Colaboradores

Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Arquivo do blog

Pesquisar neste blog

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Acordo de Paris será ‘começo’ e não ‘fim’, diz chefe da Convenção do Clima

Um novo acordo global para combater as mudanças climáticas, previsto para ser aprovado em dezembro em Paris, deve ser “o ponto de partida” de esforços mais ambiciosos para afastar o mundo dos combustíveis fósseis, afirmou Christiana Figueres, chefe da UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática).


“Ao longo dos próximos 50 anos, e o momento é muito importante, temos que transformar completamente a economia global para descarbonizá-la muito, muito profundamente”, afirmou a secretária-executiva do principal organismo da ONU sobre clima em Londres, numa reunião organizada pela Chatham House, entidade de estudos e consultoria.

Até 30 de novembro, data do início da cúpula do clima em Paris, espera-se que os países que produzem 92% dos gases de efeito estufa que aquecem o mundo já tenham apresentado seus chamados INDCs (Intenções de Contribuições Determinadas Nacionalmente) – propostas de como reduzir emissões internas.

Vários países, incluindo o Brasil, já apresentaram seus planos. Mas esses INDCs, se totalmente implementados, só iriam deter em cerca de 2,7°C o aumento da temperatura mundial até o final do século, ainda bem acima da meta de 1,5°C a 2°C graus visada pela maioria dos países, afirmam relatórios independentes preliminares.

Segundo Figueres, isso não é motivo para desespero. “Paris não é o destino final. Se for alguma coisa, será o ponto de partida”, disse.

A boa notícia é que um número muito maior de países do que o esperado elaborou planos climáticos nacionais, que formarão a base do acordo de Paris. Eles incluem todos os grandes emissores e nações com condições bem distintas, como Omã e Afeganistão, disse.

De acordo com a chefe da Convenção do Clima, a consciência do custo-benefício de enfrentar as mudanças climáticas está aumentando com grande velocidade à medida que os países e as empresas se deparam com gastos mais elevados decorrentes de condições meteorológicas extremas e outros problemas relacionados com o clima, e também por que a energia renovável, especialmente a solar, está se tornando rapidamente mais barata.

‘Ninharia’ – De acordo com Figueres, um acordo em Paris tem de garantir um financiamento mais adequado para ajudar os países mais pobres a adotarem sistemas de energia mais limpos e lidarem com os impactos climáticos, potencialmente um ponto nevrálgico. Nações mais ricas se comprometeram a mobilizar US$ 100 bilhões por ano para tais fundos até 2020. Ela descreveu esse montante como “ninharia”.

Mais importante, disse ela, é garantir que um valor estimado em US$ 90 trilhões em gastos com infraestrutura planejados para os próximos 15 anos, a maior parte nos países em desenvolvimento, vá para sistemas de energia e transporte de baixo carbono, e as estruturas de construção possam resistir aos impactos previstos das mudanças climática.

Custo do carbono – Figueres também afirmou nesta terça-feira (27) que o acordo a ser assinado em Paris provavelmente não vai incluir algum mecanismo para “precificação” do carbono.

Muitos especialistas afirmam que taxar a emissão de gases-estufa e estabelecer um preço para a tonelada de CO2 seria a melhor maneira de promover as mudanças, mas a diplomata afirmou que não será possível implementar um esquema global para tal já em dezembro.

“A vida é mais complicada que isso”, afirmou. Segundo ela, por enquanto, a precificação do carbono deve avançar apenas em escala regional, em países ou estados que estão implementando impostos ou mercados do tipo “cap-and-trade”, que estabelecem um teto de emissões e liberam a venda de títulos que dão direito a produzir CO2. “Eu argumentaria que já temos um sinal forte de precificação do carbono.”

Fonte: G1

0 comentários:

Postar um comentário

Eco & Ação

Postagens populares

Parceiros