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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Lodo de esgoto é matéria-prima de fertilizantes orgânicos

A ideia empreendedora de produção de fertilizantes orgânicos com base no tratamento do esgoto destacou três alunos do curso de Engenharia Ambiental da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, e ficou entre os trabalhos selecionados para o evento Spin2014 do programa IDEup que será realizado na Cidade do México, nos dias 28 e 29 de outubro.
O programa está enquadrado no RedEmprendia — uma rede universitária ibero-americana que tem por objetivo incentivar a transferência de conhecimento, o desenvolvimento tecnológico e o empreendedorismo responsável — em parceria com a Universidad Nacional Autónoma de México, o Instituto Politécnico Nacional, o Tecnológico de Monterrey, a Universia e o Banco Santander por intermédio de sua Divisão Global Santander Universidades.

Atualmente a rede é constituída por 24 universidades de sete países — Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México e Portugal. O desafio do IDEup foi selecionar e promover as melhores ideias inovadoras orientadas para o empreendedorismo dos universitários da Ibero-América. Os estudantes Petry Carvalhal Melo, Bruno da Silva Amorim e Guilherme Flandoli Romeiro da EESC apresentaram o trabalho “Biossólido”, que se baseia no desenvolvimento de um sistema de tratamento do lodo gerado em Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), o qual permite sua reutilização como fertilizante orgânico com uma alta capacidade nutritiva, capaz de colaborar no desenvolvimento da biota vegetal, sendo que a principal atuação será no setor agrícola.

“Existe uma grande dificuldade na disposição final desse resíduo por parte das ETEs, e muitas vezes não recebe o fim adequado em termos ambientais, pois são despejados no solo, rios e córregos sem nenhum tratamento prévio. Devido a isso, desenvolveu-se um sistema de tratamento do lodo, para obter um valor comercial e solucionar um grande problema que envolve esse setor”, explica Romeiro.

Biossólido
O “Biossólido” concorreu com mais de 360 propostas de 14 países e ficou entre os 20 finalistas, resultado de um trabalho em desenvolvimento há cerca de um ano e que contou com um grande apoio e incentivo do professor Luiz Antônio Daniel, do Departamento de Hidráulica e Saneamento da EESC, para prosseguir com a ideia. A partir de pesquisas realizadas no Clube de Empreendedorismo de São Carlos, do qual fazem parte, os estudantes viram no programa uma oportunidade de avançar a construção do projeto. “O interesse nasceu devido à possibilidade de aprendermos sobre ferramentas de design 3D e, principalmente, pela chance de desenvolver um protótipo para a nossa ideia”, destacou o grupo.

Até o dia da final, os selecionados participarão da fase “Melhore a sua ideia” do IDEup, na qual irão seguir um intenso programa de formação on-line e presencial concebido para aperfeiçoar as inovações, construir protótipos físicos e virtuais dos projetos e aproximá-los do mercado. O programa inclui a “FabLab Experience”, uma série de sessões teóricas e práticas sobre concepção e fabrico digital, fabrico a laser e impressão 3D, todas ministradas no México. Além disso, as equipes selecionadas poderão usufruir da rede do FabLab – laboratórios de fabricação digital – nos países de origem para colocarem em prática os conhecimentos adquiridos.

Os concorrentes também participarão do “3Days2Spin” – 26, 27 e 28 de outubro –, três dias em que poderão partilhar experiências com empreendedores de toda a Ibero-América, participar em workshops especialmente oferecidos a eles, ou assistirem a palestras de conceituadas figuras do panorama empreendedor internacional.

Um júri internacional de peritos escolherá as três melhores ideias, para receberem o prêmio de USD 5 mil e a oportunidade de aderirem aos programas de apoio ao empreendedorismo da RedEmprendia. “A expectativa para o dia do evento é muito grande. Esperamos estar capacitados para sermos os vencedores da competição, além disso, estamos muito ansiosos para aprender com as palestras e a possibilidade de realizar um networking com pessoas de diversas partes do mundo”, ressalta Romeiro.

Fonte: EcoDebate

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