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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Copenhague é segunda cidade no mundo a tornar obrigatórios os telhados verdes

Melhorar o ar que se respira e diminuir o consumo de energia são apenas alguns benefícios dos telhados verdes, que começaram a ganhar espaço na Alemanha como meio de cultivo e, posteriormente, alternativa para moradores que não possuem muito espaço nas grandes cidades.

Recentemente, Copenhague (capital da Dinamarca) tornou-se a segunda cidade do mundo na implementação de uma legislação relacionada aos telhados verdes. A primeira foi Toronto, no Canadá, onde se adotou uma lei similar que resultou em 1,2 milhão de metros quadrados verdes em diferentes tipos de construções, assim como na economia de energia de mais de 1,5 milhão de kWh por ano para os proprietários dessas edificações.

A meta de Copenhague, cidade mundialmente conhecida como referência em mobilidade urbana – sobretudo pelos altos índices de utilização da bicicleta – é cobrir de vegetação os terraços das cidades com o objetivo de ser carbono zero no ano 2025.

Entre os benefícios dos telhados verdes, destacam-se:

Absorção de até 80% da água da chuva, ajudando a reduzir problemas de inundação;

Redução das temperaturas urbanas;

Proteção das edificações dos raios UV e das mudanças bruscas de temperatura;

Cultivo de produtos para consumo próprio, reduzindo custos para os habitantes e negócios;

Contribuição para uma melhor qualidade do ar nas cidades.

Copenhague tem aproximadamente 20 mil metros quadrados com superfícies verdes. Existem atualmente 30 edificíos com estas instalações, mas com a nova lei é previsto o aumento anual de cinco mil metros quadrados.

Em cidades da Suíça os telhados verdes são obrigatórios em todos os edifícios novos, e na Cidade do México as pessoas que adotam esta iniciativa recebem 10% de desconto no imposto.

Saiba mais

O conceito das coberturas verdes consiste em substituir as coberturas artificiais dos edifícios por coberturas vivas. A mistura do concreto com a implantação da cobertura verde tornou-se, nas últimas duas décadas, uma resposta viável em relação a problemas que a rápida urbanização passava a produzir, como ilhas de calor e excesso de poluição.

A mestre em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora, Christiane Gatto, destaca que o Brasil produz um impermeabilizante para a produção de coberturas à base de óleo de mamona, que é uma matéria-prima barata, não-tóxica e possui impacto ambiental praticamente zero. “Nós somos ricos em fontes naturais e temos criatividade para aplicá-las com a mesma eficiência e produtividade que os materiais disponíveis no exterior”, ressalta a especialista.

Fonte: Mercado Ético

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