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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Inovações tecnológicas ambientais para mudar o mundo, artigo de Roberto Naime

Redação do site hypiness, elenca 5 inovações de baixo custo que podem ser muito influentes e decisivas na civilização humana.


Despoluir rios, usar energia limpa e permitir que avanços tecnológicos andem ao lado da consciência ecológica por vezes se parecem inciativas impossíveis e caras. Mas ao observar a natureza e propor soluções inovadoras, algumas empresas estão mostrando que mudar o mundo não exige grandes quantias de dinheiro, mas pesquisa, boa vontade e capacidade de inovar.

O “Biomatrix Floating Islands” surgiu a partir da crise hídrica em São Paulo. Temas como o reuso de água e a despoluição de rios se transformaram em reais preocupações.

Embora a recuperação de cursos d’água geralmente venham acompanhadas de elevados preços e prazos medidos em meses,existem formas alternativas de despoluir rios e garantir que a pequena porcentagem de água doce existente no mundo se mantenha própria para consumo.

Uma dessas iniciativas vem do “Biomatrix Water”, empresa escocesa que descobriu na própria natureza a resposta para despoluir águas.

Ao observar corais e o ecossistema aquático em rios e oceanos, a empresa conseguiu desenvolver produtos como o “Biomatrix Floating Islands”, uma série de ilhas artificiais ecológicas modulares capazes de acelerar a recuperação natural de um rio.

Isso é feito ao estimular a presença de microorganismos “do bem”, que utilizam os poluentes como alimento e permitem que raízes de plantas fiquem em contato direto com a água, servindo de abrigo para peixes e outras formas de vida.

Com essas medidas, a biodiversidade do rio se mantém ainda mais viva, a poluição é decomposta pela própria natureza, sem que qualquer químico seja necessário e o rio fica mais bonito.

Por si só, essa iniciativa não faz milagres. Por isso, a estratégia de despoluição precisa acompanhar também medidas como a remoção de resíduos sólidos do rio e a criação de infraestrutura para evitar o descarte de resíduos, bem como o uso de um reator que adiciona oxigênio à água.

Além de serem personalizáveis, as ilhas demoram apenas algumas semanas para serem instaladas e têm um custo bastante reduzido. O sistema foi usado para a despoluição do Canal Paco, em Manila, nas Filipinas. Considerado causa perdida, o canal já apresentou melhoras relevantes em apenas um ano de tratamento com o Biomatrix.

Outra inovação é o “tubo de gás carbônico”. O excesso de dióxido de carbono na atmosfera tem provocado diversos problemas ecológicos e é apontado como um dos principais causadores do efeito estufa, o processo que causa o aumento na temperatura do planeta.

Apesar de sabermos disso, mais de 1 bilhão de veículos movidos a combustíveis fósseis emitem grandes quantidades de dióxido de carbono todos os dias. Ao buscar uma solução barata e eficiente para isso, os jovens Param Jaggi e Johnny Cohen, escolhidos pela “Forbes” como uma das 30 pessoas com menos de 30 anos mais importantes do mundo, criaram o “CO2 tube”.

O tubo especial, que tem um custo baixo, é posicionado na saída do escapamento de veículos, permite transformar os resíduos da combustão, entre eles o dióxido de carbono, em substâncias que não fazem mal à natureza.

Dentro do tubo, a fumaça passa por filtros especiais contendo algas desenvolvidas em laboratório e um processo químico bastante básico, resultando em água, carbonato de sódio (sal translúcido e não prejudicial ao meio ambiente), oxigênio e açúcares. Por se tratar de um processo natural de filtragem, o “CO2tube” possui um prazo de validade que vai de oito a dez semanas.

Próteses são fundamentais para ajudar deficientes físicos a terem uma vida independente e recuperarem a auto-estima. Contudo, elas chegam a custar milhares de dólares para serem produzidas, o que inviabiliza seu uso por pessoas de baixa renda.

Com as impressoras 3D, entretanto, a tarefa de criar e imprimir uma prótese tem ficado cada vez mais simples. Para estimular isso e ajudar milhares de crianças deficientes em todo o mundo, foi criada a “E-Nable”, ou “Enabling the Future” (ativando o futuro em tradução literal), é uma plataforma colaborativa que incentiva a troca de modelos detalhados tridimensionais e fomenta o debate sobre impressão de próteses.

Do projeto participam engenheiros, fisioterapeutas, médicos e entusiastas da impressão 3D, que não raro oferecem seu conhecimento e recursos para imprimir próteses para crianças desconhecidas, em uma atitude realmente nobre.

Além de apresentarem um custo até 10 vezes menor, as próteses impressas em 3D demoram menos para ficarem prontas e podem ser personalizadas.

Janelas, edifícios, carros e asfalto, pense em todas as superfícies que recebem luz solar e a desperdiçam, já que os raios poderiam ser utilizados para a produção de energia limpa.

Embora painéis solares sejam vistos com baixo custo-benefício devido ao preço alto e eficiência baixa, o sol ainda é uma mina de energia sustentável a ser descoberta. E a “Ubiquitous
Energy” (energia onipresente na tradução literal) já começou a tirar melhor proveito disso.

Foi desenvolvida uma lâmina adesiva transparente contendo células fotovoltaicas, capazes de captar a luz solar e convertê-la em energia, alimentando residências e áreas públicas. Ainda em fase de testes, o produto consegue converter 1% da luz captada (contra 20% dos painéis solares).

Contudo, por ter um custo bastante reduzido e possibilidades de uso ampliadas (pense em fachadas de edifícios inteiras), o produto apresenta um potencial enorme para revolucionar a forma com que obtemos energia.

Ainda pensando em usos inovadores da energia solar, foi criado o “SolarPath”. A solução sustentável, que pode ser aplicada em qualquer tipo de pavimento, capta os raios solares, converte-os em energia e a utiliza para se iluminar durante a noite.

Além do efeito espetacular, o “StarPath” substitui parte da iluminação pública e diminuindo custos e o uso da energia padrão, que vem de hidroelétricas e estações nucleares.

A “Pro-Teq”, empresa que desenvolveu o produto, já realizou testes em trilhas do Christ’s Pieces Parks, em Cambridge, na Inglaterra, e garante que mesmo em dias de pouco sol, a energia captada é mais do que suficiente para iluminar o caminho e garantir mais segurança aos moradores. O “StarPath” também provoca um útil efeito anti-derrapante sendo à prova d’água.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Fonte: EcoDebate

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