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terça-feira, 27 de maio de 2014

Fontes de água doce, ecossistemas de montanha estão ameaçados pelo aquecimento

As montanhas, fontes vitais de água doce, são alguns dos ecossistemas mais sensíveis às mudanças climáticas e estão sendo afetadas mais rapidamente do que outros habitats terrestres, advertiu a Unesco em um relatório apresentado no Peru durante um fórum para analisar o problema.


O Fórum Mundial de Montanhas, realizado na sexta e no sábado em Cusco (sudeste), reúne cientistas, organizações internacionais e tomadores de decisão para analisar, entre outros temas, como lidar como o impacto das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos das áreas montanhosas.

“Este informe chamará a atenção sobre como as mudanças climáticas afetam a disponibilidade de água nas regiões de montanha”, disse à AFP Blanca Jiménez, diretora de Ciências e Água da Unesco.

As montanhas e seus vales adjacentes ocupam 24% da superfície terrestre e abrigam 1,2 bilhão de pessoas, segundo dados das Nações Unidas.

“Quase 50% da população mundial depende da água produzida através das montanhas”, afirmou Jiménez.

Os sistemas de fornecimento de água que estão sendo mais afetados pelas mudanças climáticas são aqueles que são alimentados pelas geleiras e pela neve e por áreas montanhosas, segundo estudos de agências da ONU e de organizações ambientalistas.

A reunião de Cusco também será preparatória para os documentos que serão debatidos na Cúpula de Mudanças Climáticas (COP20) que será convocada por 195 países em dezembro próximo, em Lima.

No Peru e em outros países da região com forte atividade mineradora, as mudanças climáticas também podem ter uma forte incidência. Se há aumento de chuvas intensas em áreas de mineração a céu aberto, gera-se um arrasto maior de contaminantes (mercúrio, chumbo, enxofre) nos cursos d’água, alertam os cientistas.

“Na Unesco, estamos preocupados em ver como nos preparamos para fazer as mudanças globais para o que chamamos de segurança hídrica. Como podemos ter a água de que necessitamos, com a qualidade apropriada e na quantidade necessária”, disse à AFP a funcionária mexicana.

Diante da problemática crescente das mudanças climáticas, o modelo de desenvolvimento econômico deveria gerar um marco de atividade diferente, “mudar as valorizações”, avaliam os cientistas, que acompanham de perto as alterações no meio ambiente.

“Que as pessoas não tenham água ou que as pessoas adoeçam pela água que consome têm um custo que deve ser levado em conta”, disse Jiménez.

“É preciso revisar os modelos de desenvolvimento, e os custos de contaminação têm que ter outra lógica, pois os problemas que estamos vendo no futuro chegarão muito mais rápido”, considerou a especialista. 

Fonte: Terra

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