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terça-feira, 27 de outubro de 2015

30% dos lagartos europeus podem morrer por causa do aquecimento global

Lagartos podem desaparecer de algumas partes da Europa durante o próximo século em decorrência das perturbações causadas pelo aquecimento global, que perturba seus hábitos de ciclo de vida e reprodução – informaram pesquisadores nesta segunda-feira (26).


Embora nem todos os lagartos devam desaparecer, cerca de 30% da população atual poderia sumir, especialmente nas faixas do sul de seu território europeu, disse o estudo publicado na revista PLOS Biology.

“Embora estes resultados possam parecer dramáticos, nós não prevemos a extinção de lagartos comuns na escala das espécies, mas sugerimos que as populações na borda sul da sua área de distribuição podem particularmente sofrer com um clima mais quente”, disse o co-autor Julien Cote, biólogo do Laboratório Evolução e Diversidade Biológica da França.

Os cientistas estudaram como lagartos (Zootoca vivipara) mantidos por um ano num espaço fechado a dois graus Celsius acima das temperaturas atuais, sobre a quantidade de aquecimento esperado para a Terra nos próximos 100 anos.

O clima mais quente levou a um crescimento mais rápido entre os lagartos jovens, e um início mais cedo do que o normal do processo de reprodução.

No entanto, também foi associado à morte precoce entre os lagartos adultos, “o que deve pôr em perigo a sobrevivência da população”, explicou a co-autora Elvire Bestion, pesquisadora associada da Exeter University da Grã-Bretanha.

Ao modelar o efeito destas dinâmicas sobre a população existente de lagartos, os pesquisadores previram que “o acréscimo de mortalidade adulta levaria a taxas de crescimento populacional menores e, finalmente, à rápida extinção da população em cerca de 20 anos”, disse o estudo.

No entanto, ainda não está claro como as espécies se adaptariam em condições da vida real.

Os pesquisadores informaram que eles observaram fêmeas adultas no grupo clima mais quente com um segundo evento “reprodutivo” durante o verão, embora elas normalmente só reproduzam uma vez por ano em condições normais.

“Podemos nos perguntar se essa mudança de estratégia pode ajudar na adaptação das populações para climas mais quentes ao longo do tempo”, disse Bestion.

Fonte: G1

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