, haverá uma reunião com o prefeito Paulo Hadich (PSB) para que seja tomada uma decisão de governo. O projeto havia sido adiado por conta do inquérito aberto pelo Ministério Público em Piracicaba, que pediu a liberação do “Aedes do Bem”. No entanto, no dia 15 de abril a Promotoria assinou um TAC com o Executivo e permitiu a soltura.

A empresa Oxitec do Brasil explicou, em nota oficial, que continua “em contato com a Prefeitura de Limeira sobre a possibilidade de fechar um projeto na cidade”. Além disso, a companhia afirmou que ainda não tem estimativa sobre o custo total da implantação do método e que, mesmo o município enfrentando uma epidemia, a técnica de liberação do mosquito é a mesma.

MP libera em Piracicaba – O Ministério Público (MP) liberou a soltura de Aedes Aegypti geneticamente modificados como forma de combate ao mosquito da dengue em Piracicaba. A cidade será a primeira do estado de São Paulo a adotar a medida, mas a Prefeitura e a empresa criadora do “Aedes do Bem” terão de seguir regras. Uma delas é que não poderá ser proibido uso de inseticidas e das nebulizações que matarão o inseto transgênico.

Em março, a promotora Maria Christina Marton Correia de Freitas pediu que a administração suspendesse os planos para liberação dos mosquitos modificados, prevista inicialmente para 20 de abril. A intervenção do MP ocorreu após uma representação do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), que solicitava garantias de que os “Aedes transgênicos” não representariam riscos à saúde pública e à natureza.

As exigências feitas pelo MP estão em um TAC que foi assinado pela Prefeitura, a Oxitec e a Promotoria de Justiça. Com isso, até 2 milhões de mosquitos transgênicos devem começar a ser soltos no bairro com maior incidência de dengue em Piracicaba, o Cecap.

A Oxitec informou que já investiu cerca de R$ 100 milhões em pesquisas e infraestrutura da empresa para viabilizar a produção do mosquito “do bem”. A Prefeitura de Piracicaba contratou o projeto por R$ 150 mil e diz que gasta ao menos R$ 6 milhões por ano com outras ações de combate à doença.

Dengue em Limeira – Com 7.677 casos, Limeira confirmou a 13ª e a 14ª morte por dengue no dia 17 deste mês. Os dois óbitos foram de mulheres. Uma tinha 57 anos e faleceu na Santa Casa da cidade, no dia 29 de março. A outra paciente de 64 anos morreu no Hospital Unimed, no último dia 31. A Prefeitura confirmou os casos após a realização de testes no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Outros quatro óbitos continuam sob investigação, entre eles o de uma idosa de 91 anos.

Entre as 14 vítimas de Limeira, 11 são mulheres, com idades entre 14 e 76 anos, e três idosos de 70 a 79 anos. Dos três homens que morreram por conta da doença, um deles não morreu em hospitais e não possuía histórico de atendimentos, segundo a Secretaria de Saúde. Em relação aos quatro óbitos que são sendo investigados, dois são de homens e dois de mulheres.

No dia 10 de abril, a Prefeitura de Limeirax divulgou um balanço que apontou uma redução de 83,7% nos casos suspeitos de dengue. De acordo com a Secretaria de Saúde, a cidade possuía 522 registros em investigação nesta data, enquanto no pico da epidemia, na última semana de fevereiro, o município registrou 3.222 notificações. No entanto, o Executivo ainda não divulgou novos dados sobre casos em investigação. 

Fonte: G1

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