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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Índia aposta em energia solar antes da Conferência do Clima de Paris

Sob um sol escaldante, alguns trabalhadores levam um oceano de painéis solares no deserto do norte da Índia, a prova dos esforços do governo para promover a produção de energia solar e demonstrar sua boa vontade antes da conferência do clima em Paris.


A comunidade internacional continua a pressionar o país asiático para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, dos quais é o terceiro maior emissor.

Para demonstrar sua boa vontade, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou que serão multiplicadas por cinco as capacidades de produção de energia solar. Mas enquanto o governo quer dobrar produção de carvão, da qual depende muito a economia – que cresce em torno de 7% ao ano.

No âmbito deste plano, o estado de Rajasthan tornou-se, com suas planícies áridas e sol o ano todo, o núcleo dessa política energética.

“A energia solar fornece renda estável e bom desempenho. Aqui, a principal matéria-prima é o sol”, explica Ramakant Tibrewala, presidente do grupo de alimentos Roha Dyechem, que decidiu apostar na energia limpa.

Depois de investir 800 milhões de rúpias (12 milhões de dólares), Tibrewala construiu 67 fileiras de painéis solares em um parque compartilhado com outras quatro empresas locais em uma área de 10.000 hectares.

Tibrewala espera para conectar seu parque à rede elétrica principal nas próximas semanas, e produzir 25 megawatts.

100 bilhões de dólares Com a queda dos preços das matérias e o aumento do consumo, os grupos locais e estrangeiros estão cada vez mais interessados no mercado de energia solar na Índia. Recentemente, o grupo japonês SoftBank, a norte-americana SunEdison e a chinesa Trina Solar prometeram investir no mercado indiano.

No entanto, seriam necessários maiores investimentos para cumprir a meta de 100.000 megawatts de energia solar até 2022, diante dos 20.000 atuais.

Modi, que favoreceu a produção em seu estado, Gujarat (oeste), quer atrair para o setor um investimento de 100 bilhões de dólares.

Seu governo prometeu facilitar a tarefa dos investidores estrangeiros, reduzindo a burocracia e oferecendo benefícios fiscais.

No entanto, paralelamente a esses esforços em energia renovável, o governo indiano quer dobrar a produção de carvão até 2020, para mais de 1 bilhão de toneladas.

O objetivo é atender às necessidades de uma grande economia emergente. Após sua vitória, em maio 2014, Modi também prometeu facilitar o acesso à eletricidade aos mais pobres.

A Índia produz 60% de sua eletricidade a partir do carvão, e suas reservas são a quinta maior do mundo.

Para os especialistas, a dependência do carvão indiano vai ser devastadora para o meio ambiente e o gigante asiático, que é o segundo país mais populoso, deve limitar suas emissões.

“Para um país em crescimento como a Índia, que terá tremendas necessidades energéticas nos próximos anos, apoiar-se no carvão enquanto recurso primário será catastrófico não só para o país mas para o mundo”, alerta Krishnan Pallassana, diretor para a Índia da ONG Climate Group.

Nova Déli responde que os esforços devem vir sobretudo dos países industrializados, cujas emissões per capita são muito superiores às da Índia, onde 300 milhões de pessoas não dispõem de eletricidade.

Fonte: UOL

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