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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A mídia e seu papel primordial no emburrecimento do povo brasileiro, artigo de Ana Echevenguá






Política e televisão são duas instâncias na sociedade brasileira que parecem reunir o maior número de pessoas despreparadas e desqualificadas. É como se escolhessem a dedo as piores pessoas, com raras exceções, para legislar ou executar, animar shows de auditórios ou de entrevistas, etc... (Marilene Felinto).

Isso é verdadeiro e lamentável! Quer aprender besteira? Desaprender o que já sabe? Liga a TV (a TV aberta oferece lixo a seu público!). Abre um daqueles jornais em que escorre sangue das letrinhas! A mídia, hoje, exerce papel primordial no emburrecimento da massa; é perversa e taxativa na desinformação...


Na guerra pela audiência, as emissoras de TV banalizam a violência, o erotismo, o uso de drogas... elas estão recheadas de programas que exploram a miséria humana, afrontando Direitos Humanos, tanto dos participantes como dos expectadores.

A ideia de que o “povão” gosta disso é mentirosa. A ele é impingida essa realidade como nova forma de escravatura.

De vez em quando, aparece alguém querendo discutir esses assuntos com seriedade, informar... Mas a mídia não concede espaços para debates aprofundados. E isso ocorre porque sempre atrás do sistema há uma ideologia que manipula a verdade, elege suas vítimas e algozes. Afinal, a verdade é um jogo dialético.

A grande preocupação dos governos ditatoriais é evitar a conscientização do povo. Por quê? Porque certo grau de evolução social e política de um país permite que os governados questionem a conduta de seus governantes. E isso é prejudicial aos anseios destes.

Não interessa, a quem exerce o poder, uma sociedade politizada; ele quer comandar uma sociedade desunida, fraca e  dominada.

FHC, enquanto presidente do Brasil, falava em censura aos meios de comunicação. Mas seu objetivo – assim como o de vários detentores do poder - era reduzir, cada vez mais, o direito de informar.

Vocês não percebem que isso está acontecendo conosco no Brasil,... em Santa Catarina,... na nossa cidade? Há uma conspiração para que sejamos  ignorantes, pra que a gente saiba meias-verdades, ou mentiras inteiras.

E esta situação dramática é fruto da influência do dinheiro sobre os meios de comunicação que hoje representa o quarto poder: o Poder da Mídia. Ele é fato gerador de picaretas, cínicos, ladrões, vereadores e presidente da República...

Uma vez que o nosso povo não está conseguindo pensar, não há censura moral do público. O Capital apropriou-se dos meios de comunicação e tenta transformar o ser humano em coisa. A televisão, por exemplo, conduz seus adeptos a um caminho divorciado da realidade e da política. De igual sorte, as redes sociais buscam o mesmo objetivo. Toda atenção é pouca!

E o eleitor, se não sabe em quem votou nem a razão desse voto, é integrante da corrupção generalizada. Não pode reclamar de governantes corruptos porque colocou estes corruptos no Poder.

Neste momento, não adianta brigar com a mídia, mas mobilizar a sociedade e levar discussões para dentro dela. Felizmente, ainda há espaço livre para demonstrarmos repulsa e buscarmos a democratização dos meios de difusão do pensamento.

A “revolução hoje passa pela palavra e não pelas metralhadoras”, frase célebre do nosso querido e inesquecível doutor Plínio de Arruda Sampaio.

Através do confronto de teses será viável o aprimoramento intelectual de todos. Reclamando e opinando, estimularemos o espírito crítico. A sociedade e os formadores de opinião devem discutir regras sobre 'o que pode e o que não pode ser publicado'.

A informação é submetida à responsabilidade de quem a divulga. Assim, sob o ângulo da ética, vê-se infratores contumazes dos princípios da Ciência da Moral.

 Pensando nisso, lembrei-me de enaltecer um dos principais críticos da mídia no país, Alberto Dines, defensor do jornalismo comprometido com o cidadão e com a cidadania e precursor do Observatório da Imprensa, a mais bem-sucedida experiência de crítica da mídia já realizada no Brasil.



Ana  Candida  Echevenguá, OAB/RS  30.723, OAB/SC 17.413-A, advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental e em Direito do Consumidor. Coordenadora do Programa Eco&Ação, no qual desenvolve um trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. email: ana@ecoeacao.com.br.

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