A população de Belo Jardim, por exemplo, enfrenta racionamento de água desde 2012. O local conta com um sistema integrado que também abastece os municípios de Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una. Neste sistema há dois reservatórios – o de Pedro Moura Júnior e o Engenheiro Severino Guerra. O primeiro tem capacidade total de 30 milhões de m³, mas atualmente comporta 7% deste conteúdo. O segundo, 17 milhões de m³, tendo 13% deste volume preenchido. Fazendo parte da bacia hidrográfica do Rio Ipojuca, a barragem de Pedro Moura é a maior de Belo Jardim. 



Contrário a este caso, a barragem de Tabocas Piacas está transbordando. Localizado em Serra dos Ventos, distrito de Belo Jardim, o reservatório tem capacidade para 1, 7 milhão de m³ e conta com 102% deste volume. Como não há tubulação para o município, a água deste depósito só sai em caminhões pipa responsáveis por abastecer a zona rural.

 As águas que estão transbordando em Tabocas já estão sendo vistas como alternativa para diminuir o racionamento da região. Obras orçadas em R$ 3 milhões já devem começar em agosto deste ano para a construção da tubulação.

Nenhum dos três maiores reservatórios da região está em situação crítica. O maior é Jucazinho, que está localizado em Surubim e tem capacidade para acumular 327 milhões de m³ de água. Atualmente, o volume total é de 3,6% deste valor. Em seguida, há o Prata, em Bonito. Esta barragem está com 68% dos 42 milhões de m³ que pode comportar. O terceiro é o Pão de Açúcar, em Pesqueira. A capacidade dele é de 34 milhões de m³, tendo 11% desta quantidade preenchida.

Como mostram os dados da Apac, sete barragens estão com 0% do volume total. Uma delas é a de Taquara e está localizada em Caruaru. O município – também abastecido por Jucazinho e pelo Prata – ainda possui outro reservatório: o Engenheiro Gercino Pontes, que também está em colapso.

Fonte: G1