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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

El Niño ameaça 60 milhões de pessoas em países em desenvolvimento

Segundo as projeções, entre 2015 e 2016 o fenômeno será o mais intenso da história. As implicações para a saúde das populações mais vulneráveis serão grandes devido à menor capacidade de reação frente às consequências do El Niño.


Por Redação da ONU Brasil – 

El Niño é um aquecimento que ocorre do centro ao leste do Oceano Pacífico e afeta os padrões de chuvas e as temperaturas em muitas partes do mundo – mais intensamente nas regiões tropicais da África, da Ásia-Pacífica e da América Latina, que são particularmente vulneráveis a desastres naturais. Tipicamente, alguns lugares recebem muito mais chuvas que o normal, enquanto outros atravessam períodos de estiagem.

“Nós estamos vendo os desastres do El Niño, e acreditamos que o impacto na saúde pública tende a continuar ao longo de 2016”, afirmou o diretor do Departamento de Gerenciamento de Risco e Resposta Humanitária da Organização Mundial da Saúde (OMS), Richard Brennan na sexta-feira (22). “Para prevenir mortes e doenças desnecessárias, os governos devem investir agora em fortalecer o seu preparo e os seus esforços responsivos’’.

De acordo como o novo relatório da OMS, a seca severa, as enchentes, as chuvas fortes e o aumento na temperatura são efeitos associados a El Niño que podem levar à insegurança alimentar e à desnutrição, surtos de doenças, crises hídricas, e a interrupções nos serviços de saúde.

As implicações de saúde são geralmente mais intensas em países em desenvolvimento que possuem menor capacidade de redução dessas consequências. Segundo as projeções, o atual El Niño de 2015 a 2016 será o pior dos últimos tempos, e comparável ao de 1997-1998, que trouxe consequências drásticas em todo o mundo.

Baseado nas últimas análises da ONU, o relatório estima que 60 milhões de pessoas serão impactadas pelo fenômeno neste ano. Até agora, pedidos de ajuda financeira para sete países de alto risco – Etiópia, Lesoto, Quênia, Papua Nova Guiné, Tanzânia e Uganda – alcançaram 76 milhões de dólares. A OMS estima que ainda mais países solicitarão apoio.

Entre as ações de auxílio estão: o fornecimento serviços de saúde adicionais aos que necessitam, o aumento da vigilância e da vacinação de emergência, a promoção de práticas de saúde e higiene, melhoria nos sistemas de água e saneamento, o fortalecimento da logística da cadeia de suprimentos médicos e tratamentos de subnutrição para as crianças de países como a Etiópia.

Veja o relatório completo aqui.


Fonte: Envolverde

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