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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Rio Piracicaba amanhece cheio de espuma

O rio Piracicaba amanheceu e passou boa parte do dia coberto de espuma nesta terça-feira (1º). O fenômeno é causado pela alta concentração de produtos químicos, especialmente de detergente, que chega ao rio junto com parcelas não tratadas do esgoto doméstico das cidades cortadas pelo rio.


Nos municípios da bacia dos rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), cuja população somada é de 5,2 milhões de pessoas, 91% dos municípios coletam esgoto, mas apenas 65% tratam, segundo dados da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), referentes a 2013. A maior parte desse esgoto não tratado é residencial, diz a companhia.

Segundo a Cetesb, a baixa vazão do rio – na segunda-feira (30), em medição feita às 10h30, passavam pelo rio 22,8 mil litros de água por segundo, quando a média para o mês de julho é de 64,7 mil litros por segundo, ajuda a concentrar as sustâncias, favorecendo o aparecimento da espuma.

A profundidade do rio no trecho que corta a ria do Porto, nesta época do ano geralmente na casa dos três metros, estava com um metro.

Os dados sobre a vazão são do Consórcio PCJ, que integra usuários e cidades banhadas pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Explicação – Não é a primeira vez que o acúmulo de produtos químicos deixam o rio cheio de espuma. Em fevereiro e junho deste ano, o rio viveu situação semelhante.

Segundo o biólogo Erick Faria, mesmo sendo biodegradável, o detergente precisa de oxigênio para que o processo seja concluído.

Com a vazão mais baixa, há menos ar disponível na água e mais produtos químicos. Com isso, o produto não é processado de forma correta e acontece a espuma.

“Apesar de feia, a espuma em si não representa uma grande ameaça ao rio. O problema são os produtos químicos, que interferem no ecossistema”, disse.

O comerciante Luis dos Santos, 42, que costuma fazer caminhadas na rua do Porto, em Piracicaba, afirmou que a situação mostra que o rio precisa de ajuda.

“A espuma está se tornando frequente. Conheço gente que pesca no Piracicaba e não come os peixes. Agora, nem podendo pescar está, com essa espuma. É triste ver”, disse. 

Fonte: UOL

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