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quarta-feira, 20 de junho de 2018

Projeto busca salvar albatroz de captura acidental

Em meio aos compromissos da Semana do Meio Ambiente, dois integrantes da equipe técnica do Projeto Albatroz viajaram a Madri, na Espanha, para participar da Reunião Intersecional do Subcomitê de Ecossistemas da Comissão Internacional para a Conservação de Atuns do Atlântico (ICCAT).
A fundadora e coordenadora geral do Projeto, Tatiana Neves, e o coordenador científico PhD Dimas Gianuca, trocaram informações importantes com os demais países sobre estatísticas de captura incidental de albatrozes e petréis no último ano.

O encontro discutiu, de 4 a 8 de junho, entre outros assuntos, o impacto de algumas pescarias sobre o estoque de peixes ao redor do mundo; como aplicar as medidas de mitigação eficientes para evitar a captura de aves oceânicas e outras espécies ameaçadas – como é o caso das tartarugas marinhas, mamíferos e determinados peixes; além dos avanços tecnológicos destas medidas.

O Projeto Albatroz e o Projeto Tamar, patrocinados pela Petrobras e membros da Rede Biomar, apresentaram aos representantes pesqueiros, governamentais e científicos, dados relevantes sobre a interação destes animais com a pesca industrial de espinhel, que tem como alvo peixes grandes como o atum. Esta reunião intersecional precede a reunião anual da ICCAT, que acontecerá em novembro deste ano, na Croácia.

O Projeto Albatroz apresentou dois estudos científicos conduzidos por sua equipe técnica, com o apoio do programa internacional Albatross Task Force, da BirdLife International. Um dos estudos fazia referência à eficácia do uso do primeiro protótipo do hookpod – dispositivo que envolve o anzol e o libera em uma profundidade segura para as aves. A pesquisa foi realizada nas frotas de espinhel em três países: Austrália, Brasil e África do Sul. Os dois últimos são considerados os ‘piores cenários possíveis’ na interação das aves com barcos pesqueiros.

De acordo com Tatiana Neves, coautora da pesquisa, o estudo apresentou resultados bastante positivos. No total, houve a captura de 24 aves, fisgadas por anzóis desprovidos de hookpod. A captura ocorreu com uso do dispositivo apenas uma vez durante o estudo. “Isso aconteceu porque o hookpod em questão foi colocado incorretamente. Ele abriu fora da profundidade correta e capturou uma pardela preta”, explica.

Fonte: Envolverde

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