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sábado, 17 de março de 2018

Conheça a rotina de quem usa tornozeleira eletrônica

De todos os estados, o Paraná, lar da operação Lava Jato, é o que tem o maior número de presos monitorados por tornozeleira.


Entre os estados que divulgam os dados, o Paraná é o que tem o maior número de presos monitorados. Quase seis mil usam tornozeleiras eletrônicas. O Complexo Penitenciário de Piraquara é responsável por instalar boa parte desses equipamentos no estado.

De acordo com Ismael Salgueiro Meira, diretor da colônia penal, o perfil de quem usa a tornozeleira eletrônica é do preso que já cumpriu boa parte do regime fechado e por apresentar bom comportamento, tem direito a usar o aparelho.

Mesmo assim, das 5.600 pessoas monitoradas do Paranás, 10% não cumprem as regras impostas e, de acordo com o secertário de Segurança do Paraná, Wagner Mesquista, isso pode acabar levando a pessoa de volta ao regime fechado.

"Diariamente, nós temos infrações das mais diversas naturezas, seja por falta de energia na tornozeleira, interrupção de sinal ou rompimento da tornozeleira. Dependendo da gravidade ou não dessa infração, a Justiça vai dar a resposta e nós eventualmente cumprimos através das nossas operações."

A tornozeleira eletrônica é um benefício tanto para o preso quanto para o Estado. Dentro da cadeia, um detento custa entre R$ 3.500 a R$ 4.000 por mês, já com a tornozeleira. o gasto é de R$ 250. Mesquita explica que há ainda outras vantagens:

"A tornozeleira é mais uma ferramenta para tirar a sobrecarga, não alimentar o crime organizado com pessoas que estão entrando no sistema agora e que cometeram um delito eventual. É barato e eficiente."


Na colonia penal feminina de Recife, há 644 mulheres presas, sendo que 324 delas são mâes e apenas 36 conseguiram a tornozeleira eletrônica para cuidar dos filhos em casa.

Jacileide Dias da Silva é uma dessas 36 mulheres. Ela tem quatro filhos e foi condenada a cinco anos de cadeia por tráfico de drogas. Jacileide conseguiu a tornozeleira depois de dois meses para ficar em prisão domiciliar, após aprovação do juiz, já que dois dos seus quatro filhos eram menores de 12 anos.

A mulher era empregada doméstica e depois que foi demitida, começou a trabalhar para traficantes de droga.

Jacileide explica que, apesar de poder ficar próxima dos filhos, é muito difícil ter que usar a tornozeleira, pois o objeto é pesado e para durar um dia inteiro é preciso carregá-lo por quatro horas. E, caso ela deixe a bateria descarregar por completo, diz que pode ser presa.

Por determinação do juiz Evanildo Coelho, Jacileide só pode andar em um raio de 50 metros longe de casa. Ela pode tentar ligar para uma central de monitoramento para ir a outro lugar, caso ocorra uma emergência. E conta que a pior parte é não poder nem levar os filhos para a escola. "É muito triste que não possa lever eles. Eu levava e de lá eu ia trabalhar, toda vez."

A vida de um deputado estadual com tornozeleira

Há dois meses, os deputados estaduais do RIo Grande do Norte convivem com uma situação inédita: a presença de um colega com tornozeleira eletrônica. Dison Lisboa, do PSD, foi condenado a quase 6 anos de prisão por desvio de dinheiro público. Atualmente, ele cumpre pena no regime semiaberto e é líder do governo na Assembleia. Mesmo após a condenação, tanto aliados quanto opositores preferem não falar sobre o assunto.

O deputado pode circular por todo o território nacional. A única restrição é que entre 20h e 5h da manhã, ele esteja em um dos três endereços informados para a Justiça: a Assembleia e as residências na capital e no interior.

Dison teria se apropriado de bens ou rendas públicas quando era prefeito de Goianinha, no Rio Grande do Norte. O deputado disse que está "pagando um preço elevado e desproporcional dos fatos."

Em resposta a matéria do G1 do RN, o político diz que "tudo o que era gasto era comprovado. Havia prestação de contas. Porém, estes documentos foram furtados da Prefeitura. Tanto que há um inquérito em andamento, aberto desde 2005, para investigar este caso, fato que parece ter sido desconsiderado pela Justiça. Ainda assim, voluntariamente, eu fiz a restituição dos valores questionados na ação. E fui inocentado em processo que tramitava na esfera cível (improbidade). A ação inclusive já foi extinta".

Lisboa atualmente exerce o seu mandato de deputado e segue líder do governo na Câmara.Confira o vídeo acima com a íntegra do programa.

Fonte: G1

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