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segunda-feira, 29 de junho de 2015

ONGs querem que Brasil corte em 35% suas emissões de gases até 2030

Organizações ambientais brasileiras se adiantaram ao governo federal e apresentaram nesta sexta-feira (26) uma proposta alternativa de metas que o país deveria cumprir para reduzir suas emissões de gases-estufa.

Segundo cálculo apresentado pelo Observatório do Clima, rede que reúne entidades da sociedade civil, o Brasil precisa modificar a atuação dos setores agropecuária, indústria, energia e transporte para que, a partir de 2030, o limite de emissões produzidas pelo país seja de 1 bilhão de toneladas de CO2 equivalente.

O montante é 35% menor em relação aos atuais 1,5 bilhão de toneladas de CO2eq que o país lança na atmosfera, de acordo com o mais recente Inventário Nacional de emissões, datado de 2010. O plano é considerado ambicioso, mas, segundo os ambientalistas, não significa que “sacrificar” a economia, pois, em vez disso, abre oportunidade de desenvolvimento.

“São esforços, não sacrifícios, que abrem a oportunidade para uma economia de forma estratégica. Com custos iniciais para transição, mas com ganhos claros no médio e longo prazo”, afirma Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.

O CO2 equivalente é uma medida que compreende o lançamento de ao menos seis gases poluentes, como o metano, o dióxido de carbono e óxido nitroso.

Principais pontos – Para implantar os compromissos, segundo o levantamento das ONGs será preciso:
- zerar a perda de cobertura vegetal nativa;
- recuperar áreas degradadas em áreas de preservação;
- reverter a queda e ampliar a participação das fontes renováveis na matriz energética;
- ampliar a eficiência energética;
- massificar as práticas agrícolas de baixo carbono;
- universalizar os sitemas de coleta e tratamento de resíduos e esgoto.

Segundo a proposta, o Brasil cumpriria o plano em duas fases: entre 2021 e 2025 e de 2026 a 2030. Haveria uma revisão e possível ajuste entre os dois períodos, seguindo a recomendação da comunidade científica e análise da situação do país nos dois períodos.

“Dá para ser ambicioso (…) e dá para fazer sem nenhuma loucura. Não é restrigindo o consumo, restringindo o crescimento. A clareza é dizer um número que tenha significado para o mundo e dar conforto aos tomadores de decisão de que há suporte na sociedade brasileria para fazer isso”, disse Tasso Azevedo, responsável por realizar a projeção pelo Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa, o SEEG, plataforma on-line que é uma iniciativa do Observatório do Clima.

Qual o objetivo disso tudo? – A apresentação de metas nacionais é um dos principais elementos que vão dar corpo ao novo acordo global do clima, em negociação no âmbito das Nações Unidas.

O futuro tratado – obrigatório a todos os países (legalmente vinculante) – tentará conter a temperatura do planeta em 2ºC até o fim deste século e, com isso, frear as alterações climáticas, que podem provocar catástrofes naturais em todo o mundo.

Chamadas de INDCs (Contribuições Intencionais Nacionais Determinadas, na tradução da sigla em inglês), cada país precisa apresentar o que vai fazer para diminuir o gases de efeito estufa “dentro de casa”. A decisão foi definida na última cúpula do clima, a COP 20, em Lima, no Peru.

Estados Unidos, União Europeia e outros países desenvolvidos já anunciaram o que vão realizar. No entanto, os principais emissores de gases de efeito estufa – China, Índia, Austrália e Brasil – não divulgaram seus planos.

O governo brasileiro ainda não fechou essa conta e deve apresentar as informações até outubro, prazo final determinado pelas Nações Unidas. O novo acordo deve sair na próxima reunião climática, a Conferência das Partes (COP 21), prevista para dezembro, em Paris.

Fonte: G1

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