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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Em Curitiba, moradores de Cohab aprendem a fazer hortas capilares

Com pouca água é possível manter a plantação úmida por uma semana.


O trabalho da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), no Paraná, não se limita à construção de moradias. A inclusão social realizada com as famílias dos projetos de reassentamento vai desde o primeiro contato para conhecimento dos moradores até a conscientização sobre a recuperação e preservação de áreas verdes. Um exemplo disso é o empreendimento Moradias Assaí, no Pinheirinho, que recebeu uma ação de plantio de hortas capilares – tipo de horta que ocupa pouco espaço dentro de casa.

De acordo com Iracema Bernardes Pereira, técnica ambiental responsável pelo projeto, esse tipo de horta é chamada de capilar por captar água pela raiz das plantas. “Podemos usar um isopor médio ou grande, dependendo do espaço onde a pessoa quer deixá-lo. Com pouca água é possível manter a plantação úmida por uma semana. É prático, fácil de fazer e de manusear”, explica.

Além dos adultos, as crianças que estão em férias escolares também fizeram questão de ajudar. Como o Gustavo Afonso da Silva, 11, e o Marcos Vinícius Pinto da Luz, 9, que ao saberem da ação não pensaram duas vezes para largar os jogos eletrônicos. “Eu estava jogando videogame, mas preferi vir pra cá quando soube que iam fazer uma horta. Até pegamos minhoca para adubar a terra”, entusiasmou-se Marcos. Já Gustavo, também esteve presente em outras ações no local. “Temos um espaço onde plantamos árvores e colocamos o nosso nome nelas. Eu plantei um ipê, mas teve gente que plantou até pitanga”, conta.

Esta é a terceira ação da Cohab na área. As primeiras foram realizadas com crianças. Além do plantio das árvores, elas também aprenderam a criar um minijardim, que a Gabrielli Karoline Parizzi dos Santos, 10, exibe com orgulho. “Achei muito legal fazer esse trabalho e tenho cuidado bastante do meu pequeno jardim. Ele está lindo”, comemora.

A participação dos moradores foi grande, porém alguns preferiram apenas observar, como a aposentada Josefa Soares, 62 anos, que já mexeu muito com terra ao longo de sua vida. “Trabalhei na lavoura durante muito tempo. Hoje em dia é bom ver a criançada fazendo isso como diversão e não como trabalho”, diz.

Fonte: Ciclo Vivo

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