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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Projetos comunitários, transparência e responsabilidade social, artigo de Roberto Naime

Na primeira conferência da ONU sobre meio ambiente realizada em Estocolmo, a ex primeira-ministra da Noruega, Gros Harlem Brundtland disseminou a conhecida concepção de sustentabilidade a seguir expresso:


“Satisfazer as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades” 

Desde então esta ideia sofreu tratamentos de engenharia e formalizações dentro do campo econômico destacando-se vários economistas como Ignacy Sachs, Amartia Sem e inúmeros outros.

O conceito de sustentabilidade passou a ser entendido no campo econômico como eficiência econômica, preservação ambiental e equidade social. Estes 3 fatores permitem que uma operação de um empreendimento ou até de um país seja sustentável.

A partir deste momento, desaparece a função única de governar dos governos ou gerar lucros das empresas e todas as entidades e organizações passam a ser comprometidas com inserção comunitária, transparência nas atividades e responsabilidade social nas ações.

As empresas têm avançado mais rapidamente que os governos por razões mercadológicas muito simples: tem sido instadas, estimuladas ou até obrigadas a buscar certificações cada vez mais rígidas para manterem, ampliarem ou institucionalizarem seus mercados.

Os governos, premidos por definições pouco claras de prioridades e crises financeiras cíclicas cada vez mais abrangentes, não tem conseguido atender convenientemente as demandas sociais por preservação da qualidade do meio ambiente.

Como consequência dos avanços sociais cada vez maiores, os balanços que antes incluíam apenas contabilidade social, hoje já especificam itens ambientais específicos dentre as demandas socioeconômicas. Foi criada e regulamentada pela própria Organização das Nações Unidas uma iniciativa denominada GRI (Global Reporting Index) que normatiza e sistematiza indicadores socioambientais nos balanços das organizações e dos empreendimentos em geral.

Cada vez mais companhias utilizam os atributos visíveis de sua responsabilidade com o meio social e com o meio ambiente, na institucionalização de suas posições mercadológicas. E adotam práticas de transparência nas suas ações e processos como premissa básica para o relacionamento com a sociedade.

Esta nova postura, cada vez mais disseminada, encampa projetos comunitários de manutenção de áreas verdes e recuperação de áreas degradadas, sob as dimensões físicas, biológicas e socioeconômicas.

Projetos comunitários, transparência e responsabilidade social trazem embutido uma postura responsável com a utilização racional dos recursos naturais para preservar a vida de todos e as possibilidades de sobrevivência das gerações futuras, dentro do conceito mais clássico de desenvolvimento sustentável.

É esta postura, posicionamento e atitude pró-ativa que se espera de todos os atores sociais para demonstrarem comprometimento com a melhoria da qualidade ambiental do planeta e melhoria da qualidade de vida das populações.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Fonte: EcoDebate

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