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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Desmate na Amazônia Legal tem alta de 9,8% ao longo de um ano, diz Inpe

Dados divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que a Amazônia Legal perdeu 3.036 km² de floresta entre agosto de 2013 e julho de 2014, 9,8% a mais em relação ao período anterior. Os meses integram o chamado “calendário do desmatamento”, relacionado com as chuvas e atividades agrícolas.


Segundo informações do sistema de detecção em tempo real, o Deter, o montante desmatado é equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

O mecanismo do Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).

Os números apontados ajudam órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para calcular a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o Inpe utiliza o Prodes que trabalha com imagens de melhor resolução espacial e mostram ainda pequenos desmatamentos. Sua divulgação deve ocorrer até o fim deste ano.

Em novembro passado, esse sistema apontou perda de 5.843 km² de floresta entre agosto de 2012 e julho de 2013, aumento de 28% em relação ao período anterior. O tamanho é equivalente a quase quatro vezes o município de São Paulo.

Levantamento de junho e julho – Os dois últimos meses divulgados pelo governo foram junho e julho. O primeiro período registrou desmatamento de 535,31 km², enquanto no segundo mês, a floresta perdeu 728,56 km² de vegetação. Nos dois últimos meses do calendário do desmatamento, o Pará foi o estado que mais derrubou vegetação, seguido de Mato Grosso e Rondônia.

Em comunicado divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, o diretor do Departamento de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, avaliou que a expectativa é que em setembro os alertas caiam. “Eles (os desmatadores) agora não terão acesso ao dinheiro que financia o desmatamento. Quem estiver derrubando a floresta vai interromper o corte porque não terá como receber pelo trabalho ilegal”, disse. 

Fonte: G1

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