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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Meta do Brasil é produzir 3 milhões de toneladas anuais de pescado até 2020

O Ministério da Pesca e Aquicultura tem uma meta de crescimento anual de 20% na produção de pescado para que o Brasil alcance, até 2020, 3 milhões de toneladas produzidas, na pesca de captura e na aquicultura, e esteja entre os cinco maiores ofertantes de proteína de pescado do mundo. 
 “A meta é sair de 760 mil toneladas para 1 milhão de toneladas na área da captura e de 600 mil a 700 mil toneladas para 2 milhões de toneladas na aquicultura”, disse o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho.

O objetivo é que o Brasil se torne autossuficiente na produção, favorecendo também a balança comercial, e, com o aumento da oferta, consiga diminuir o preço do pescado no mercado interno. Ele conta que o país importa anualmente mais de 400 toneladas de pescado.

Barbalho participou na quarta-feira (1º) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços, para falar sobre o Plano Safra da Pesca e Aquicultura 2015/2016, que vai ofertar R$ 2 bilhões em recursos com linhas de crédito especiais para estimular o crescimento do setor.

O objetivo, segundo Barbalho, é atender desde o pescador artesanal até a indústria do pescado, incentivando a iniciativa privada, como a fabricação de ração e os frigoríficos. “Queremos estimular [o mercado] para que haja esse encontro de interesses, que este plano safra não apenas ajude o Brasil a se desenvolver, mas que também contribua para a inclusão social, porque são pessoas que estão envolvidas e é para elas que temos que ter um olhar atento, com qualificação técnica, com fomento, com centros de alevinagem que ofertem alevinos mais baratos, com investimentos em ciência e em conhecimento.”

Para que as metas sejam alcançadas, o ministério identificou sete estados com maior capacidade de ampliação, mapeou as águas da União, os reservatórios já existentes e atividade de tanques escavados espalhados pelo país. No aquicultura, Barbalho quer mobilizar os estados para simplificar e agilizar o licenciamento ambiental e os processos de concessão de água. O setor da pesca passa pelo melhoramento da gestão pesqueira para garantir capacidade de captura e garantia de preservação dos estoques pesqueiros, com investimentos em tecnologias, renovação e adequação da frota e diminuição de desperdícios na captura.

O ministro destaca o potencial do país para desenvolver o setor, pois é a “maior província de água doce do planeta e tem 8,5 mil quilômetros de costa oceânica”, além de ter grãos suficientes para produção de ração.

Segundo Barbalho, a população brasileira também precisa entender a qualidade e os benefícios do consumo da proteína do pescado, para aumentar a demanda de consumo. Ele conta que é consumido aqui 10,6 kg de pescado por ano por pessoa, sendo que a média mundial é 19 kg. “Países com uma cultura gastronômica de consumo de pescado consomem mais, Portugal consome 57 kg por pessoa por ano.”

A redução do custo de produção também está sendo tratada pelo ministério, disse Barbalho, para que o governo federal faça a equiparação dos benefícios tributários da produção de pescado com aqueles concedidos a outros setores da produção de proteína.

Em nível internacional, Barbalho conta que o ministério está buscando ampliar a captura do atum em águas internacionais, pois o Brasil ainda não atingiu a cota disponível para o país e esta é “uma espécie que cada vez mais ganha importância no Brasil”.

Fonte: Agência Brasil

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